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Confira quais atividades fizeram parte do segundo dia da Glocal Amazônia em Manaus

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Foto: Clarissa Bacellar/Portal Amazônia

Além dos painéis principais, a Glocal Amazônia 2025 também conta com oficinas, workshops e outras atividades que reúnem centenas de pessoas no Centro de Manaus (AM) este ano. No segundo dia, nesta sexta-feira (29), dedicado ao tema Escolas e Universidades, estudantes participaram das diversas ações da terceira edição do evento.

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Como o objetivo de “pensar global, agir local”, o recebeu o público para muito além dos desbates, mas para colocar a mão na massa. Confira alguns momentos:

glocal 2025
O ator Adanilo fez uma leitura dramatizada de seu livro. Foto: Clarissa Bacellar/Portal Amazônia
Oficina de Artivismo foi realizada fora do Palácio da Justiça, local em que o evento se concentrou este ano. Foto: Thay Araújo
Jogos sustentáveis foram apresentados ao público que passou pelo Largo de São Sebastião. Foto: Thay Araújo
Foto: Thay Araújo
Grafismo indígena também foi uma das atrações que engajaram o público. Foto: Thay Araújo
O Slam de Poesia foi realizado na frente do Teatro Amazonas. Foto: Thay Araújo
Além de um workshop sobre economia circular… Foto: Thay Araújo
… também foi realizada uma oficina sobre planejamento de eventos culturais. Foto: Thay Araújo
Público presente no evento pôde conferir ainda uma oficina de rimas improviso. Foto: Thay Araújo
E para estimular o bem-estar, sessões de yoga concluíram a programação paralela. Foto: Thay Araújo

Glocal Experience Amazônia 2025

A Glocal Experience Amazônia 2025 é idealizada e operada por DreamFactory, com realização da Fundação Rede Amazônica e tem o apoio de Bono Conta, Clube POP, Amazônica Net, Águas de Manaus, Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e Governo do Amazonas.

Segundo dia da Glocal Amazônia foca no tema escolas e universidades; veja como foi

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Foto: Thay Araújo

Cada dia da Glocal Amazônia 2025, realizada em Manaus (AM) entre 28 e 30 de agosto, tem um tema. E o segundo dia foi dedicado a discussões, no Palco Glocal, a plenária principal, às escolas e universidades. O objetivo foi reunir pensadores e realizadores de diversos setores para mostrar como a educação ambiental pode ajudar a construir um futuro mais sustentável para a Amazônia.

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Personalidades como a influenciadora Isabelle Nogueira e o ator Adanilo participaram da iniciativa. Confira alguns momentos:

Foto: Rebeca Almeida/Portal Amazônia
Foto: Thay Araújo
Foto: Thay Araújo
Foto: Thay Araújo
Foto: Thay Araújo
Foto: Thay Araújo
Foto: Thay Araújo
Foto: Thay Araújo
Foto: Thay Araújo
Foto: Thay Araújo
Foto: Thay Araújo

Glocal Experience Amazônia 2025

A Glocal Experience Amazônia 2025 é idealizada e operada por DreamFactory, com realização da Fundação Rede Amazônica e tem o apoio de Bono Conta, Clube POP, Amazônica Net, Águas de Manaus, Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e Governo do Amazonas.

Boa Vista é reconhecida como Capital Nacional da Paçoca de Carne com Farinha

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Lei que reconhece Boa Vista como capital do prato tradicional da Região Norte foi publicada nesta quinta-feira (28). Foto: Yara Ramalho/Acervo Rede Amazônica RR

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a lei que reconhece oficialmente Boa Vista como a Capital Nacional da Paçoca de Carne com Farinha. A sanção da Lei 15.195, de 2025, foi publicada no Diário Oficial da União no dia 28 de agosto.

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A lei provém do Projeto de Lei (PL) 5.121/2023, do deputado Defensor Stélio Dener (Republicanos -RR), que foi relatado favoravelmente pelo senador Chico Rodrigues (PSB-RR) e aprovado no Senado em 16 de julho. O senador explica no relatório que o prato é tradicional para os roraimenses.

