Home Blog Page 141

Paiter Suruí, “o povo de verdade”: conheça os fundadores da primeira agência de turismo indígena do Brasil

0

História dos povos originários é marcada por luta e resistência. Cerca de 1.900 pessoas vivem em 24 aldeias dentro da Terra Indígena (TI) Sete de Setembro.

Foto: Emily Costa/g1 Rondônia

A primeira agência de etnoturismo indígena do Brasil foi criada e coordenada por povos que vivem em Rondônia: os Paiter Suruí. Dentro da aldeia Lapetanha, na Terra Indígena (TI) Sete de Setembro, eles criaram um espaço que exalta beleza e cultura. Mas afinal, quem são eles?

Os Suruí de Rondônia se autodenominam Paiter, que significa “gente de verdade, nós mesmos”. Eles falam uma língua que pertence ao grupo Tupi da família Mondé.

De acordo com o plano de gestão de 50 anos dos Suruí, cerca de 1.900 pessoas vivem em 24 aldeias dentro da Terra Indígena (TI) Sete de Setembro, em um território de aproximadamente 250 mil hectares, que fica localizada no sudeste de Rondônia e noroeste do Mato Grosso.

Contato com não indígenas

Primeiro contato. Foto: Jesco von Puttkamer/acervo IGPHA-UCG, 1969.

Os Paiter Suruí relatam que seus antepassados migraram das proximidades de Cuiabá para Rondônia durante o século XIX, fugindo da perseguição de ‘brancos’. Eles relatam que viveram em paz até a década de 60, quando os conflitos com os não indígenas retornaram. 

No dia 7 de setembro de 1969, funcionários da Funai, incluindo o sertanista Francisco Meirelles, penduraram objetos em uma das aldeias para atrair pacificamente os Paiter Suruí, o que marcou o primeiro contato oficial do povo com os não indígenas.

Entre 1970 e 1974, os indígenas enfrentaram surtos de sarampo, gripe e tuberculose, que reduziu pela metade a população dos Suruí. Além disso, na mesma época, uma grande parte de seu território foi invadida por colonos que exploraram recursos naturais, como extração ilegal de madeira

Dessa época, os Suruí mais velhos guardam lembranças amargas e dizem que, apesar das coisas boas, “na ponta dos facões e das facas, os brancos trouxeram a desgraça e a morte” – citação do plano de gestão de 50 anos do povo Paiter Suruí.

A demarcação da Terra Indígena (TI) Sete de Setembro ocorreu em 1976, e a posse permanente foi declarada em 1983, quando os Paiter Suruí puderam voltar a viver em seu território.

Foto: Emily Costa/g1 Rondônia

Modo de vida tradicional

O modo de vida tradicional do povo Suruí está ligado ao uso da floresta e às atividades extrativistas. Atualmente, parte deles trabalham com agricultura familiar e agroflorestal, sempre aliados à sustentabilidade.

Os frutos produzidos dentro da TI, além de gerarem renda, também contribuem para alimentação e manutenção da forma de vida desses povos. Além disso, cascos e partes de árvores se tornam matérias primas para a confecção de artesanatos, feito pelas mulheres das aldeias.

A agrofloresta se manteve em pé por meio do projeto de reflorestamento desenvolvido pelos próprios indígenas: o “Pamine”, que na língua Tupi-Mondé dos Suruí significa “o renascer da floresta”. O objetivo era devolver à floresta tudo aquilo que foi retirado por invasores.

Foto: Emily Costa/g1 Rondônia

No projeto, foram selecionadas árvores que fazem parte do modo de vida tradicional deles, ou seja, para alimentação, artesanato e também para a geração de renda das comunidades. Mais de 1 milhão de mudas já foram plantadas pelos Surui dentro da Terra Indígena Sete de Setembro. 

]Além disso, invasores que entraram na TI Sete de Setembro fizeram plantações de café e as abandonaram quando foram retirados. Após o contato com a sociedade não indígena, os Paiter perceberam que esse café era uma cultura lucrativa, que poderia contribuir para o desenvolvimento de sua comunidade.

Os Surui já foram reconhecidos pela qualidade do café que é cultivado sem irrigação e nenhum tipo de agrotóxicos dentro das aldeias. Atualmente, eles possuem uma parceria com uma marca nacional de café: 90% dos grãos colhidos na TI são vendidos para a empresa.

