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Indígenas Macuxi compartilham receitas medicinais com migrantes venezuelanos em Roraima

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Folhas de arruda, algodão roxo, anador e até casca de caimbé, uma árvore nativa das áreas de lavrado de Roraima. São com essas plantas “sábias” que indígenas do povo Macuxi compartilham receitas naturais para cura e tratamento de doenças com migrantes Warao, que vieram da Venezuela para o Brasil fugindo da crise econômica no país.

Espécies que ocupam um tradicional e respeitado lugar na cultura dos indígenas roraimenses, as plantas carregam uma energia e poder que, agora, são transmitidos para indígenas migrantes da Venezuela que vivem no estado.

As receitas medicinais foram desenvolvidas ao longo de gerações da família da Pajé e parteira Iolanda Pereira, do povo Macuxi, em Roraima. Ela passou por um processo de formação para aprender os tratamentos, que iniciou quando ainda tinha 11 anos, e aprimorou as receitas tradicionais.

O conhecimento é tanto que rende até garrafadas que ajudam no controle da diabetes. Elas são feitas com folhas de insulina vegetal, anador ou chambá, uma planta que também pode ser usada contra dores de estômago, cólicas e vômitos, e casca de caimbé, árvore símbolo do lavrado roraimense e resistente ao clima.

Natural da comunidade Uiramutã, localizada no município de mesmo nome e o proporcionalmente mais indígena do Brasil, Iolanda não decidiu seguir a pajelança, mas foi escolhida pelo próprio pai, que também era pajé.

“Meu pai era um pajé muito forte. Ele tratava muita gente, nós não tínhamos médico, a gente não tinha posto de saúde, as internações eram realizadas na casa do meu pai. Nessa época eu ainda era uma criança, tinha 11 anos quando ele pediu para que eu o ajudasse a escrever as receitas e ajudasse a colher as plantas, o material que ele solicitava”, relembrou Iolanda.

Embora algumas receitas fossem registradas no papel, era mais comum que elas fossem repassadas de forma verbal. Com tanto conhecimento e devido à necessidade de indígenas venezuelanos que vivem no estado de aprenderem a usar as plantas nativas, Iolanda decidiu registrar e compartilha-las em um livro.

Intitulado de “La Cura Macuxi” ou “A Cura Macuxi” em português, o livro foi escrito pela pajé e organizado e traduzido para o espanhol pela Cáritas Brasileira. A primeira parte dele, que conta com 37 páginas e seis receitas, foi lançada nessa sexta-feira (26) em Boa Vista, durante o “Encontro de Saberes Tradicionais”, que reuniu funcionários e voluntários da instituição.

Iolanda explica que, inicialmente, o acesso ao conhecimento medicinal era restrito as pessoas do mesmo povo originário, devido ao medo de que algumas pessoas se aproveitassem da prática. No entanto, para que a cultura e a conexão com a espiritualidade não sejam perdidos, agora eles são repassados.

“É muito importante valorizar as ervas medicinais que nós temos. Nós temos um laboratório grande, aberto, que é a Amazônia brasileira. Nós temos muitos remédios [que vem] da natureza, que podem nos ajudar a tratar as doenças”.
Iolanda Pereira, pajé e autora do livro “La Cura Macuxi

“Para a gente [indígenas Macuxi] é muito simples fazer, mas para quem não conhece as plantas ainda é muito difícil. A gente está aqui para poder ajudar nesse meio de vida, com as medicinas naturais que nós temos, que vem desde os nossos pais, nossos ancestrais”, completou a pajé, que também integra a assessoria técnica do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Leste.

Encontro de saberes

Foi durante o encontro de saberes que ela repassou parte dessa sabedoria milenar. Para mais de 20 pessoas, entre brasileiros e venezuelanos, ela ensinou chás, garrafadas, “tintas” e até pomadas com capacidade anti-inflamatória, analgésica e antisséptica. Além de banhos contra mau olhado, com urucum.