“A paçoca de carne com farinha é um prato tradicional da culinária brasileira, especialmente comum na Região Norte, que consiste basicamente em carne seca desfiada e socada no pilão com farinha de mandioca torrada. É um prato nutritivo e de fácil conservação, características importantes em áreas onde a disponibilidade de alimentos frescos historicamente era limitada”, explicou.

boa vista é capital nacional da paçoca
Foto: Diane Sampaio/Prefeitura de Boa Vista

Leia também: Paçoca de Roraima entra para o Livro dos Recordes como a maior do mundo

Paçoca é símbolo da história de Roraima

Para Chico Rodrigues, a paçoca de carne com farinha boa-vistense “transcende a mera culinária”, enraizando-se profundamente na história e no cotidiano de Roraima, onde se estabeleceu como alimento fundamental para viajantes, trabalhadores rurais e famílias.

A transmissão da receita entre as gerações não apenas a perpetuou, mas a elevou à condição de símbolo da identidade gastronômica local.

*Com informações da Agência Senado

Arte, cultura e educação se unem na Glocal Amazônia 2025 pensando nos amazônidas

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Foto: Rebeca Almeida/Portal Amazônia

O primeiro painel do Palco Glocal no segundo dia da Glocal Amazônia 2025, nesta sexta-feira (29) em Manaus (AM), contou com a participação de artistas amazônidas que ressaltaram a importância de reafirmar a identidade e reverberar a voz da Amazônia para o mundo. 

O painel contou com a presença de Isabelle Nogueira, cunhã-poranga do Boi Garantido e influenciadora; Adanilo, ator e escritor amazonense; Robério Braga, ex-secretário de Cultura; e Jandr Reis, artista plástico. O grupo escolhido para o painel ‘Da Amazônia para o mundo: arte e cultura e potência global’ ressaltou a importância da valorização, do pertencimento e do protagonismo da Amazônia. 

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Isabelle Nogueira ressaltou como a Amazônia é “extremamente cultural” e como o Festival da Cunhã, criado por ela, por exemplo, resgata a cultura amazonense e ajuda comunidades ribeirinhas que enfrentam dificuldades com as mudanças climáticas.

“Então eu pensei, nesse momento, como a gente vive de fato aqui as mudanças climáticas. Eu pego os alimentos que são doados [durante o Festival da Cunhã] e com uma parceira encontramos uma logística de distribuir os alimentos para várias comunidades. Além disso, só o fato de trazer as pessoas pelo tráfego aéreo gera muito carbono, então, como eu quero zerar o carbono, plantamos aqui na Amazônia 758 árvores, impactando de forma positiva, pensando na sustentabilidade”, contou.

De acordo com Isabelle, é “muito importante que a ancestralidade amazônica seja fortalecida desde a infância para que as crianças tenham orgulho da raiz amazônica e se sintam pertencentes”.

Foto: Rebeca Almeida/Portal Amazônia

O ator Adanilo ressaltou o pertencimento da Amazônia em grandes produções, reforçando que quem deve estar na linha de frente são os próprios amazônidas.

“Quando comecei a falar de Amazônia ganhei grande destaque, pois nunca se teve um indígena amazônida ocupando um lugar de maior prestígio. O que fez grande diferença para mim foi esse pertencimento, me afirmar assim como pessoa indígena, de Manaus, já que parece que a gente tem que estar sempre se reafirmando muito fortemente para as pessoas entenderem que a gente é isso e que a gente representa isso”, declarou.

O artista Jandr Reis destacou como colocar a Amazônia, os talentos de seus pais (um pescador e uma artesã) e os acessórios ribeirinhos em suas artes fez toda a diferença na carreira. Além de ressaltar a importância das suas obras como ferramenta de preservação da Amazônia. 

“Eu sempre estou na luta, eu sempre estou em busca de algo, em mostrar a Amazônia, mostrar o belo para que a gente tenha muita representatividade. Como eu digo sempre, a Amazônia é meu quintal”, afirmou.

Durante todo o painel, a reafirmação da identidade e a preservação da Amazônia foram os destaques. Robério Braga destacou que a união de todos que trabalham com a arte deve ser pensada em benefício de levar a Amazônia para o mundo.