Foto: Emily Costa/g1 Rondônia

*Por Emily Costa, do g1 Rondônia


Projeto impulsiona monitoramento ambiental na estação ecológica Maracá-Jipioca no Amapá

0

Técnicos do ICMBio receberam informações sobre temas como erosão, intrusão salina (salinização da água), inundação e manguezais na ilha de Maracá, litoral amazônico.

Foto: Mickael Marques

A capacitação ambiental foi direcionada aos técnicos e analistas ambientais do instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que atuam na fiscalização da unidade proteção Estação Ecológica Maracá-Jipioca (Esec), localizada na Ilha de Maracá, na costa do Amapá.

Oficinas de capacitação e seminários gratuitos foram ministrados por pesquisadores do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), para que o monitoramento climático dos fenômenos na região seja aprimorado.

A capacitação é realizada pelo Observatório Popular do Mar (Omara) e financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com a contribuição de mais 13 instituições, sendo uma delas nacional.

Mickael Marques

Fenômenos monitorados:


  • Erosão e acreção, que é monitorada através de uma adaptação do “CoastSnap” um sistema australiano que faz o monitoramento costeiro baseado na coleta de uma variedade de dados no ambiente;
  • Salinização da água ou intrusão salina, com o monitoramento realizado por um refratômetro, que mede a refração de líquidos, um disco de Secchi que mede a transparência da água, e um cone de Imhoff, que mede o volume dos sólidos na água;
  • Inundação, com o monitoramento realizado por réguas linimétricas, que mostram a variação do volume da água;
  • Manguezais, que são monitorados através e fotografias e um aplicativo que identifica as espécies da formação vegetal.

A ação também monitora as mudanças climáticas no Arquipélago do Bailique, Chaves (PA) e Foz do Macacoari.

A coordenadora do Omara e pesquisadora do Iepa, Valdenira Santos, explicou a escolha da região para o monitoramento e contou sobre a próxima etapa do projeto.

“Aqui você tem uma influência mais de perto do oceano. Temos elementos de comparação dos processos que estamos monitorando no observatório. E para a próxima etapa estaremos colocando uma estação de observação de inundação em frente ao município do Amapá”, 

disse a pesquisadora.

O analista ambiental do ICMBio, Tiago Miranda Marques, disse que o projeto vai levantar questões para novas pesquisas.

“A gente viu a oportunidade de poder formular informações para uma região de informações que a gente ainda não possui, que são extremamente importantes para as nossas atividades. Que são esses dados sobre erosão, informações sobre inundação”, 

disse o analista

A ação busca monitorar a condição e mudança climática da foz do Rio Amazonas e litorais próximos, com o compartilhamento de informações técnicas e científicas sobre a vulnerabilidade que essas regiões enfrentam.

Estudo identifica contexto demográfico da população indígena do Pará

0

O estudo constatou crescimento de 58% da população indígena paraense e mudanças nos índices de idade, gênero e domicílio.

Foto: Maycon Nunes/Agência Pará

Dentre a rica diversidade étnica do Pará, estão as diversas comunidades indígenas. Povos originários que habitam a região há séculos, com características e diversidades culturais próprias. Paralelo a isso, os registros das especificidades demográficas desse grupo são essenciais para direcionar políticas públicas que abordem suas particularidades.

Na Semana dos Povos Originários, a Fundação de Amparo a Estudos e Pesquisas na Amazônia (Fapespa) lança a nota técnica ‘A conjuntura demográfica indígena paraense no censo 2022’, uma análise que demonstra que a população indígena no Pará apresenta uma distribuição heterogênea, com concentração em determinadas regiões, o que demanda estratégias específicas para cada comunidade.

Foto: Maycon Nunes/Agência Pará

A análise demográfica é um instrumento para identificar desafios socioeconômicos enfrentados pela população indígena e é, portanto, uma ferramenta crucial para compreender e atender às necessidades específicas desse grupo étnico, preservando sua cultura e promovendo políticas públicas inclusivas. 

Desse modo, o texto técnico destaca a relevância desse processo, fundamentando nos dados demográficos da população consignados nos Censos de 2010 e 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa ressalta ainda, as mudanças significativas ocorridas no processo de coleta dos dados, que passou a considerar também como pessoas indígenas, aquelas residentes fora de terras indígenas, por exemplo.