A ajuda da pajé foi solicitada por jovens do povo indígena Warao, originário da Venezuela, que vivem em Roraima e desejavam ter acesso ao conhecimento ancestral de cura, segundo uma perspectiva indígena.

Folhas de insulina, anador e casca de caimbé são cozinhadas para garrafada que ajuda no controle da diabetes. Foto: Yara Ramalho/g1 Roraima

“Assim, o objetivo do livro e dos encontros é ajudar a repassar os saberes tradicionais, quebrando a barreira geracional e linguística”, explicou Well Leal, coordenador local do projeto Orinoco: Águas que Atravessam Fronteiras.

O livro completo deve ser lançado no segundo semestre deste ano, na Terra Indígena São Marcos, localizada no município de Pacaraima, na fronteira do Brasil com a Venezuela, ao Norte de Roraima. Ele deve ser lançado em três idiomas: português, espanhol e na língua indígena Warao.

Nele, as pessoas podem aprender por textos e ilustrações, feitas por um biólogo, o passo a passo de cada receita, como cada medicamento deve ser consumido e para que faixa etária cada um deles é recomendado. Ao todo, 40 receitas medicinais indígenas estarão disponíveis no material, que é gratuito.

A versão digital da primeira parte do livro também pode ser acessado de forma online, por meio do site da Cáritas, responsável pela publicação.

*Por Yara Ramalho, do g1 Roraima

Rio Acre atinge segundo menor nível para junho nos últimos 10 anos em Rio Branco

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O Rio Acre, em Rio Branco (AC), alcançou a marca de 1,98 metro neste sábado (15). É a segunda menor marca dos últimos 10 anos para o mês de junho na capital. Nesta semana, o governo do estado decretou emergência por conta da falta de chuvas e do baixo nível dos mananciais em toda a Bacia do Rio Acre, que se encontra em situação de alerta máximo.

Três meses após sofrer com enchentes históricas, o Acre agora está começando a sentir os efeitos de um novo evento climático extremo, a seca. Durante todo o mês de maio, o Rio Acre, principal afluente do estado, ficou abaixo de 4 metros. Agora em junho, o manancial tem atingido marcas ainda mais críticas.

Especialistas já apontavam para a possibilidade de seca antecipada antes da publicação do decreto de emergência, quando o Rio Acre marcou 2,52 metros no dia 30 de maio, a menor marca para o mês. Desde o início de junho até este sábado, o nível do rio baixou 61 centímetros.

Neste mês, o nível do Rio Acre subiu nível apenas no dia 2 de junho, quando saiu de 2,59 metros para 2,60 metros. Em todos os outros registros, divulgados pela Defesa Civil da capital de forma diária, o cenário é de queda.

O baixo índice pluviométrico na região contribui para o cenário de seca. O esperado para junho é de que chova 60 milímetros. No entanto, não chove desde o início do mês, o que pode afetar o abastecimento de água, segundo o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Carlos Batista.

“Nós temos redução dos mananciais e com essa redução, dificulta um pouco a captação de água. Então há todo esse problema na agricultura e na pesca”, disse.
A situação contrasta com a vivenciada no início do ano, quando o manancial transbordou, e o total de chuvas chegou a 438 milímetros.

De acordo com o Monitoramento Hidrometeorológico da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), emitido nesta sexta (14), apenas em Assis Brasil, no interior do estado, houve aumento de 12 centímetros nas últimas 24 horas, saindo de 2,90 metros para 3,02 metros, isto porque houve chuvas de 9,6 milímetros durante este período.

Brasiléia ficou 80% inundada durante enchente. Foto: Arquivo

Apesar da oscilação em Assis Brasil, toda a Bacia do Rio Acre está em situação de alerta máximo, com redução no nível. Segundo a Agência Nacional das Águas (ANA), não houve chuvas significativas na região.

