O jornalismo de ontem e de hoje!

Grupo Rede Amazônica á caminho dos 50 anos!

Foram difíceis os primeiros momentos do jornalismo da Rede Amazônica, vale ressaltar o esforço que consolidou estas iniciativas de homens visionários que, no Estado mais distante da Federação, desenvolveram, embora em condições rudimentares, as experiências de transmissões do telejornalismo com a prata da casa.

Dificuldades à parte, estas sementes foram lançadas por homens como José Augusto Roque da Cunha, Paulo José, Atlas Bacelar e Luiz Eduardo, que marcaram época no telejornalismo da Rede Amazônica. Já naquela época, o jornalista Mílton de Magalhães Cordeiro, embora fosse o superintendente, já estava ligado ao Departamento de Jornalismo, acompanhando, diariamente, todos os fatos que justificassem destaque no telejornalismo e, não poderia ser diferente, considerando sua experiência vivida nesta atividade. 

Phelippe Daou Júnior, Joaquim Margarido, Nivelle Daou Junior, Milton Cordeiro e Phelippe Daou, na entrega do prêmio Milton Cordeiro de Jornalismo/ Acervo: Abrahim Baze.

Neste aspecto, o entusiasmo com o qual narravam os acontecimentos da época girava sempre em torno dos fatos ocorridos, com grande propósito de levar tão-somente as informações fidedignas e atualizadas.

Toda esta fase do telejornalismo de outrora foi, profundamente marcada pelo caráter austero que os pioneiros tentaram forjar com a personalidade do meio televisivo. Parte desta reserva histórica fora construída diariamente com a ajuda de uma equipe como: repórteres, cameraman e editores, que davam forma e conteúdo com os quais o telejornalismo buscava recursos, através da notícia, para sobreviver ao seu dia a dia. 

Da esquerda para a direita, os alunos Amaral Augusto e Juliana Souza da Silva, do curso de Radiojornalismo da Fundação Rede Amazônica em 2006/ Acervo: Abrahim Baze.

A característica mais marcante do alcance do telejornalismo sempre fora o homem, a sociedade como um todo, desde a capital até o mais longínquo interior amazônico. É, sem dúvida, um conquista sem precedentes. Vale lembrar que nem só de emoções correm os nossos rios, muitas vezes foram palcos e estradas a levar as fitas com conteúdo jornalístico para serem usadas  em nossas repetidoras.

Em todos os fatos noticiosos, lá estava o telejornalismo da Rede Amazônica, com seus repórteres apostos, para oferecer o melhor em termos de noticiário.

O telejornalismo da Rede Amazônica já chegou ao ribeirinho que, embora não tendo rede de eletricidade, recebia as informações em sua televisão ligada a bateria de  carro. 

Dr. Phelippe Daou cumprimentando equipe G1+ GE + Home TV/ Acervo: Abrahim Baze.

Estes profissionais da comunicação se destacaram construindo, como o artífice que aprende de outro artífice, o poder de levar com palavras simples a todas as camadas sociais as informações com uma linguagem correta, expondo os fatos que foram notícia do cotidiano.

Neste quase meio século  de história, a Rede Amazônica tem se notabilizado, principalmente, pela credibilidade que conquistou, produzindo um telejornalismo sério e comprometido com a defesa da região amazônica.

A notícia faz parte da sua programação sempre. Logo cedo, o telespectador tem um resumo das mais importantes notícias do dia anterior, como também as manchetes dos principais fatos que serão noticia naquele dia, principalmente as manchetes dos principais fatos que serão noticia. 

O Bom Dia Amazônia é um noticioso voltado para entrevistas com personalidades, procurando, também dar destaque aos assuntos de economia e política.

Pela manhã, o telespectador se atualiza através de dois telejornais, Bom dia Amazônia e JAM 1 (Amazonas), JAC ( Acre), JAP (Amapá), JRR ( Roraima), JRO (Rondônia) . Bom dia Amazônia,  possui o alcance de jornal de Rede, com a participação de todas as emissoras que compõem a Rede Amazônica:  Acre, Amapá,  Roraima e Rondônia, além da Sucursal de Brasilia.

Estas emissoras contribuem com matérias geradas diariamente das capitais pelas próprias emissoras da Rede Amazônica, promovendo a integração de toda a região.

As notícias têm sempre carácter regional. O JAM 1 é a janela do jornalismo comunitário. Sua atuação baseia-se na defesa das comunidades mais pobres, da periferia de Manaus, tendo como principal atuação a busca da solução dos problemas da comunidade, criando o dialogo entre a autoridade e o povo. Este telejornal tem dado bons frutos, procurando resolver os problemas das mais variadas formas como: falta de água, deficiência no abastecimento de energia elétrica e, principalmente, a falta de saneamento básico para a população. 

Jornalista e apresentadora, Luana Borba/ Reprodução: Internet

Como já foi dito, maior virtude desse noticioso é aproximar as comunidades carentes em um dialogo frente a frente, com debates ao vivo todas as manhãs. Esta forma de atuação aproximou ainda mais o publico da Rede Amazônica , fazendo dela sua bandeira de conquista.

O último telejornal do dia é o JAM 2– Jornal do Amazonas 2. Esse noticioso faz um resumo dos acontecimentos do dia e antecipa os fatos para o dia seguinte.

É o mais antigo telejornal da Rede Amazônica e sempre tem conquistado audiência acima de 50% do telespectador. Tem-se projetado com o maior nível de audiência do mercado local.

Finalmente, além de todas estas programações jornalísticas, com horários predeterminados, a notícia é o forte da programação da emissora.

Sede atual da Rede Amazônica, em Manaus/ Foto: AVG Tv Amazonas.

No final de 2000, Luiz Margarido, até então editor e apresentador do Jornal do Amazonas, assume a recém-criada direção executiva de jornalismo, com o compromisso de integrar as redações de todas as emissoras e mini geradoras da Rede Amazônica e, adequar o setor às novas exigências da Rede Globo.

A primeira providência foi a implantação do Intercâmbio Caboclo, um programa de treinamento interno envolvendo todos os funcionários no jornalismo: repórteres, produtores, editores, apresentadores, cinegrafistas, editores de imagem e gerentes, o que proporcionou maior entrosamento entre os profissionais das diversas emissoras.

A meta era melhorar a qualidade as produções, melhorar a comunicação interna, padronizar procedimentos e evitar falhas.

Em 2002 iniciou uma nova experiência: a transferência dos cinegrafistas, editores de imagem e diretores de TV do Departamento Técnico para o Departamento de Jornalismo. A implantação se deu, a princípio, na TV Amazonas. Com isso, todos os envolvidos na produção de reportagens e exibição de telejornais passavam a obedecer uma linha de comando, o que possibilitou a participação maior de todos no processo. Com isso, criou-se a primeira equipe “ao vivo”, inteiramente coordenada pelo Departamento de Jornalismo. 

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