“A Nota Técnica chama a atenção para duas singularidades: a de que o IBGE mudou a metodologia, contando os indígenas presentes nas terras demarcadas oficialmente, e os presentes não oficiais também; por outro lado, aponta para a falta de informações, dados e análises referentes a esse segmento étnico-social. Não há dúvidas de que estudos e pesquisas podem melhor subsidiar a elaboração de planos, projetos e ações voltadas para as comunidades indígenas, e a recente criação da Secretaria de Povos Indígenas (Sepi) pelo Governador Helder Barbalho e dirigida pela titular Puyr Tembé, é a prova da importância dos povos indígenas paraenses para o governo e para políticas públicas de Estado”,

aponta Márcio Ponte, diretor de Estudos da Fapespa.

Foto: Maycon Nunes/Agência Pará

População indígena

Os dados censitários do IBGE apontam que, em 2022, a população indígena brasileira era de quase 1,7 milhão de pessoas. Tal demografia permite confirmar um aumento populacional da ordem de 89%, se comparado ao quantitativo registrado em 2010 que era de 896 mil pessoas. População indígena, de acordo com o Censo, se refere à pessoa residente em localidades indígenas que se declarou indígena pelo quesito de cor ou raça ou pelo quesito se considera indígena; ou a pessoa residente fora das localidades indígenas que se declarou indígena.

No âmbito da Amazônia Legal, essa população dobrou de tamanho, saindo de pouco mais de 432 mil em 2010 para quase 870 mil indígenas em 2022. No Pará, esta população também registrou forte expansão demográfica no período, contabilizando 51.217 pessoas em 2010 e 80.980 mil em 2022, um crescimento de 58,1%. Quando a proporção da população indígena brasileira em relação ao total da população do país à nível nacional, o percentual saiu de 0,5% par 0,8% no período que compreende os dois últimos censos.

Crescimento

No contexto do estado do Pará, esse grupo étnico saiu de 0,7% para 1% do total da população paraense. Na Amazônia Legal, em 2010, os indígenas eram cerca de 1,8% e em 2022 passou para 3,3% do total da população residente no bioma amazônico.

A distribuição da população indígena paraense por município também foi analisada. Considerando os últimos 13 anos, constata-se um alto crescimento demográfico em 2022 nos municípios de Santarém (16.955 mil pessoas e crescimento de 545,4%), Jacareacanga (14.216 mil pessoas e crescimento de 101,8%) e Itaituba (6.194 pessoas e crescimento de 33,3%).

Em relação à população indígena paraense por faixa etária, nota-se que 49,7% dessa população no Pará possui entre 15 e 49 anos. Outro aspecto digno de destaque foi o aumento de quase 118% do número de idosos indígenas no período. Modelando os padrões de envelhecimento dessa população a partir do índice de envelhecimento – que compara indígenas com 60 anos ou mais em relação aos com até 14 anos de idade – observou-se que em 2010 existiam no Pará cerca de 15 idosos indígenas para cada 100 crianças/adolescentes. Em 2022, essa proporção aumentou para 21 idosos a cada 100 crianças/adolescentes indígenas residentes.

Quanto ao gênero, em 2022, a população indígena paraense registrou 40.530 mil mulheres e 40.450 mil homens. O número representa um crescimento 66% de mulheres entre a população indígena. O fenômeno implicou em uma reversão nos padrões demográficos, uma vez que em 2010, os homens eram maioria, e agora se encontram levemente menor que o número de mulheres.

Terras Indígenas

Examinando a distribuição da população indígena paraense, por localização do domicílio, nesses últimos 13 anos, nota-se um aumento significativo de cerca de 154% no número de indígenas que residem fora de terras indígenas. Um quantitativo que está perto de se igualar ao dos que residem em territórios indígenas.

Quanto à distribuição, considerando aquelas residentes em terras indígenas oficialmente delimitadas, contata-se um aumento vertiginoso dos indígenas residentes na terra Munduruku, que cresceu cerca de 105,8% entre 2010-2022, e se consolida, desse modo, como a maior terra indígena do Pará. Outro aumento expressivo foi o dos residentes na terra Andirá-Marau, que cresceu 104,8% no mesmo período.

