Documento mostra diagnóstico da Bacia do Araguaia

O estudo analisou os desafios e prospectou estratégias nos quatro estados que cruzam a bacia: Goiás, Mato Grosso, Pará e Tocantins.

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O Ministério Público Federal promoveu um debate com o objetivo de garantir medidas para a preservação da biodiversidade em torno da Bacia do Araguaia, um dos poucos rios com fluxo livre e um importante território hídrico de conexão entre os biomas do Cerrado e da Amazônia. O seminário ‘Araguaia: um rio de oportunidades’, contou com o apoio da The Nature Conservancy (TNC) Brasil e palco do lançamento do ‘Resumo Executivo Blueprint Araguaia, realizado pela instituição. O estudo analisou os desafios e prospectou estratégias nos quatro estados que cruzam a bacia: Goiás, Mato Grosso, Pará e Tocantins, considerando a principal área de drenagem com 2.110 quilômetros.
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O documento busca contribuir com a atuação do Grupo de Trabalho da Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (4CCR) do MPF, que estuda a criação de um corredor ecológico às margens do rio Araguaia e seus afluentes, para a proteção da biodiversidade local, além da sociedade civil e incentivar a atuação de iniciativas privadas no combate a degradação florestal e social das comunidades tradicionais e indígenas, que vivem em seu entorno.

Com o objetivo de identificar o conjunto de rios, riachos e suas bacias hidrográficas que serviram como base para o desenvolvimento de ações de conservação e manejo, o estudo inédito apresenta o mapeamento mais atual e completo sobre os mais de 100 municípios que a Bacia do Araguaia atravessa em seus três mil quilômetros de extensão, além de apoiar no desenvolvimento de iniciativas voltadas para a sociobiodiversidade.

Para isso, o método de planejamento para conservação ambiental utilizado no documento foi o Conservation Blueprint, responsável por identificar as áreas mais relevantes, ecologicamente íntegras e funcionalmente conectadas, para garantir a conservação da biodiversidade e dos ecossistemas aquáticos fundamentais relacionados ao rio Araguaia. O processo contou com o apoio de uma consultoria externa e o envolvimento de diferentes atores sociais atuantes na região, que levou a definição de áreas prioritárias para conservação e/ou melhores práticas a fim de manter a conectividade e funcionalidades dos rios na Bacia do Araguaia, assim como, a biodiversidade aquática e vidas que dependem desse ecossistema.

A bacia hidrográfica do Tocantins-Araguaia composta pelos dois grandes rios Araguaia e Tocantins possuem uma função importantíssima para biodiversidade aquática que utiliza seus trechos principais para migração entre o Cerrado e a Amazônia. Apesar do rio Tocantins não apresentar mais a conectividade de seu fluxo natural pela presença de barragens.

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