Autoridades do Amapá defendem pesquisa na Foz da Bacia do Amazonas durante reunião com a Petrobras

A Petrobras afirmou empenho na exploração, apresentando uma equipe de 100 profissionais que devem realizar a proteção dos animais e preservação do meio ambiente.

Autoridades do Amapá reuniram com a Presidente da Petrobras no dia 1º de novembro. Foto: Divulgação

Reuniram-se com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, no dia 1º de novembro, no Rio de Janeiro, os líderes representantes do Amapá, governador Clécio Luís, senador Davi Alcolumbre (União), coordenador da bancada federal e o líder do governo no Congresso Nacional, Senador Randolfe Rodrigues (PT), para tratativas sobre a exploração de petróleo na região da Foz da Bacia do Amazonas, na Margem Equatorial.

Os representantes do Amapá afirmaram no encontro o desejo de seguir com a exploração e “realizar o o sonho da população amapaense”, segundo o senador Davi. Magda afirmou ainda que a Petrobras vem empenhando todos os esforços para a região e acredita na possibilidade da Avaliação Pré-Operacional (APO).

“A Petrobras reitera sua total crença e todos os seus esforços na margem equatorial do Amapá. Vamos buscar transformar o potencial do estado em riquezas para a população”, disse a presidente.

Se autorizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a APO avança com testes de perfurações, que devem acontecer a cerca de 540 quilômetros da costa amapaense.

Alcolumbre destacou ainda que a possibilidade de pesquisar a exploração do petróleo no Amapá é um direito no Brasil, que promove a descoberta de mais riquezas na região, gerando mais empregos e qualidade de vida.

Randolfe Rodrigues disse que o Amapá não deve abrir mão das pesquisas para o maior conhecimento do potencial exploratório.

“Não é aceitável que, sob o rótulo de técnica, se expresse uma manifestação política que atenta contra o Amapá, os interesses dos amapaenses e contra a soberania nacional”, disse o senador.

Já o governador do estado, Clécio Luíz, disse que a margem equatorial é promissora por conta da similaridade de forma geológica, à localidades como as Guianas e Suriname, onde foram feitas descobertas de gás e petróleo.

O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, não compareceu devido à conflitos de agenda, mas informou que segue acompanhando a tratativa para o Amapá

Na reunião, a Petrobras afirmou empenho na exploração, apresentando uma equipe de 100 profissionais que devem realizar a proteção dos animais e preservação do meio ambiente e mais 12 embarcações apenas para esta atividade.

A empresa apresentou ainda, que pretende trabalhar com sistemas avançados de contenção de óleo, bloqueio de vazamentos de poços, ou capping, estrutura de coordenação e resposta a emergências, além de se responsabilizar pelo resgate e reabilitação dos animais do local em casos de vazamento.

Em maio do ano passado, o Ibama negou um pedido feito pela Petrobras para perfurar a bacia da Foz do Amazonas com o objetivo de explorar petróleo na região.

Segundo o documento, o plano da Petrobras possuía incertezas para atendimentos à fauna em possíveis acidentes com o derramamento de óleo. Outro ponto destacado foram lacunas quanto à previsão de impactos da atividade em três terras indígenas em Oiapoque.

*Por Isadora Pereira, da Rede Amazônica AP

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