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Terça, 23 Abril 2024

Profissões com tendência de queda nos próximos cinco anos

Os novos formatos de contratações vêm mudando no decorrer do tempo. A cada dia surge um tipo de função nova que substituirá boa parte das funções que existem atualmente. Além disso, a tecnologia vem a todo vapor, criando condições inovadoras de trocar o ser humano por máquinas e equipamentos.

Muitos dos negócios atuais já estão começando a fazer essas substituições. Supermercados que estão implementando totens que o próprio cliente faz o pagamento, sem haver a necessidade de um(a) funcionário(a) em caixa. Outro ponto a observamos é os aplicativos que estão substituindo garçons, que antes apresentavam cardápios para os clientes decidirem o que gostariam. Agora, o pedido é feito diretamente pela ferramenta digital, que emite a informação para a cozinha, que produz e entrega.

Uma das surpresas, no campo tecnológico, é uma iniciativa ímpar que vem surgindo, através do eixo sul e sudeste do país, que transforma as pregações religiosas em mecanismos envolvendo robôs. Sim, isso mesmo. Sabe o que a tradição que temos em ir na igreja para receber a mensagem de um padre ou pastor(a)? Pois é.... isso tem sido transformado em máquinas que proferem as mensagens de religiões, sem que o(a) fiel saia de casa.

Independente da área de atuação do(a) profissional, há formas de se manter no rol do mercado, mesmo que não seja mais com a função tida como experiência.

Nesse artigo vou falar sobre as principais funções que vão deixar ter baixas em níveis de contratações para os próximos anos.

Foto: Julita/Pixabay

Garçom

Os cardápios digitais têm sido uma realidade num cenário de tantos avançados tecnológicos. Com ele, os clientes, com um clique simples, enviam informações à cozinha, que produz o alimento e o próprio cliente pega no balcão. Prático, não?

No período de 3 a 4 anos, estima-se que 45% dos restaurantes de todo o mundo já tenham os cardápios digitais. Isso projeta uma significativa queda de ofertas de vagas de garçons, o que abre o espaço para a migração para outras áreas, como o de desenvolvimento dessas inovações ou outras iniciativas que as cercam.

Por mais que seja difícil entender essa realidade, precisamos começar a agir desde já para que, dentro de um período de médio prazo, não fiquemos de fora de tudo.

Entregadores

Mesmo com o crescimento gigantesco desse segmento devido a pandemia do Covid-19, há projeção de queda para os próximos anos. A tecnologia também entra como fator motivante desse contexto, considerando que algumas empresas começaram a estudar a viabilidade de entregas de produtos com o uso de drones. Com isso, os custos operacionais e trabalhistas diminuem. Entretanto, alguns produtos de grande porte ainda não entrarão nessa nova tendência de mercado.

A transformação que esse nicho terá é de profissionais que hoje atuam com entregas, passarem a atuar na área administrativa. Ao invés de fazerem as entregas braçais, vão começar a controlar informações, contatos com clientes, rotas e soluções de problemas.

Financeiro e contábil

Duas áreas importantes que também estão migrando seus processos para a área tecnológica. Muitas empresas estão começando a aderir softwares que programam pagamentos e recebimentos de boletos de clientes. Apesar de sua complexidade, esse tipo de tecnologia tem sido desenvolvida para empresas de grande porte e multinacionais. Por ainda não ser um conceito popular, o preço de serviço ainda é alto.

Com o passar dos anos, a tendência é que essa tecnologia se espalhe em todos os segmentos de negócios. Isso vai baratear os valores, o que vai tornar acessível até mesmo para micro e pequenas empresas. Com isso, o fornecimento de serviços contábeis tende a ficar comprometido.

Com essa transformação, surgirão demandas contínuas para serviços de auditorias, com a conferência total do que as tecnologias estarão calculando, somando, subtraindo, multiplicando e projetando. É importante salientar que o intelecto humano dificilmente será substituído. Até então, a tecnologia não é pensante, apenas programada, o que pode gerar erros de cálculos e criar caos nas organizações.

Professores(as) universitários(as)

A expansão do EAD – Ensino a Distância vem criando uma projeção de cenário preocupante para a área de docência, o que já vem ocasionando demissões de milhares de professores(as), que antes iam para as salas de aulas cumprirem seus deveres. Com as plataformas digitais de ensino, o que antes demandava um(a) professor(a) para cada disciplina, agora se contrata apenas um(a) tutor(a) para uma turma inteira. Redução de custos, tantos operacionais quanto trabalhistas.

Com a comodidade gerada pelos novos conceitos de home office e home study, a tendência é que o grande público de estudantes não queiram mais sair de casa para fazerem os seus cursos. Além disso, há uma significativa redução de custos com locomoção, alimentação externa e outros gastos que podem surgir com o estudo presencial. 

Sobre o autor

Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Comentarista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista 


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