Campanha alerta turistas e pescadores sobre o peixe-leão, espécie exótica considerada perigosa

O Ministério do Meio Ambiente informa que a espécie não é natural do Brasil, mas há ocorrências de aparição na costa do Pará e de Fernando de Noronha (PE).

Uma campanha lançada pelo Ministério do Meio Ambiente orienta turistas, pescadores e mergulhadores para o aparecimento de uma nova espécie marinha em águas brasileiras. É o peixe-leão, que chama atenção pela beleza e exuberância, tem o corpo listrado de branco com tons laranja, vermelho e marrom, 18 grandes espinhos e nadadeiras prolongadas. 

A espécie não é natural do Brasil, mas há ocorrências de aparição na costa do Pará e de Fernando de Noronha (PE), o que acendeu o alerta de técnicos do Ministério do Meio Ambiente e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). 

“Começamos a receber informações de pescadores. Com essa informação vimos que se tratava do peixe-leão que apareceu na costa norte do Brasil, coisa que nunca tínhamos visto antes”, afirmou Alex Garcia Cavalleiro Klautau, analista ambiental e coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Norte (CEPNOR).

Peixe-leão. Foto: Reprodução/Ministério do Meio Ambiente

A campanha lançada pelo MMA em parceria com o ICMBio, prevê a distribuição de panfletos e cartazes que trazem informações sobre os perigos desse animal, que é considerado perigoso para o ecossistema marinho brasileiro e para seres humanos. O peixe-leão se alimenta rapidamente de outros peixes, não possui predador e se reproduz com facilidade. Os espinhos na região dorsal soltam um veneno nocivo aos seres humanos.

O objetivo é informar, por exemplo, quem for vítima da espécie, como cuidar do local afetado para dificultar a ação do veneno e procurar atendimento médico o mais rápido possível. Para pescadores e mergulhadores, os informativos também alertam que o animal não deve ser devolvido ao mar e que as autoridades devem ser informadas sobre local onde o peixe foi visto para ajudar no monitoramento dessa espécie. 

“Quando capturarem o peixe-leão, por favor não devolvam ao mar, fotografem, tragam para o ICMBio, se possível. Na cartilha tem um QR Code com um formulário para que as pessoas possam nos enviar todas as informações de onde ele foi capturado, com envio de fotos e imagens. Tudo isso é importantíssimo para que a gente possa monitorar e impedir que esses peixes se alastrem para o resto do país”, ressaltou a secretária de Biodiversidade do MMA, Beatriz Milliet. 

A secretária explicou ainda que os panfletos têm linguagem adequada para cada público e serão distribuídos em áreas costeiras prioritárias do país para orientar banhistas, pescadores e mergulhadores, caso avistem o peixe-leão.

De acordo com Milliet, o Brasil é campeão mundial em biodiversidade e deve evitar que espécies invasoras possam ameaçar riquezas naturais. Segundo ela, é preciso que a população tenha acesso a informações para que possam ajudar na preservação do meio ambiente e do ecossistema brasileiro. “A gente tem trabalhado muito em informações para as pessoas para que possamos disseminar informações corretas. Para ajudar nesse processo, o Ministério do Meio Ambiente tem uma página na internet, o Educa+, onde disponibilizamos cursos, palestras e informativos gratuitos para quem quer saber mais sobre o assunto”, explicou.

Veja os informativos segmentados sobre o que fazer caso encontre um peixe-leão:

Turistas 

Pescadores 

Mergulhadores 

Associações 

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