Vista de Pedra Branca do Amapari. Foto: Divulgação / Agência Turismo do Amapá
Após seis anos de recuperação judicial, o Governo do Amapá anunciou no início do mês a retomada da mineração de ferro em Pedra Branca do Amapari. A atividade será reiniciada com a reativação da mina Azteca, de menor porte.
O retorno faz parte do Projeto Ferro Amapá, parceria entre o governo estadual e a empresa DEV Mineração. O investimento previsto é de US$ 200 milhões, além de um pagamento inicial de R$ 5 milhões ao município.
O projeto inclui ainda a construção de uma ferrovia e de um porto para o escoamento da produção. A prefeitura do Amapá recebeu R$ 10 milhões para quitar salários atrasados de funcionários das mineradoras.
O prefeito de Pedra Branca, Marcelo Pantoja, disse que a medida traz alívio para a cidade.
“Vamos retomar a nossa capacidade de investimento, fazer mais obras e ampliar o investimento social. Quem ganha é o Amapá e Pedra Branca”, afirmou.
📲 Confira o canal do Portal Amazônia no WhatsApp
Aplicação dos investimentos na mineração
- Investimento inicial: US$ 6 bilhões para reativar a mina Azteca.
- Aporte imediato: R$ 10 milhões para dívidas e salários atrasados.
- Expansão futura: novos aportes que podem ultrapassar US$ 200 milhões, além da ferrovia e porto.
Segundo o governo do Amapá, a mina pode produzir até 6 milhões de toneladas de minério por ano, com vida útil de cerca de 16 anos. A expectativa é que a exploração comece em 2026.
“O investimento busca acelerar a retomada dos empregos em Pedra Branca. A meta é gerar vagas já no primeiro semestre de 2026”, informou o governador Clécio Luís.
A retomada deve seguir técnicas sustentáveis na operação e produção do minério. O município já registrou acidentes ligados à atividade mineral.
Leia também: Reserva do Rio Iratapuru no Amapá conquista certificação inédita de conservação ambiental

Histórico da mineração no Amapá
A exploração de minério de ferro no Amapá começou na década de 1950, com a Indústria e Comércio de Minérios (Icomi). O projeto passou por diferentes empresas: MMX de Eike Batista, Anglo Ferrous e, por último, Zamin, quando foi interrompido.
Na época de maior produção, Pedra Branca do Amapari, município do Amapá, tinha a maior renda per capita do estado, com a presença de 93 empresas e geração de mais de 15 mil empregos diretos e indiretos.

*Por Mariana Ferreira, da Rede Amazônica AP