“A arte fica. O artista é transitório, mas a arte fica, o produto da inteligência dele, o trabalho dele é permanente”, assegurou.  

Educação Ambiental na Amazônia também é estimulada pela Glocal

O segundo painel do dia, ‘Educação Ambiental: A Base para as Escolas’, reuniu especialistas para ressaltar a importância de integrar os desafios ambientais globais com as soluções e saberes das comunidades locais.

A mesa de discussões contou com Évila Mayra, da Fundação Malaquias; Vanessa Apurinã, da COIAB; Mailson Rafael dos Santos Ferreira, da Secretaria de Estado de Educação (SEDUC); e a professora doutora Rosiane Ferreira Gonçalves, da Universidade Federal do Pará (UFPA).

O consenso entre os participantes foi a necessidade urgente de uma educação que não apenas informe, mas engaje e capacite a população para ser protagonista na preservação da floresta.

A representante da COIAB, Vanessa Apurinã, trouxe uma perspectiva fundamental para o debate, sublinhando que a educação ambiental não é uma novidade para os povos originários:

“Nossas comunidades já aplicam a sustentabilidade como um modo de vida. A escola, ao integrar os saberes tradicionais, tem a chance de se reconectar com a floresta e com a sua própria história. O conhecimento indígena, que valoriza a conexão com a natureza, é a base para um novo modelo de ensino na Amazônia”.

Mailson Rafael dos Santos Ferreira, da SEDUC, abordou os desafios práticos da educação na região. A infraestrutura escolar, que muitas vezes depende da dinâmica dos rios, foi um dos pontos cruciais que ele destacou.

glocal educação ambiental
Foto: Hector Muniz/Portal Amazônia

“Em um ambiente como o nosso, onde a logística é totalmente influenciada pelos ciclos de cheia e seca dos rios, é fundamental pensar em soluções adaptadas. É um desafio diário garantir que a sala de aula chegue até o aluno e que a merenda escolar seja transportada de maneira segura, especialmente durante a seca, quando o acesso é limitado e a navegabilidade é comprometida”.

A professora Rosiane Ferreira Gonçalves, da UFPA, complementou o debate ao destacar o papel da academia. Segundo ela, a universidade deve ser uma parceira ativa na capacitação de professores e no desenvolvimento de pesquisas que ofereçam soluções práticas para as escolas e comunidades. Por sua vez, Évila Mayra, da Fundação Malaquias, reforçou o papel da sociedade civil e das parcerias no processo de levar a educação ambiental para áreas mais vulneráveis.

O painel concluiu que a educação ambiental é a chave para uma transformação duradoura na Amazônia. Ela não se limita a aulas de biologia, mas se torna um motor para o desenvolvimento de uma cultura de respeito à floresta e de valorização das comunidades que a habitam.

Glocal Experience Amazônia 2025

A Glocal Experience Amazônia 2025 é idealizada e operada por DreamFactory, com realização da Fundação Rede Amazônica e tem o apoio de Bono Conta, Clube POP, Amazônica Net, Águas de Manaus, Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e Governo do Amazonas.

Expofeira 2025: veja como fica o trânsito durante os nove dias de evento no Amapá

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O Detran reforçou sinalização na Rodovia Josmar Chaves Pinto para melhorar segurança e fluxo de veículos. Foto: Fabiano Menezes/Detran-AP

O governo do Amapá definiu o esquema de trânsito para a 54ª Expofeira Agropecuária do Amapá, que será realizada a partir de sábado (30), no Parque de Exposições da Fazendinha, em Macapá. O plano inclui câmeras de monitoramento, reforço na sinalização e áreas específicas para transporte alternativo, com foco na segurança e mobilidade dos visitantes.

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Durante toda a Expofeira, uma Central de Monitoramento de Tráfego vai acompanhar o trânsito em tempo real e responder rapidamente a incidentes. Câmeras foram instaladas ao longo da Rodovia Josmar Chaves Pinto, que ajudam a controlar o fluxo e organizar a operação.

Faixa de contrafluxo

Uma faixa de 4 km será liberada durante toda a feira, a partir das 17h, para facilitar o acesso dos visitantes e melhorar o tráfego na rodovia. Ela será fechada uma hora após o início do show nacional do dia, para normalizar o trânsito na saída do evento.

