Como é a alimentação dos animais da Amazônia? Confira alguns dos mais populares

Conhecer a alimentação dos animais da Amazônia é entender também o equilíbrio ecológico que proporcionam para manter a maior floresta tropical do planeta em funcionamento.

Bicho-preguiça comendo folhas. Foto: Reprodução/Mata Ciliar SP

A alimentação é essencial para a manutenção da vida, certo? Quando falamos de alimentação é possível que se relacione imediatamente aos seres humanos, mas você já parou para pensar como é a alimentação e a digestão dos animais da Amazônia?

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A floresta abriga uma variedade impressionante de estratégias alimentares, que vão desde predadores de topo até herbívoros lentos e pacíficos. Conhecer esses hábitos é entender também o equilíbrio ecológico que mantém a maior floresta tropical do planeta em funcionamento.

Que tal conhecer como funciona a alimentação de alguns dos mais populares animais da região?

Sucuri

A sucuri, uma das maiores serpentes do mundo, é uma predadora carnívora que não tem pressa. Sua alimentação é variada: peixes, aves, capivaras, jacarés e até antas. Sem veneno, ela utiliza a constrição, enrolando-se na presa até sufocá-la. Depois, engole o animal inteiro!

Por conta desse processo, a digestão pode levar semanas, período em que a cobra permanece o mais imóvel possível, economizando energia e se preparando para a próxima caçada.

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Foto: Divulgação/Alexandre Almeida

Onça-pintada

A onça-pintada é outro predador de topo, mas muito mais ágil. Dono de uma das mordidas mais poderosas entre os felinos, o animal se alimenta de veados, capivaras, tatus, jacarés, tartarugas e até peixes.

A sua alimentação pode incluir mais de 80 espécies diferentes, variando conforme a disponibilidade. Em cativeiro, uma onça chega a consumir até 7 quilos de carne em uma única refeição.

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Foto: Emiliano Ramalho/Instituto Mamiraua

Formiga saúva

Enquanto isso, debaixo da terra, a formiga saúva cultiva seu próprio alimento. Ao contrário do que parece, ela não come as folhas que corta. Elas servem de substrato para um fungo, que é a verdadeira fonte de nutrição da colônia. Trata-se de uma relação simbiótica sofisticada e eficiente, que mantém milhões de formigas bem alimentadas.

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Foto: Reprodução/Instituto Butantan

Anta

Maior mamífero terrestre da Amazônia, a anta é herbívora e frugívora. Sua alimentação é baseada em frutos, folhas, brotos e flores, usando o focinho alongado para alcançar diferentes tipos de vegetação.

Ao ingerir sementes, atua como uma das mais importantes dispersoras da floresta, ajudando na regeneração de áreas inteiras. Uma anta adulta pode consumir até nove quilos de plantas por dia.

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Foto: Diivulgação/PMBV

Macaco-prego

Inteligente e curioso, o macaco-prego tem uma dieta onívora e variada: come frutos, insetos, ovos, pequenos vertebrados e até utiliza ferramentas, como pedras. Sua digestão é eficiente para lidar com tantos alimentos diferentes, embora tenha dificuldade com fibras muito duras.

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Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Bicho-preguiça

Na ponta oposta do ritmo, o bicho-preguiça se contenta com folhas pobres em energia. Seu estômago dividido em várias câmaras abriga bactérias que fermentam a celulose, permitindo a sobrevivência.

O processo é tão lento que a digestão de uma refeição pode levar até um mês. O metabolismo baixo explica o estilo de vida calmo e arrastado desse animal.

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Foto: Eduardo Gomes/Acervo INPA

Peixe-boi

Nos rios, o peixe-boi amazônico se alimenta de capim-agulha, algas e outras plantas aquáticas. Herbívoro exclusivo, chega a ingerir 10% do próprio peso por dia.

Seu intestino, que pode alcançar 40 metros, é adaptado à fermentação da celulose, produzindo gases que ajudam até na flutuação do corpo.

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Foto: Reprodução/ Anselmo d’Affonseca
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