Pesquisadores analisam fibras vegetais amazônicas como alternativa sustentável na construção civil

Estão sendo analisadas as fibras do coco, açaí, tucumã e curauá em argamassas, concretos e forros de gesso.

Fibras vegetais amazônicas podem se tornar uma alternativa sustentável para a incorporação de argamassas e revestimentos na construção civil, de acordo com uma pesquisa realizada por estudantes de Engenharia Civil do Instituto Federal de Rondônia (Ifro).

Os materiais são estudados como alternativa sustentável e renovável para o reaproveitamento de resíduos do fruto, como as fibras. Estão sendo analisadas as fibras do coco, açaí, tucumã e curauá em argamassas, concretos e forros de gesso.

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O objetivo central da pesquisa foi apresentar metodologias técnicas e científicas para caracterizar o desempenho das fibras nas propriedades das argamassas de revestimento e no reforço de solos amazônicos.

Os resultados da pesquisa foram apresentados em 2023 na 10ª edição da Rondônia Rural Show. Este ano, durante a feira, foram demonstradas as técnicas desenvolvidas para a caracterização das fibras quando já inseridas nos materiais à base de cimento e no reforço de solos.

De acordo com a coordenação do estudo, as fibras inicialmente são tratadas para auxiliar na durabilidade desses materiais e, dependendo da origem, precisa ser avaliado o comprimento ideal da fibra para garantir o desempenho.

Mistura solo, fibra e água utilizada na montagem do corpo de prova. Foto: Reprodução/Ifro

A escolha do comprimento certo das fibras e de onde elas vêm é importante para garantir que as propriedades mecânicas e a absorção de água sejam adequadas. Nas argamassas de revestimento, as fibras são misturadas com outros materiais e são testadas quando estão frescas para verificar como podem ser manipuladas e também quando estão secas para avaliar sua resistência e aderência a diferentes superfícies.

Entre as vantagens identificadas com o reforço do solo com fibra vegetal, está a redução do uso de fontes de energia e materiais não renováveis, além de baixas emissões de poluentes.

*Por Mylla Pereira, do g1 Rondônia

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