Guardiões da Onça: conheça iniciativas que protegem um dos maiores felinos do mundo no Brasil

Os projetos de conservação são essenciais para assegurar a sobrevivência da onça-pintada e preservar o equilíbrio ecológico.

Foto: GP Felinos/Instituto Mamirauá

Considerada o maior felino das Américas, a onça-pintada (Panthera onca) desempenha um papel crucial na manutenção da biodiversidade da floresta amazônica.

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A região abriga aproximadamente 90% da população mundial desta espécie, que enfrenta uma crescente ameaça devido à perda de seu habitat, na maioria causada pelo desmatamento e pela degradação ambiental.

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Diante desse cenário alarmante, é essencial que ações eficazes de preservação sejam adotadas para garantir a continuidade da espécie e a saúde do ecossistema amazônico.

O Portal Amazônia encontrou algumas iniciativas dedicadas à proteção da onça-pintada não só na Amazônia, mas em outras regiões do Brasil onde este felino esta presente. Conheça: 

Grupo de Pesquisa Ecologia e Conservação de Felinos na Amazônia (GP Felinos) do Instituto Mamirauá (AM)

O Grupo de Pesquisa Ecologia e Conservação de Felinos na Amazônia, do Instituto Mamirauá, no Amazonas, tem como principal objetivo entender a ecologia de onças-pintadas nas florestas de várzea da Amazônia para amparar ações de conservação da espécie. 

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As linhas de pesquisa do projeto visam calcular o número de onças que vivem nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Amanã, Amazonas, além de estimar a densidade populacional da espécie.

Foto: GP Felinos/Instituto Mamirauá

Extra: Zoológico do Centro de Instrução de Guerra na Selva (AM)

Ainda no Amazonas, mas localizado em Manaus, o Zoológico do Centro de Instrução de Guerra na Selva atua há 65 anos e é também um projeto de conservação de onça-pintada, considerado o mais antigo do Brasil. O zoológico realiza a reabilitação dos animais após triagem feita pelo Ibama, com o intuito de devolvê-los ao seu habitat.

Instituto Onça-Pintada

Fundado em 2002 pelos biólogos Anah Jácomo e Leandro Silveira, o Instituto Onça-Pintada tem a missão de promover a conservação da onça-pintada e seus habitats naturais visando a conservação da espécie. 

Com diversos projetos, o instituto trabalha, por exemplo, em Maracá (AP) com o projeto ‘Ilha das Onças’, cujo foco é identificar como as onças-pintadas sobrevivem em um ambiente com população tão densa, em um lugar tão confinado, com escassez de água e comida. 

Leia também: Conheça a ‘Ilha das Onças-Pintadas’: região que ajuda na conservação da espécie na Amazônia

Vigente também no Rio Araguaia, com o projeto Corredor da Onça, o maior e mais importante corredor ecológico para a onça-pintada e suas presas naturais, com mais de 3.000 km de extensão, o corredor liga os biomas Amazônia e Cerrado.

Além disso, o IOP conduz pesquisas sobre a onça-pintada no Pantanal há anos, utilizando coleiras GPS para coletar dados sobre seu comportamento, áreas que frequentam e como interagem com o gado. O objetivo é mitigar os conflitos históricos da onça e pecuaristas da região que acontecem há mais de 200 anos.

Saiba mais: Onças pintadas são diferentes na Amazônia e no Pantanal

Foto: Reprodução/Instituto Onça-Pintada

Onçafari

Fundado em 2011 pelo ex-piloto de Fórmula 1 Mário Haberfeld, o Projeto Onçafari foi criado, a princípio no Pantanal, com a missão de conservar a biodiversidade brasileira por meio da proteção de áreas naturais.

Um dos principais propósitos do projeto é a reintrodução de espécies ameaçadas, como foi o caso das onças-pintadas Pandora e Vivara, que com poucos meses de vida foram encaminhadas para o espaço de reintrodução do Onçafari na Amazônia, onde ficaram por dois meses em observação comportamental e treinamento para a caça. 

Na Amazônia, o projeto está presente na Reserva Onçafari 1, localizada em Jacareacanga, no Pará, com 400km de hectares. Com intuito de proteger as margens do Rio São Benedito e criar corredores ecológicos essenciais para a fauna e a flora, esta Reserva não desenvolve atividades de ecoturismo e visitação.

*Por Rebeca Almeida, estagiária sob supervisão de Clarissa Bacellar

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