Saiba quais foram os sete clubes do Amazonas que já disputaram o Brasileirão Série B

0

Conheça o histórico de times amazonenses na competição, que volta a ter um representante depois de 18 anos.

Foto: Julcemar Alves/Sedel

Em 2024 o Amazonas voltará a ter um representante no Brasileirão Série B depois de 18 anos, o último clube amazonense na competição foi o São Raimundo em 2006. O Amazonas FC, que conta com o apoio com o Governo do Estado por meio de patrocínios desde 2021 e cessão de praças esportivas para treinos e jogos, iniciará sua campanha neste sábado (20), contra o Sport Recife, na Arena da Amazônia, às 16h.

“O Governo do Amazonas tem o compromisso de apoiar nossos clubes para alcançarem o patamar mais alto. Desde 2021, estamos oferecendo todo o suporte, seja com o patrocínio inédito e com a cessão de nossas praças esportivas”, disse o secretário de Estado do Desporto e Lazer (Sedel), Jorge Oliveira.

O primeiro clube amazonense na Série B foi a Associação Atlética Rodoviária do Amazonas, em 1971 a equipe enfrentou o Remo-PA duas vezes, na fase regional, perdendo ambos os jogos, disputados em Belém, no Pará. Em 1980, Rio Negro e Fast Clube disputaram a competição, ambos terminaram eliminados na fase de grupos.

Em 1983 o Nacional ficou muito próximo de alcançar a classificação, o clube ficou em quarto lugar no Grupo A. A equipe chegou a última rodada precisando de uma vitória simples para se classificar, mas acabou empatando com o River-PI por 2 a 2 e viu a vaga ficar com o Guarany de Sobral-CE

Divulgação/Julcemar Alves/Sedel

Rio Negro, Nacional e Princesa do Solimões foram os amazonenses na Série B de 1989, recorde de clubes do estado no campeonato. Os times dividiram o grupo com Rio Branco-AC, Dom Bosco-MT e Mixto-MT, com O Galo da Praça da Saudade se classificando em primeiro lugar. Na fase eliminatória o Rio Negro acabou caindo nos pênaltis para a Anapolina-GO.

De 2001 a 2006, o São Raimundo permaneceu disputando a segunda divisão nacional. A melhor campanha do São Raimundo foi em 2005, quando a equipe terminou na 15ª colocação, à frente de clubes campeões brasileiros como Sport Recife e Bahia. No ano seguinte a equipe amazonense acabou sendo rebaixada, na primeira vez em que a Série B foi disputada no sistema de pontos corridos.

Divulgação/Julcemar Alves/Sedel

O Amazonas FC, que conta com o apoio do Governo do Estado, será o sétimo clube amazonense a disputar a Série B. O clube chega com a credencial de conseguir o acesso sendo campeão da Série C. O adversário na estreia será o Sport Recife, atual campeão pernambucano e que na temporada passada ficou em sétimo lugar na competição. 

Água Azul do Norte

Foto: Wesley Costa

A cidade de Água Azul do Norte faz parte do estado do Pará, antes fazia parte do município de Marabá. A partir de 1978 foi ocupada pelo pioneiro Antônio Vicente, que se destacou na luta em que a área fosse loteada e cada família recebesse seu pedaço de terra para trabalhar e morar.

A cidade te uma área territorial de 7.113,955km² e uma população residente de 18.080 pessoas, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Água Azul do Norte tem como uma das suas principais atrações a natureza e está cercada por paisagens naturais como rios e trilhas.

Pratos típicos da região, como o tacacá e peixes frescos como o tucunaré e o pirarucu, são atrativos culinários da gastronomia amazônica servidos na região.

Afuá

Foto: Reprodução/Passeios.org

Município do estado do Pará, Afuá possui uma área de 8.410,3km², com uma quantidade de pouco mais de 37.765 pessoas residentes, segundo o último levantamento do Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística (IBGE). É conhecida como a “Veneza da Ilha de Marajó” por ser repleta de canais e palafitas.

A cidade é de vegetação costeira, típica da região do delta do rio Amazonas, com predominância de várzeas e igapós. Afuá, teve seu início por volta de 1845, quando Micaela Arcanja Ferreira ali estabeleceu-se, ocupando uma posse de terras, a que denominou Santo Antônio.

