Governo anuncia ampliação de investimentos em pesquisa na Amazônia visando a COP30

Previsão de aportes em projetos de desenvolvimento científico e tecnológico na Região Amazônica é de cerca de R$ 1 bilhão.

Foto: Luara Baggi/MCTI

O Governo Federal está reforçando os investimentos na Região Amazônica. A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, assinou um Termo de Autorização para o lançamento de uma chamada pública do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), cujo objetivo é selecionar ‘projetos de cooperação internacional de pesquisa entre o Brasil e países Pan-Amazônicos’.

Eles receberão um investimento de R$33,5 milhões, com recursos não reembolsáveis do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

A assinatura ocorreu durante a cerimônia do Governo Federal para anúncio, na última sexta-feira 14 de fevereiro, das entregas para Belém, capital do Pará, em preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30).

O evento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros e outras autoridades. Na ocasião, Lula ressaltou que “esta COP vai ser na Amazônia para todos a conhecerem do jeito que ela é”. “Para conhecerem as pessoas do Pará como elas são”, afirmou.

Em seu discurso, Luciana Santos destacou que a iniciativa representa uma oportunidade histórica para o Brasil reafirmar seu papel de liderança nos debates sobre mudanças climáticas e sustentabilidade.

“Temos a convicção de que, sem ciência, não há enfrentamento aos desafios crescentes da mudança do clima. Então esse será também um espaço para a ciência brasileira mostrar a contribuição que estamos dando para as políticas nacionais de adaptação, de mitigação e também de preparação para o cenário que está se apresentando”, ressaltou.

No evento, também foi assinada a permissão para o CNPq ampliar para R$300 milhões as contratações de recursos do FNDCT para projetos de pesquisas aprovados na chamada Centros Avançados na Amazônia. A iniciativa faz parte do Pró-Amazônia, um dos 10 programas estratégicos aprovados pelo Conselho Diretor do Fundo para 2024, e tem como objetivo apoiar e criar centros avançados de pesquisa com colaboração entre instituições que atuem na Amazônia Legal.

Carteira

O Governo Federal vai investir cerca de R$1 bilhão em projetos na Amazônia Legal. Desse total, R$ 400 milhões já foram disponibilizados. Um dos principais programas é o Pró-Amazônia, um dos eixos do FNDCT. O programa se consolidou como um dos maiores investimentos estratégicos voltados ao desenvolvimento científico, tecnológico e sustentável da Região Amazônica. Serão investidos R$650 milhões para reafirmar o compromisso do setor público em promover inovação, pesquisa e cooperação internacional na Amazônia Legal, por meio de editais do CNPq com recursos do FNDCT.

Obras

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) reforçou os investimentos na cidade de Belém com três iniciativas: a expansão e modernização do Herbário do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), a revitalização do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e a construção do Museu das Amazônias.

“Estamos falando de um equipamento de difusão científica e cultural, que amplia as vozes das florestas, seus povos e biodiversidade. O Museu, que ficará como um legado da COP30, será lugar de troca, de popularização da ciência, de compartilhar e aplicar o conhecimento científico, a inovação, o desenvolvimento tecnológico e os saberes tradicionais”, declarou a ministra Luciana.

Clima

Além dos projetos de pesquisa e infraestrutura, o MCTI participa da elaboração do Plano Nacional de Adaptação, na Estratégia Nacional de Mitigação e no novo Plano Nacional de Mudanças Climáticas.

A pasta também investe em iniciativas para aperfeiçoar e ampliar o trabalho do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

“No MCTI, estamos criando as condições para que a ciência, a tecnologia e a inovação possam dar sua contribuição para a agenda climática. O tempo do negacionismo ficou para trás. É com base na melhor ciência que construiremos um futuro mais sustentável e inclusivo”, afirmou Luciana.

*Com informações da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

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