“Resgate da origem”, diz indígena Palikur no Encontro dos Tambores em Macapá

Vigésima nona edição do evento conta com 12 dias de programação destacando a cultura negra e dos povos originários na sede do Centro de Cultura Negra do Amapá (CCNA).

Foto: Isadora Pereira/g1 Amapá

O 29º Encontro de Tambores iniciou no dia 14 de novembro na sede do Centro de Cultura Negra do Amapá (CCNA) Raimunda Ramos, no bairro Julião Ramos – antigo bairro do Laguinho – em Macapá. O evento segue durante 12 dias, a partir das 19h, com apresentações, exposições, dinâmicas culturais, oficinas, palestras e venda de comidas e bebidas que fazem parte da história amapaense como a gengibirra.

O indígena Shina Batista, Palikur da etnia Aruaque, disse que a oportunidade de mostrar a dança é histórico. Além de relembrar de onde veio o povo do Amapá, repassando ensinamentos dos antepassados para os filhos e levando a cultura adiante.

Batista destacou a resiliência da cultura indígena. Foto: Isadora Pereira/g1 Amapá

Batista disse ainda que é importante conviver com a cultura e mantê-la viva através dos jovens, para que não seja perdida durante o tempo. “Nós estamos aqui e existimos, dentro da nossa mãe terra”, finalizou.

A abertura reuniu centenas de pessoas para celebrar a cultura dos povos amapaenses com espetáculos dos povos originários, povos de terreiro, escolas de samba, marabaixo, capoeira, hip-hop, escolas de samba e outros.

Sobre o evento

O Encontro dos Tambores é realizado desde 1995 no Amapá, sendo uma tradição e Patrimônio Cultural e Imaterial. Todos os anos as comunidades negras e indígenas se reúnem para a celebração da cultura, como uma forma de dar continuidade aos costumes ancestrais.

Foto: Isadora Pereira/g1 Amapá

*Por Isadora Pereira, da Rede Amazônica AP

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