Mercado ver-o-peso: de mesa fiscal a maior feira do Pará

Inaugurada em 1625, no antigo Porto do Pirí, a Casa de ‘Haver o Peso’ – inicialmente era apenas um posto de aferição de mercadorias e arrecadação de impostos.

No século XVIII, Belém era o maior entreposto comercial da região, sendo o centro de comércio de produtos oriundos da extração da Floresta Amazônica destinados aos mercados locais e internacionais, e o principal ponto de chegada dos produtos europeus para suprir o mercado regional. Foi esse movimento intenso de comércio de produtos que deu origem ao Ver-o-Peso.

Inaugurada em 1625, no antigo Porto do Pirí, a Casa de ‘Haver o Peso’ – inicialmente era apenas um posto de aferição de mercadorias e arrecadação de impostos – viria a constituir um grande mercado aberto.

Foto: Reprodução/Ag. Belém

Ao longo do tempo, sofreu diversas modificações, inclusive para se adaptar à necessidade e gostos da Belle Époque, período de cultura cosmopolita que, segundo alguns autores, marcou o fim do século XIX e durou até à 1ª. Guerra Mundial. Nesse período, o Ver-o-Peso passou por uma grande reforma, inclusive com a construção do Mercado de Ferro (ou de Peixe) e do Mercado Francisco Bolonha (ou de Carne).

O Mercado de Ferro começou a ser construído em 1899, com influência europeia, seguindo a proposta dos engenheiros Bento Miranda e Raymundo Vianna. Com estrutura de ferro trazida da Europa e cobertura principal em telha tipo Marselha, as torres art noveau foram cobertas com escamas de zinco, sistema Vieille-Montagne

Inaugurado em 1901, com o Mercado de Carne, é considerado a maior feira livre da América Latina. 

Extensão

O Ver-o-Peso se estende por um complexo arquitetônico e paisagístico de 25 mil metros quadrados, com uma série de construções históricas. O conjunto tombado inclui o Boulevard Castilhos França, o Mercado de Carne e o Mercado de Peixe, o casario, as praças do Relógio e Dom Pedro II, a doca de embarcações, a Feira do Açaí e a Ladeira do Castelo.

Atualmente, o local se destaca como um lugar de intensa vida social e intercâmbio cultural, onde as práticas trabalhistas tradicionais têm lugar e uma complexa teia de relações sociais é tecida, envolvendo o comércio de natureza comercial, mas também simbólica.

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