6 motivos para conhecer o Mercado Ver-o-Peso, em Belém

Com mais de 25 mil m², o espaço conta com construções históricas como o Mercado de Carne, Praça do Relógio, Doca, Feira do Açaí e a Ladeira do Castelo.

Quer conhecer a cultura do Pará? Basta visitar o Mercado Ver-o-Peso. O Complexo de 25 mil m² é formado por construções históricas como o Mercado de Carne, Praça do Relógio, Doca, Feira do Açaí e a Ladeira do Castelo. Em 1997, essa parte de Belém foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Ver-o-Peso é um ícone de Belém. Foto: Reprodução/Agência Pará

Inaugurada em 1625, no antigo Porto do Pirí, a Casa de “Haver o Peso” – inicialmente era apenas um posto de aferição de mercadorias e arrecadação de impostos – viria a constituir um grande mercado aberto. No século XVIII, Belém era o maior entreposto comercial da região, sendo o centro de comércio de produtos oriundos da extração da Floresta Amazônica destinados aos mercados locais e internacionais, e o principal ponto de chegada dos produtos europeus para suprir o mercado regional. Foi esse movimento intenso de comércio de produtos que deu origem ao ‘Ver-o-Peso’.

Ao longo do tempo, sofreu diversas modificações, inclusive para se adaptar à necessidade e gostos da Belle Époque, período de cultura cosmopolita que, segundo alguns autores, marcou o fim do século XIX e durou até à 1ª Guerra Mundial. Nesse período, o ‘Ver-o-Peso’ passou por uma grande reforma, inclusive com a construção do Mercado de Ferro (ou de Peixe) e do Mercado Francisco Bolonha (ou de Carne).

Em 27 de março deste ano, o complexo considerado a maior feira a céu aberto da América latina completa 396 anos. Por sua importância histórica e cultural, o Portal Amazônia te mostra cinco motivos para conhecer este marco paraense. Confira:

Frutos e plantas da terra 

Não tem como não começar falando da grande variedade de frutos, plantas e itens culinários que enchem o mercado de cheiros e sabores. Açaí, maniva (usada para fazer a maniçoba), castanha, manga, pimentas, pupunha, cupuaçu, tucupi, tucumã e, claro, farinhas de mandioca estão nessa lista. Que outros itens não podem faltar?  

Foto: Ana Elisa Teixeira/Viagens e Rotas

Açaí 

Esse é um tópico sensível para os paraenses, afinal, uma boa tigela de açaí não deve ser adocicada, ou seja, os locais jamais colocam açucar no açaí. O motivo? Os paraenses não tomam açaí como sobremesa, como acontece em outros Estados. Normalmente, no Pará, o açaí é servido com peixe, camarão ou com farinha de tapioca. Porém, nas barracas de açaí do ‘Ver-o-Peso’ os comerciantes oferecem açúcar para os turistas – para agradar os paladares.

No Pará, o açaí é sem açucar e com bastante peixe/camarão. Foto: Alessandra Serrão/Comus Belém

Musicalidade 

O carimbó ou o brega são ritmos do Pará muito populares. Entre uma barraca e outra, você vai escutar muitas músicas que fazem parte do cenário cultura paraense. Joelma, Gang do Eletro e Dona Onete são algumas figuras que, com certeza, você vai ouvir tocando por lá. Inclusive, o ‘Ver-o-Peso’ já serviu como cenário para diversas produções audiovisuais e clipes musicais.  

Dona Onete. Foto: Divulgação

Poções 

Além de alimentos, o público paraense é adepto das poções naturais, que são vidrinhos com óleos, ervas, banhos e perfumes, onde são engarrafados os mais diversos tipos de desejos. Atrativo do amor, arrumar emprego ou tirar a inveja? Tem!

Perfumes e óleos variados atraem olhares curiosos. Foto: Tassia Barros/Comus Belém

Frutos do mar 

Quem curte frutos do mar está no lugar certo, principalmente, quando se trata de camarão ou mexilhão. Afinal, os paraenses adoram utilizar uma gama de sabores para potencializar os pratos regionais.

Foto: Ana Biselli/Blog 1000 dias por toda América

Artesanato

E é claro que não poderia faltar um dos itens mais procurados por turistas, mas que também reflete a cultura local: o artesanato. No Pará, assim como em boa parte dos Estados amazônicos, boa parte dos itens é feita de casca de coco, fibras de açaí e sementes variadas. Além disso, também é possível encontrar peças importantes como as cerâmicas marajoara e tapajônica.

Foto: Oswaldo Forte/Agência Belém

A Prefeitura de Belém anunciou que a revitalização do espaço será realizada após quase 20 anos sem grandes reparos. A ideia é modernizar, dar mais conforto aos feirantes, consumidores e visitantes, além de destacar a importância do principal cartão-postal de Belém e maior ponto de comercialização de alimentos e da cultura da cidade.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Amapaense vence prêmios internacionais por geração de energia a partir de óleo residual

Estudante de 14 anos buscou alternativa por conta do acesso limitado de energia elétrica nas comunidades locais e devido ao descarte incorreto de óleo já usado.

Leia também

Publicidade