Em 1890, Afuá obteve categoria de vila e município, cuja instalação ocorreu no mesmo ano. A cidade completará 134 anos em 2 de agosto.

Durante o período de estiagem, a cidade fica mais atrativa aos visitantes, o clima é mais agradável, com temperaturas que variam entre 25 e 30 graus, possibilitando assim as pessoas a aproveitarem melhor as praias e as atrações naturais da cidade.

Quanto as festas típicas, o Festival do Camarão, é o mais esperado com muita música, dança e comidas típicas.

Na tentativa de minimizar impactos da estiagem na região amazônica, Governo Federal realiza estudos

Medidas visam garantir a continuidade do tráfego de embarcações no Amazonas.

Reprodução /Ministério de Portos e Aeroportos

Após uma inspeção realizada na semana passada nas regiões do Tabocal e da Enseada do Rio Madeira, no Amazonas, o diretor de Infraestrutura Aquaviária, Erick Moura, recebeu, na última terça-feira (16), os dados das sondagens batimétricas da região. Essas informações foram entregues pela equipe de levantamentos batimétricos da Proa – Praticagem dos Rios Ocidentais da Amazônia.

A batimetria é uma técnica utilizada para mapear as profundidades aquáticas em oceanos, mares, lagos e rios, sendo realizada por meio de equipamentos como sonares e ecossondas. Esse processo de medição registra o tempo de retorno das ondas sonoras após atingirem o fundo do corpo d’água, permitindo a elaboração de mapas e modelos tridimensionais do relevo submarino.

Os dados coletados serão fundamentais para a realização de estudos voltados para a identificação de ações preventivas e que minimizem os efeitos da seca na região amazônica em 2024. Esses estudos se concentrarão principalmente na implementação de medidas preventivas de dragagem na região.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), por meio de sua Diretoria de Infraestrutura Aquaviária (DAQ), já mapeou os principais pontos em seu planejamento de dragagens regulares. Esses pontos críticos incluem Codajás – Coari, Tabocal – Foz do Madeira e Tabatinga – Benjamin Constant (Alto Solimões), que foram afetados pela seca em 2023.

A equipe monitora constantemente esses locais e os inclui em campanhas conforme o planejamento estabelecido, que já está em curso no trecho próximo a Humaitá, no Rio Madeira.

Artistas Yanomami exibem obras no mais antigo evento de arte do mundo, na Itália

0

Evento de arte em Veneza conta com 13 desenhos de Joseca Yanomami e 18 obras de André Taniki.

Foto: Daniel Tancredi/Platô Filmes/ISA/Divulgação

Os artistas Joseca Yanomami e André Taniki, ambos do povo Yanomami, irão participar da 60ª Bienal de Arte de Veneza – o maior e mais antigo evento de arte do mundo – com a exibição de 31 obras. A bienal ocorre de 20 de abril a 24 de novembro de 2024, em Veneza, na Itália.

Intitulada ‘Foreigners everywhere’ (Estrangeiros em todos os lugares), a edição dará visibilidade a artistas de grupos marginalizados como indígenas, imigrantes e refugiados. Ao todo, são 13 desenhos de Joseca Yanomami e 18 obras de André Taniki.

Joseca participa da pré-abertura do evento – entre 16 a 19 de abril – a convite da própria Bienal de Veneza e com apoio da Hutukara Associação Yanomami (HAY) e da Galeria Millan.

“Estou muito feliz nesta viagem para participar [da Bienal de Veneza]. É uma felicidade muito grande”,

disse Joseca pouco antes de embarcar no aeroporto em São Paulo com destino a Veneza.

Taniki também foi convidado pela Bienal de Veneza, no entanto, tem mais de 80 anos e não pode viajar para conhecer a exposição.

Além de artista, Taniki também é um xamã que vive no Alto Rio Catrimani – região onde a arte dos desenhos foi apresentada pela fotógrafa Claudia Andujar – e que produziu a maior parte de suas obras nos anos 1980 e 1990.

Evento de arte na Itália conta com 13 desenhos de Joseca Yanomami e 18 obras de André Taniki. Foto: Daniel Jabra/Isa/Divulgação

A participação de Joseca na abertura do evento é considerada fundamental para reconhecimento da trajetória dele e para a divulgação da luta Yanomami no âmbito internacional. Os desenhos que farão parte da exposição foram cedidos pelo Museu de Arte de São Paulo (MASP), que há três anos adquiriu 92 obras de Joseca e em 2022 realizou a exposição “Joseca Yanomami: Nossa Terra-Floresta”.