Logo após o portão principal da Expofeira, haverá uma área exclusiva para embarque e desembarque de veículos por aplicativo, táxis e mototáxis. Também serão disponibilizados dois pontos de táxi: um perto da entrada principal e outro próximo ao Ramal do Mini Polo da Fazendinha.

Leia também: Fundação Rede Amazônica lança projeto ‘ExpoFeira na Rede’ e amplia visibilidade do maior evento cultural e econômico do Amapá

Terminal de ônibus

O terminal rotativo no bairro Alphaville vai receber ônibus intermunicipais, táxis e mototáxis vindos de Santana. A saída será pelas avenidas Eurípedes Afonso Rodrigues e Rio Pedreira, que levam à Rodovia Salvador Diniz. A operação será coordenada pela Superintendência de Transporte e Trânsito de Santana (STTrans).

Expofeira
Terminal de Macapá. Foto: Maksuel Martins / Secom Amapá

O terminal de ônibus vindo de Macapá continuará no mesmo local dos anos anteriores, no estacionamento atrás do Parque de Diversões.

A organização do trânsito terá apoio da Secretaria de Estado de Transportes (Setrap), da Polícia Militar do Amapá, incluindo os Batalhões de Policiamento Rodoviário Estadual (BPRE) e de Trânsito (BPTran), da Superintendência de Transportes e Trânsito de Santana (STTrans) e da Companhia de Trânsito e Transporte de Macapá (CTMac).

Estacionamento

Durante a feira não será permitido estacionar em frente ao Parque de Exposições da Fazendinha. Veículos parados de forma irregular poderão ser removidos com guincho.

Dentro da Expofeira, haverá mais de 3 mil vagas administradas pela iniciativa privada. Na área externa, o entorno do parque deve oferecer cerca de 6 mil vagas em estacionamentos particulares.

Nova sinalização

O Departamento Estadual de Trânsito do Amapá (Detran) está reforçando a sinalização na Rodovia Josmar Chaves Pinto. O serviço cobre o trecho entre o Monumento Marco Zero e a rotatória da Fazendinha, com placas de trânsito, marcações na pista e indicadores de quilometragem. O objetivo é garantir mais segurança e fluidez para motoristas e pedestres durante a Expofeira.

*Por Crystofher Andrade, da Rede Amazônica AP

Expofeira na Rede

A Expofeira na Rede tem o objetivo de valorizar e ampliar o impacto social, cultural, econômico e turístico da tradicional ExpoFeira do Amapá. É uma realização da Fundação Rede Amazônica (FRAM), com apoio do Grupo Equatorial, Tratalyx e Governo do Amapá.

Importância de manter direitos minerários no Morro dos Seis Lagos, no Amazonas, é reforçada pelo SGB

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Foto: Reprodução

O Serviço Geológico do Brasil (SGB) defende a manutenção dos direitos minerários sobre o Morro dos Seis Lagos, em São Gabriel da Cachoeira (AM), onde está uma das maiores reservas de nióbio do mundo. Desde a década de 1970, o SGB tem a titularidade da área e realiza pesquisas minerais, essenciais para ampliar o conhecimento geológico do território brasileiro e garantir a soberania nacional sobre os recursos. Atualmente, esse direito tem sido questionado judicialmente e administrativamente. 

Leia também: Etnoturismo em São Gabriel da Cachoeira: modalidade proporciona experiências com a cultura e história dos povos originários

Segundo o diretor-presidente do SGB, Inácio Melo, manter a titularidade representa a preservação, em nome da União, do conhecimento técnico, da guarda e da gestão estratégica desse patrimônio mineral brasileiro.

“Nosso papel é conduzir estudos que assegurem informações confiáveis ao Estado, sem risco de dano ambiental e respeitando integralmente a legislação”, reforça, esclarecendo os questionamentos feitos sobre a suspensão da titularidade.

