As roupas foram desenhadas e produzidas em fevereiro por pessoas sorteadas para participarem do projeto gratuito e pioneiro de moda ecológica.
A bióloga Denise Arruda é a organizadora de um desfile no Acre com peças diferentes. As peças são reutilizadas e tingidas de forma natural com açafrão, folhas de crajiru e urucum. Esses e outros saberes da região amazônica serão exibidos durante o Moda Sustentável Híbrida, evento que acontece dia 30 deste mês e abordará o tingimento natural com insumos acreanos e técnicas de upcycling, ou seja, reutilização.
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No desfile serão apresentadas mais de 15 peças desenhadas e produzidas em fevereiro por pessoas sorteadas para participarem do projeto gratuito e pioneiro de moda ecológica. O grupo aprendeu sobre desenhos, cortes, costura e tingimentos com insumos regionais.
O evento é financiado pela Lei Aldir Blanc e gerenciado pela Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM). “Não demos curso, mas viveram essas experiências junto com a gente. Contratei uma pessoa para fazer o tingimento porque tinha fogo e ela já tem experiência com isso. Mas os participantes escolheram tudo, vivenciaram tudo, desenharam”, relembrou Denise.
A bióloga contou que o evento será aberto ao público para dar visibilidade e estimular a produção de moda voltada à sustentabilidade. Ela destacou que esse é o primeiro desfile de tingimento natural no Estado.
“Têm pesquisas com algodão cru, por exemplo, mas a roupa pronta não há registro. Nossas roupas são reutilizadas, não fizemos aquisições de tecido, pegamos roupas brancas ou claras de bazar, velhas ou aquelas guardadas há muito tempo e transformamos as peças”,
explicou.
As peças serão avaliadas por cinco jurados, que vão analisar exclusivamente a criatividade.
“É para conscientização. Quero que as pessoas vejam que, a partir dali, tudo é possível, que tenhamos uma moda mais limpa, menos agressiva e pensando na questão ambiental e que na passarela também pode”,
concluiu Denise.
O primeiro lugar vai levar R$1 mil, o segundo R$ 500 e o terceiro R$ 300. Entre os jurados está uma pesquisadora de tingimento e também a empresária Manu Paim, que tem uma marca de roupas sustentáveis. As peças não serão vendidas.