Nível da Bacia do Rio Acre

Bacia do Rio AcreNível atual – 14/06Alerta máximo para seca
Assis Brasil3,02 metros 3,50 metros
Brasiléia1,13 metro 3,50 metros
Xapuri1,56 metro2 metros
Rio Branco1,99 metro 2,69 metros
Riozinho do Rôla1,53 metro 3 metros
Fonte: Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Acre

De cheia a seca extrema em poucos meses

Todos os locais por onde o rio ‘passa’ registraram enchentes entre fevereiro e março. Em Brasiléia, o município teve cerca de 80% da área inundada entre fevereiro e março e enfrentou a maior enchente de sua história, quando o manancial chegou a 15,58 metros na cidade.

Quase 4 mil pessoas ficaram desabrigadas ou desalojadas. Mais de três meses depois, o nível atual registrado é de 1,13 metro nesta sexta (14), com queda de 10 centímetros desde o início de junho.

Em Xapuri, onde o Rio Acre alcançou 17,07 metros, a última medição aponta para 1,56 metros. Em alguns pontos do manancial, é possível ver bancos de areia [veja abaixo]. A enchente deixou mais de 200 pessoas desabrigadas e outras 545 desalojadas na região. Neste mês, o nível iniciou em 1,71 metros. Ou seja, uma queda de 15 centímetros.

Governo decreta emergência por causa da estiagem e baixo índice de chuvas no Acre

Já em Assis Brasil, o manancial chegou a 13,36 metros com mais de 400 pessoas desabrigadas e quatro bairros atingidos. Já nesta sexta, o nível registrado é de 3,02 metros. A marcação do último dia 2 de junho era de 2,99 metros. A cidade foi a única da Bacia do Rio Acre a registrar índice significativo de chuvas: 31,2 milímetros.

Rio Branco, por fim, foi a cidade onde o Rio Acre apresentou a maior queda em junho [60 centímetros] e a única da Bacia que não registrou chuvas. No dia 6 de março deste ano, o manancial chegava a 17,89 metros, sendo a segunda maior enchente da capital desde 1971. O nível atual desta sexta (14) é de 1,99 metros. Ou seja, quase 16 metros a menos do que foi registrado há mais de três meses.

“Essa é a segunda menor cota para junho, em toda nossa série histórica que começou em 1971, e está a 5 cm da menor cota, que foi de 1,94m, que foi em junho de 2016. A gente vem percebendo que o comportamento do Rio Acre tá em tendência de vazante. Nas demais bacias, os níveis estão em tendência de vazante também”, complementou o coordenador da Defesa Civil estadual.
Mapa Seca Rio Acre 2024 — Foto: Arte g1

Rio Acre apresenta níveis muito abaixo do esperado para junho, diz Defesa Civil — Foto: Andryo Amaral/Rede Amazônica Acre

Falta de chuvas

É preciso entender ainda que as chuvas na região precisam estar dentro da normalidade para o rio poder correr normalmente, o que não acontece atualmente no Rio Acre. Em maio, choveu apenas 56,4 milímetros na capital, o que corresponde a 40% do que era esperado para todo o mês, que era de 108 milímetros.

Esta irregularidade na quantidade de chuvas faz com que aumente a frequência de secas e de cheias. Os sistemas de larga escala, como o El Niño, acabam servindo como ‘catalisadores’, acelerando estes fenômenos climáticos e influenciando nas mudanças do clima.

“Isso implica situações que, além da quantidade normal que temos de água, que irá diminuir, uma parte desta diminuição será decorrente dessas secas, que é quando tem situações de precipitações muito abaixo da média. E o que a gente estima é que isto vá ficar cada vez mais frequente”, disse ao g1 o pesquisador da Agência Nacional das Águas e especialista em regulação de recursos hídricos e saneamento básico, Saulo Aires de Souza.

Em setembro de 2023, foi decretada emergência em áreas que sofriam com a falta d’água, situação esta reconhecida pelo governo federal nos 22 municípios. Este ano, o decreto saiu três meses antes do previsto.