O depósito do Morro dos Seis Lagos está dentro da Reserva Biológica Estadual do Morro dos Seis Lagos, criada em 1990, que faz parte da Terra Indígena Balaio. A área é rodeada pelo Parque Nacional do Pico da Neblina. Por esse motivo, a Constituição Federal de 1988 veda qualquer exploração mineral sem regulamentação específica aprovada pelo Congresso Nacional. Dessa forma, não pode haver atividades de lavra na área.

amazonas - são gabriel da cachoeira - sgb
Foto: Reprodução

Histórico

O direito minerário do SGB sobre Seis Lagos foi obtido em 1975. Na época, a então Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) iniciou trabalhos de pesquisa geológica autorizados pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DPNM) – órgão que foi substituído pela Agência Nacional de Mineração (ANM). Em 1986, foi aprovado o Relatório Final de Pesquisa e o depósito de nióbio foi oficialmente registrado, apontando reservas estimadas em mais de 240 milhões de toneladas de minérios com ocorrência de nióbio.

As pesquisas realizadas pelo SGB em Seis Lagos tiveram como objetivo confirmar a existência das jazidas e ampliar o conhecimento geológico da área. O direito de pesquisa, concedido pelo DNPM, não significa autorização para lavra, já que não envolve aproveitamento do minério. Em 1998, o próprio SGB revogou voluntariamente o processo licitatório do depósito.

O SGB esclarece que a atuação na área é exclusivamente científica e voltada ao interesse público, sem causar qualquer dano ao meio ambiente. “A manutenção dos direitos minerários pelo SGB garante que esse conhecimento continue sob a guarda da União, evitando a apropriação privada e assegurando que decisões sobre o uso do patrimônio mineral do país estejam sempre vinculadas ao interesse nacional”, explica o chefe da Divisão de Contencioso do SGB, Maurício Mattos dos Santos.

Além de ser um marco da geodiversidade amazônica, o Morro dos Seis Lagos abriga grande potencial para pesquisa científica e geoturismo, em função de suas formações rochosas, cavernas e lagos de diferentes colorações. Assegurar que o SGB mantenha a titularidade é fundamental para a preservação desse patrimônio.

Leia também: Brasil tem cerca de 23% das reservas mundiais de terras raras; veja onde estão na Amazônia

Decisão administrativa 

Em decisão proferida em agosto de 2025, a Agência Nacional de Mineração (ANM) reconheceu a legalidade da titularidade do SGB sobre a área e atendeu recurso do SGB. A ANM ressaltou que a outorga do título de pesquisa foi realizada em 1978, antes da criação do Parque Nacional Pico da Neblina (1979) e da instituição da Reserva Biológica Estadual do Morro dos Seis Lagos (1990). Nesse sentido, destacou que retirar os direitos minerários, regularmente concedidos antes da criação das unidades de conservação, viola os princípios da segurança jurídica e da proteção da confiança legítima.

A Diretoria Colegiada da ANM também anulou o processo que buscava arquivar o Relatório Final de Pesquisa do SGB e garantiu a continuidade da titularidade. Na decisão, reforçou que o título minerário é um ato administrativo vinculado e gera direito subjetivo ao titular, devendo eventual extinção ocorrer apenas em hipóteses legalmente previstas e após processo administrativo com contraditório e ampla defesa. 

Para a ANM, ainda que a legislação ambiental posterior imponha restrições à exploração mineral em unidades de conservação de proteção integral, isso não invalida direitos minerários já outorgados, cabendo ao Estado conciliar a preservação ambiental com a guarda dos ativos minerais estratégicos da União.

*Com informações do SGB

TCU mantém licença para asfaltar ‘trecho do meio’ da BR-319 e pede mais rigor ambiental

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Foto: Reprodução/Rede Amazônica AM

O Tribunal de Contas da União (TCU) rejeitou, na quarta-feira (27), o pedido de anulação da licença prévia concedida pelo Ibama para a repavimentação do “trecho do meio” da BR-319, rodovia que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO).

Leia também: Portal Amazônia responde: o que é o ‘trecho do meio’ da BR-319?

A BR-319 é a única rodovia que conecta o Amazonas ao restante do país por via terrestre, ligando Manaus a capital rondoniense. Popularmente chamada de “Rodovia Fantasma”, ficou marcada pelas más condições de tráfego, com partes sem pavimentação e bastante deterioradas — especialmente no chamado “trecho do meio”, que durante o período de chuvas se transforma em um grande atoleiro.

