O amor pelo esporte não tem sexo ou idade, mas exige renúncia e foco de quem deseja praticar alguma modalidade.
O amor pelo esporte não tem sexo ou idade, mas exige renúncia e foco de quem deseja praticar alguma modalidade. As mulheres são prova disso, e a cada dia conseguem destaque no cenário esportivo da Amazônia. Exemplos de coragem e determinação não faltam, por isso, o Portal Amazônia decidiu homenagear nove atletas amazônidas que se destacam. Confira:
Amazonas: Laiana Batista
A amazonense Laiana Rodrigues Batista é um exemplo de inspiração. Ela jogava vôlei convencional dos 14 aos 18 anos, mas acabou abandonando as quadras depois que teve dengue hemorrágica. A doença acabou causando uma seqüela na perna direita da atleta, conhecida como Síndrome de Guillain Barret.
Após pensar em abandonar o esporte, Laiana que também é professora de Educação Física, começou a conviver com outras pessoas que também tinham deficiência e viu novas possibilidades de competir e ajudar. A atleta teve muitas conquistas, como por exemplo, a participação em três competições: Mundial da Holanda, os Jogos Pan Americanos de Toronto e nas Olimpíadas de 2016 no Brasil.
Maranhão: Ana Paula Rodrigues
A paixão de Ana Paula pelo Handebol começou na escola. E decidiu buscar seu sonho em São Paulo, lugar que morou até 2007. Na época, Ana chamou a atenção de grandes times europeus. Ela já participou de três olimpíadas: Pequim (2008), Londres (2012) e Brasil (2016). Em 2015, a atleta conquistou junto a seleção feminina brasileira de handbal o pentacampeonato nos Jogos Pan-Americanos de Toronto.
Mato Grosso: Ana Sátila
Natural de Primavera do Leste, em Mato Grosso, a atleta Ana Sátila, se tornou a primeira brasileira campeã dos Jogos Pan-Americanas na história do slalom. Aos nove anos a atleta iniciou sua trajetória na cidade mato-grossense sob forte influência do pai, Cláudio Vargas, um amante de esportes que mudou-se de Santos, no litoral paulista, em busca de uma cidade mais tranquila para viver com a família. O local escolhido para iniciar a prática da canoagem foi o Rio das Mortes, um dos grandes atrativos da região para o ecoturismo.
Rondônia: Millene Fernandes
A história da jogadora Millene Fernandes iniciou em Cacoal, Rondônia, na escolhinha de futebol professor Tato. A única menina da equipe persistiu e alcançou todos os seus objetivos. Após passar por times como Atlético Mineiro (BH), Minas Icesp, além de jogar em São Paulo, Mato Grosso, São Paulo e Rio Preto, a atleta foi convocada para atuar na Seleção Brasileira de Futebol.
Pará: Larissa Pacheco
A lutadora de artes marciais mistas, ou mixed martial arts (MMA) em inglês, Larissa Pacheco, começou a lutar aos 17 anos. Ela decidiu entrar no octógono por causa da situação financeira de sua família. A atleta tem seis vitórias por finalizações e quatro por nocaute. Ela é a lutadora mais jovem do UFC na atualidade. Após uma grave lesão, no braço esquerdo, Larissa começa aos poucos voltar ao universo do MMA.
Acre: Jerusa dos Santos
A atleta acreana Jerusa dos Santos nasceu com catarata congênita. Aos 18 anos perdeu totalmente a visão, mas não se abateu. Hoje, aos 30, Jerusa é atleta olímpica, bronze nas Paralimpíadas de Pequim (2008) e prata nas Paralimpíadas de Londres (2012) nos 100 e 200 metros de atletismo.
A primeira participação de Jerusa nos Jogos Paraolímpicos ocorreu em Pequim-2008, de onde ela já trouxe uma medalha: bronze nos 200m rasos. Em Londres, a brasileira melhorou seu desempenho, ficando com a prata tanto nos 100m quanto nos 200m rasos. Já no Brasil, a atleta chegou nas semifinais dos 200m rasos.
Tocantins: Millena Muralha
A karateca Millena Muralha foi a primeira tocantinense a ser convocada para a Seleção Brasileira de karatê. A jovem integra a categoria Individual Júnior Feminino até 53 quilos. A atleta subiu ao podium em todos os campeonatos que disputou. Em 2016, Millena foi selecionada para disputar o Campeonato Pan-Americano que vai ser realizado em Guayaquil no Equador. O foco da jovem agora é para os Jogos Olímpicos de 2020, uma vez que o Karatê se tornou oficialmente um esporte olímpico.
A karateca Millena Muralha foi a primeira tocantinense a ser convocada para a Seleção Brasileira de karatê. A jovem integra a categoria Individual Júnior Feminino até 53 quilos. A atleta subiu ao podium em todos os campeonatos que disputou. Em 2016, Millena foi selecionada para disputar o Campeonato Pan-Americano que vai ser realizado em Guayaquil no Equador. O foco da jovem agora é para os Jogos Olímpicos de 2020, uma vez que o Karatê se tornou oficialmente um esporte olímpico.
Amapá: Alline Calandrini
Natural do Macapá, a jogadora Alline Calandrini é um dos principais nomes do futebol feminino no Brasil. A atleta começou a jogar futebol em sua casa e começou a participar de campeonatos na escola. Hoje, Alline atua como zagueira no Santos e estuda jornalismo. Em 2008, a jovem foi convidada para uma partida defendendo a blusa da Seleção Brasileira.
Roraima: Rita de Cássia
A roraimense Rita de Cássia, faixa preta em jiu-jitsu, foi a primeira mulher do estado a participar de uma luta de MMA. A atleta começou a treinar em 2001, mas fez sua estreia apenas sete anos depois. Após mudar-se para São Paulo, Rita decidiu fazer um projeto para educar crianças através do esporte. Já no ano de 2013, a atleta foi para Suíça para trabalhar na academia Gracie Barra. No país, a lutadora participou de uma competição sem kimono (NoGi), mas precisou enfrentar dois adversários homens, uma vez que ela era a única mulher faixa-preta da competição.