O repertório do artista Yanomami é composto pelas inspirações da cosmologia de seu povo, fazendo referência aos cantos, mitos xamânicos, a floresta, a defesa do território e os sonhos. 

Sobre Joseca Yanomami

Daniel Tancredi/Platô Filmes/ISA/Divulgação

Joseca Yanomami ilustra cenas da vida cotidiana na floresta, lugares e eventos evocados pelos mitos e cantos xamânicos.

Nascido na década de 1970, na região do Demini, Terra Indígena Yanomami, e membro da comunidade Watorikɨ, Joseca é um notável artista de seu povo. Há mais de duas décadas, ele começou a desenhar e esculpir animais em madeira.

“Quando eu aprendi a desenhar, eu ouvia os pajés cantando e eu gravava na minha cabeça para desenhar depois, desenho os parentes, os animais, árvores, os passarinhos, araras, macacos, antas, peixes”, 

contou Joseca ao Instituto Socioambiental em 2021.

Joseca também é o primeiro estudioso de línguas de sua comunidade e foi professor em Watorikɨ no início dos anos 1990. Além disso, foi o primeiro Yanomami a trabalhar na área de saúde.

Amazonas FC X Flamengo: clubes se enfrentam na terceira fase da Copa do Brasil

0

Vaga nas oitavas de final do torneio será disputado em jogos de ida e volta. O primeiro jogo acontece no Rio de Janeiro.

Foto: Thais Magalhães/CBF

O adversário do Amazonas FC na terceira fase da Copa do Brasil será o Flamengo. O confronto foi definido nesta quarta-feira (17), em sorteio realizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro. 

O jogo de ida acontecerá no Maracanã e a volta em Manaus. A tabela básica indica que as partidas devem acontecem nos dias 1 e 22 de maio. Se o placar agregado ficar empatado, o classificado será definido na disputa por pênaltis.

Para chegar na terceira fase, o Amazonas eliminou o Independente-AP, na primeira fase, e o Maringá-PR, na segunda. O Flamengo vai estrear na Copa do Brasil. O clube, por estar na Conmebol Libertadores, entrou direto na terceira fase do torneio.

*Por Rômulo Almeida, do GE Amazonas

Plano de ação entre Brasil e Suíça para fortalecer cooperação científica vai priorizar projetos na região amazônica

Atividades previstas para o biênio 2024-2026 têm foco no desenvolvimento sustentável.

Foto: Rodrigo Cabral/ASCOM MCTI

Representantes do Brasil e da Suíça participaram, na segunda-feira (15), da 6ª reunião da Comissão Conjunta Suíça-Brasil sobre Ciência, Tecnologia e Inovação. O objetivo foi apresentar as parcerias já existentes e discutir o Plano de Ação para o biênio 2024-2026, dando prioridade a projetos ligados à região amazônica.

A delegação internacional, liderada pelo embaixador da Suíça no Brasil, Pietro Lazzeri, foi recebida por representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

“O Brasil é um parceiro estratégico e já temos uma sólida base para aprofundarmos as parcerias. Acreditamos na importância da pesquisa e inovação, pois a ciência está diretamente ligada à economia e à sustentabilidade”, 

afirmou o embaixador Pietro Lazzeri.

Segundo ele, a Suíça tem especial interesse em apoiar projetos na área de bioeconomia, descarbonização e combate ao desmatamento. “Apoiamos a liderança do Brasil na região amazônica. O Brasil é um gigante verde e os potenciais para cooperação são enormes”, declarou Lazzeri.

A reunião foi conduzida pelo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ricardo Galvão, e pela representante da Assessoria Internacional do MCTI, Vânia Gomes. Também estiveram presentes representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo a Pesquisas (CONFAP) e de outros órgãos de apoio à pesquisa.

Já a delegação suíça contou com a participação da Secretaria de Estado de Educação, Pesquisa e Inovação (SERI), da Fundação Nacional de Ciência (SNSF) e de órgãos de fomento. A próxima reunião da Comissão Conjunta Suíça-Brasil sobre Ciência, Tecnologia e Inovação deve acontecer na Suíça em 2026.