Os ministros reconheceram a importância estratégica da estrada para a região, mas recomendaram que, em futuros processos de licenciamento, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ibama reforcem medidas de governança ambiental.

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O objetivo é garantir maior presença do Estado e respeitar os princípios da precaução e do desenvolvimento sustentável.

A licença em questão foi concedida em 2022, no governo Bolsonaro, e havia sido contestada pela área técnica do próprio TCU, que apontou possíveis irregularidades no processo.

No voto, o relator, o ministro Walton Alencar Rodrigues, ressaltou que a rodovia é essencial para a população local e que suspender a licença poderia gerar “caos e dano para as populações” que dependem da estrada.

“A pavimentação do trecho do meio, objeto da licença em questão, é essencial para a melhoria das condições de trafegabilidade e para a promoção de benefícios socioeconômicos à população da região. A interrupção do processo de licenciamento, por meio do cancelamento da licença prévia, poderia comprometer os esforços em andamento para a construção de uma governança ambiental robusta e integrada”, disse o ministro, que concluiu:

“A manutenção da licença prévia é compatível com os princípios da precaução e da prevenção, uma vez que permite a continuidade do processo de licenciamento, com a exigência de cumprimento das condicionantes estabelecidas, antes da emissão da Licença de Instalação. Esse enfoque assegura que as questões relacionadas à governança ambiental sejam tratadas de forma progressiva e coordenada, sem inviabilizar o empreendimento”.

O ministro concluiu pedindo que Ibama e Dnit adotem, em futuras licenças, medidas mais firmes de governança ambiental.

Leia também: BR-319: Conheça 5 curiosidades sobre a rodovia que divide opiniões

BR-319: Justiça suspende licença prévia

Em julho deste ano, a 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) decidiu, por dois votos a um, suspender novamente a licença prévia concedida para a repavimentação do trecho central da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho. A decisão atendeu a um recurso do Observatório do Clima, que pede a anulação da licença emitida em 2022.

Durante o julgamento, a Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu a manutenção da licença, destacando que foram criadas 29 unidades de conservação no entorno da rodovia para compatibilizar a proteção da floresta com a reconstrução da estrada.

br-319
Foto-: Reprodução/Observatório BR-319

“Hoje, 55% da área ao redor da BR-319 já possui unidades de conservação reconhecidas. A argumentação de que a expectativa de retomada da repavimentação geraria aumento do desmatamento não é suficiente, pois documento de 2007 do Ibama já indicava que o aumento das unidades de conservação seria uma barreira eficaz contra o desmatamento”, afirmou Lara Martins Ferreira, advogada da União.

O advogado do Observatório do Clima, Paulo Busse, afirmou que a simples expectativa do asfaltamento gerada pela licença prévia já tem provocado impactos ambientais.

“O Dnit apresentou documento que atesta o surgimento de vários ramais de estradas não autorizadas, que devem se ligar ao trecho principal da BR-319 quando estiver pronta. Isso demonstra a antecipação de atores interessados na especulação imobiliária da região, como grileiros e criminosos ambientais, que já começaram a abrir essas estradas”, explicou.

A decisão do TRF1 restabelece a liminar concedida em julho do ano passado por uma juíza da 7ª Vara Federal Ambiental e Agrária do Amazonas, que havia suspendido a licença. Essa liminar chegou a ser revogada em outubro de 2023.

Veja a programação completa do terceiro dia da Glocal Amazônia 2025 em Manaus

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A Glocal Amazônia 2025 encerra neste sábado (30) sua ampla programação de oficinas e debates em Manaus (AM). Além disso, o terceiro dia do evento conta com yoga, oficinas e também a feira, no Largo de São Sebastião, no Centro, e shows musicais com a presença do campeão de 2025 do Festival Folclórico de Parintins, o boi-bumbá Garantido.