Decreto de emergência

A situação de seca antecipada na Bacia do Rio Acre é pontuada no decreto de emergência, que tem vigência até 31 de dezembro deste ano. O governador Gladson Cameli destaca ainda que:

“A continuidade prevista do baixo volume de precipitação, aliada ao aumento de temperaturas, provoca a redução do armazenamento de água no solo no Estado e potencializa a probabilidade de ocorrência de situações emergenciais e intensificação de secas na região para o período”.

Em Rio Branco, a Defesa Civil municipal confirmou que, por conta desta possibilidade de seca “antecipada”, um plano de contingência de escassez hídrica está pronto para ser colocado em prática. Contudo, detalhes sobre quais medidas fazem parte do plano ainda não foram divulgados.

Em nível estadual, um plano de contingenciamento foi elaborado para este período de seca. No entanto, não especificou o que está sendo planejado.

“Todas as defesas civis municipais também já enviaram pra gente o plano de contingência e a gente está nessa preocupação dessa força-tarefa bem articulada com comando unificado, envolvendo os três níveis de governo pra que a gente venha amenizar, reduzir os impactos do efeito de uma seca, de uma estiagem prolongada, mais para aquelas populações que são mais afetadas”, comentou o coronel Carlos Batista.

Histórico de secas

O ano em que o manancial apresentou a menor marca histórica foi em setembro de 2022, quando marcou 1,25 metro. Naquele ano, o rio já estava abaixo dos quatro metros no mês de maio.

O mesmo quadro foi observado em 2016, ano com a segunda pior seca. Em junho daquele ano, dado como a menor cota até então, o nível do rio estava em 1,94 metro e em 17 de setembro atingiu a menor cota histórica da época: 1,30 metro.

O diretor-presidente do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb), Enoque Pereira, disse que apesar de o Rio Acre ter previsão de registrar uma cota menor que de 2022, a autarquia trabalha para que a vazão de água seja de 1,5 mil litros por segundo, para não comprometer o abastecimento da cidade.

“Para o ano de 2024, mesmo com todas as previsões de ser uma das secas mais severas dos últimos anos, o Saerb garante que manterá o abastecimento de Rio Branco, salvo em caso de colapso total do Rio Acre”, complementou.

*Por Renato Menezes, do g1 Acre

Com projeto para limpeza de rios da Amazônia, Amapá conquista bronze em feira científica internacional

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O projeto do estudante amapaense Miguel Moreira, de 16 anos, conquistou nesta sexta-feira (14) a medalha de bronze na feira internacional de ciências ‘Genius Olympiad’, realizada em Nova Iorque (EUA). O aluno levou para o evento um sistema para limpeza de rios e lagos da Amazônia a partir de sementes de moringa oleifera.

A ideia foi desenvolvida no laboratório da Escola Estadual Irmã Santina Rioli, em Macapá. Atualmente Migue estuda no Instituto Federal do Amapá (Ifap), mas continua com orientações do ex-professor.

O aluno contou a emoção de ser o primeiro estudante do Amapá a ser premiado presencialmente no evento. Ele também ganhou uma bolsa com 25% de desconto para estudar nos EUA.

“Eu ‘tô’ muito feliz. ‘Tô’ levando o nome da minha cidade e do meu estado para fora do país. Não foi fácil chegar até aqui e só tenho a agradecer à minha família, amigos, escola e aos meus professores”, descreveu o aluno.

De acordo com o orientador do projeto, o professor Aldeni Melo, o estudante vai seguir com o projeto e fazer novas adaptações.

“Essa feira reuniu mais de 100 países e fomos os únicos representantes do norte do país. Agora, ele vai melhorar o projeto para embarcações maiores, onde vai anexar na parte interior de matapis para o uso nas embarcações”, disse o professor.

A estudante santanense Ana Beatriz Benjamin, de 15 anos, também particpou da feira. Ela criou um projeto que busca ajudar comunidades que sofrem com a escassez de água.

