Populações da Amazônia e Mata Atlântica receberão mais de R$2 bilhões para produção sustentável

Recursos destinados à Amazônia e Mata Atlântica serão aportados por meio do Banco do Brasil, que abordará estes incentivos financeiros durante a COP30, segundo o Governo.    

Comunidade produtora de açaí, localizada em Acará (PA), é atendida pelo Hub de Sociobioeconomia do banco. Foto: William Pinto Alves Seixas

As populações da Amazônia e da Mata Atlântica brasileiras terão acesso a R$ 2 bilhões em financiamentos para iniciativas ligadas à sociobioeconomia, modelo que une conservação ambiental, valorização dos saberes tradicionais e inclusão social. Desse total, 3.500 famílias de comunidades tradicionais devem ser beneficiadas com potencial de crédito de R$ 200 milhões.

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A disponibilização de crédito é parte da atuação do Hub Financeiro da Bioeconomia do Banco do Brasil (BB), que já tem unidades físicas em Manaus (AM), Belém (PA) e em Ilhéus (BA), e possui capilaridade em todo o território brasileiro. O Hub Norte atende toda a região da Amazônia Legal e o Hub Nordeste atende as comunidades do bioma Mata Atlântica. Todas as unidades devem alcançar R$ 5 bilhões em financiamentos até 2030.

Os espaços oferecem atendimento físico e digital, assistência técnica e soluções financeiras adaptadas às realidades específicas. Agentes de crédito especializados em sociobioeconomia atuarão diretamente nas comunidades tradicionais, promovendo educação financeira e inclusão produtiva.

Este trabalho será um dos destaques apresentados pelo banco em eventos paralelos durante a COP 30, em Belém (PA), e poderá ser conhecido também no estande do Banco do Brasil, na Zona Verde.

imagem colorida de vista aérea da orla de belém do pará, na Amazônia, onde será realizada a cop 30 em novembro
Belém (PA). Foto: Reprodução/Agência Pará

Os esforços dialogam com o Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia (PNDBio) , coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), uma vez que um dos eixos mais estratégicos do planejamento é a sociobioeconomia, que busca integrar comunidades tradicionais, povos indígenas, agricultores familiares, mulheres e jovens às cadeias produtivas sustentáveis.

Leia também: Governo anuncia ampliação de investimentos em pesquisa na Amazônia visando a COP3

Outras ações na Amazônia

Por meio de acordo firmado com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Fundo Verde para o Clima (GCF), o Banco do Brasil destinará US$250 milhões ao Programa BB Amazônia. A iniciativa visa ampliar o acesso ao crédito para até 11,7 mil empreendimentos locais, incluindo cooperativas, agricultores familiares e negócios liderados por mulheres.

De acordo com o vice-presidente de Negócios de Governo e Sustentabilidade Empresarial do BB, José Ricardo Sasseron, a instituição faz busca ativa pelas comunidades ribeirinhas, extrativistas e indígenas: “Não esperamos que os projetos venham até o banco. Nós vamos até eles”.

O BB também firmou parceria com o Instituto Clima e Sociedade (iCS), com objetivo de implementar um programa de apoio a povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais.

A iniciativa fomenta o desenvolvimento socioeconômico sustentável e valoriza a cultura deste grupos, incentivando a comercialização de produtos da sociobioeconomia, como artesanato, e desenvolvendo projetos de recuperação de terras degradadas.

*Com informações da COP30 Brasil

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