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Veja a programação completa do terceiro dia:

Leia também: Glocal Amazônia 2025: especialistas convidam público em Manaus para debates sobre sustentabilidade e uma prévia da COP 30

Glocal Experience Amazônia 2025

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Rio Branco é o último município acreano a ter emergência reconhecida por conta da seca

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Nível do Rio Acre segue próximo à cota histórica na capital. Foto: Júnior Andrade/Rede Amazônica AC

O governo federal reconheceu situação de emergência decretada por Rio Branco por conta da seca. A publicação foi feita no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (28).

A capital acreana havia decretado emergência no último dia 6. O nível do Rio Acre na cidade está cada vez mais próximo da cota histórica registrada em setembro de 2024 e marcou 1,50 metro nesta quinta.

Com o reconhecimento, os municípios podem solicitar recursos do governo federal para ações de defesa civil, além de facilitar outras possíveis medidas.

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Resolução da ANA

O reconhecimento é mais um capítulo da crise ambiental enfrentada pelas cidades do Acre durante o verão amazônico deste ano.

Na segunda-feira (25), uma resolução da Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA) decretou situação crítica de escassez hídrica nos Rios Juruá, Purus e seus afluentes, além do Rio Iaco e Rio Acre.

Leia também: Acre tem crise de escassez hídrica decretada pela Agência Nacional de Águas

Um dos principais objetivos da resolução é assegurar os processos de monitoramento hidrológico dos rios monitorar impactos sobre usos da água.

Emergência reconhecida em Rio Branco

Ainda no início de agosto, o governo do estado também havia decretado a emergência nas demais cidades. O documento, válido por 180 dias, destaca que o regime de chuvas no estado no 1º semestre de 2025 foi inferior ao esperado, o que contribuiu para o cenário de seca dos mananciais. Em julho, por exemplo, choveu somente 8 milímetros.

Por conta desse cenário, é justificado no decreto estadual que o baixo nível de chuvas influencia na navegação de embarcações nos cursos d’água, comprometendo ‘a logística de transporte, isolando comunidades e dificultando o abastecimento de bens essenciais, como alimentos e combustíveis, para os municípios e aldeias indígenas de mais difícil acesso’.

Além disto, o governo apontou também, como consequências da estiagem:

  • as altas temperaturas e baixo percentual de umidade relativa do ar
  • a captação e abastecimento de água que tende a ficar comprometido
  • os prejuízos em plantações e lavouras
  • o consequente aumento de queimadas e incêndios florestais
  • os riscos de prejuízo na alimentação de estudantes de zona rural, já que os insumos para refeições vêm por via fluvial

“Fica a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil [CEPDC] designada como unidade gestora orçamentária, podendo ordenar despesas atinentes a créditos abertos para atender atividades de apoio aos Municípios afetados pela emergência de que trata este Decreto”, ordena.

*Por Walace Gomes, da Rede Amazônica AC

Petrobras conclui simulação de emergência obrigatória na Bacia da Foz do Amazonas, no Amapá

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Foto: Cezar Fernandes/Petrobras

A Petrobras concluiu na quarta-feira (27) uma simulação de emergência na costa do Amapá. O exercício, chamado de Avaliação Pré-Operacional (APO), foi realizado na Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial.

Leia também: Saiba o que será avaliado em simulação de vazamento de óleo no Amapá

A ação, que começou às 18h10 de domingo (24), testou a capacidade da empresa de conter vazamentos de óleo — etapa obrigatória para obter licença ambiental e iniciar a pesquisa de petróleo na região.

A operação aconteceu no bloco FZA-M-59, onde está o navio-sonda NS-42. Mais de 400 profissionais participaram da simulação, que contou com embarcações de apoio, helicópteros e um hospital de fauna montado em Oiapoque.

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Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), as equipes que acompanharam o exercício estão sendo desmobilizadas. Nos próximos dias, será iniciada a análise dos dados coletados nos postos de observação.

“Somente após a conclusão dessa análise, será elaborado um relatório técnico sobre a exequibilidade (ou não) do Plano de Emergência Individual (PEI) proposto pela empresa empreendedora. Não há prazo previsto para a conclusão dessa etapa”, informou o Ibama

Leia também: A dualidade da exploração de petróleo na Margem Equatorial: o que é e como afeta a Amazônia?

*Por Rafael Aleixo, da Rede Amazônica AP