“Trago como proposta de projeto que possa levar uma água 100% potável para comunidades que não possuem esse acesso como Sucuriju e Bailique”, disse a estudante.

Genius Olympiad

A ‘Genius Olympiad’ ou olimpíada de gênios no português, é uma competição em escala internacional que reúne e seleciona os melhores projetos desenvolvidos pelo nível médio sobre questões ambientais.

Este evento é fundado e organizado através da Terra Science and Education e apresentado pelo Rochester Institue of Technology com o foco em meio ambiente em 5 modalidades, os amapaenses concorreram na categoria ciência.

*Por Rafael Aleixo, do g1 Amapá

Cunhã-poranga (Festival Folclórico de Parintins)

Fotos: Divulgação/Assessorias Boi Bumbá Garantido e Boi Bumbá Caprichoso

O item 9 no Festival Folclórico de Parintins é a cunhã-poranga. Ela é a representação da beleza, considerada a moça mais bonita da aldeia, além de sacerdotisa, guerreira e guardiã. O item é avaliado por sua beleza, simpatia, garra, desenvoltura e incorporação.

Manaus recebe mapa que indica áreas afetadas na ocorrência de cota de inundação severa

A capital do Amazonas ganhou mais um instrumento elaborado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), que pode contribuir para ações de prevenção a desastres em casos de eventos hidrológicos. Trata-se do novo mapa de manchas de inundação de Manaus, destacando áreas inundadas quando o Rio Negro atinge, em Manaus, a cota de inundação severa de 29,00 m. Nas manchas de inundação, as áreas são indicadas por cores, de acordo com a variação dos níveis dos rios. O mapa está disponível na página do Sistema de Alerta.

Para o estudo, o SGB considerou as áreas afetadas direta ou indiretamente pela elevação do Rio Negro. Isso porque a subida é acompanhada proporcionalmente pelo aumento do nível de todos os igarapés da região, entre eles o Igararé Tarumã-Açú, o Igarapé do Mindú, Igarapé do Franco, o Igarapé do São Raimundo e o Igarapé do Quarenta.

Manchas de inundação associadas às cotas de 29,00 m e 30,02 m

“Esse é um importante trabalho que complementa o Mapa de Mancha de Inundação elaborado em 2021, quando a cidade registrou a cota recorde de 30,02 m. As informações, associadas à operação do Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Amazonas, permitem que sejam adotadas medidas com mais agilidade e assertividade para garantir a segurança da população”, explica a diretora de Hidrologia e Gestão Territorial, Alice Castilho.

As informações são também essenciais para o planejamento urbano, conforme explica o coordenador-executivo dos Sistemas de Alerta Hidrológico, Artur Matos. “Com esse produto, gestores públicos podem identificar as áreas mais vulneráveis a inundações e, assim, adotar medidas que evitem a construção de casas e outros imóveis em locais de risco”.

Imagem: Divulgação

Complementação das manchas de inundação de Manaus

A complementação das informações se faz necessária porque a cidade é reconhecida nacionalmente pela alta frequência com a qual é afetada por inundações. Ao longo dos últimos 14 anos, entre 2009 e 2022, o Porto de Manaus superou a “cota de inundação severa” nove vezes. No século anterior, foram necessários 100 anos para que esta cota fosse superada também 9 vezes, conforme indica o relatório do SGB.
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“Para a elaboração das manchas de inundação, o SGB utiliza o que há de mais avançado em termos de disponibilidade de informações”, enfatiza a pesquisadora Luna Alves. Ela detalha que são utilizadas informações obtidas em trabalho de campo, levantamentos de modelo digital de terreno em alta resolução, levantamento de eventos de cheias anteriores com aparelhos de GPS, observação de imagens de satélites, análise de informações obtidas com VANTES (Veículos aéreos não tripulados), entre outras diversas fontes. Em alguns casos, são adotados modelos hidráulicos e hidrológicos, que levam em consideração as vazões e cotas dos rios.
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O SGB já atendeu com os mapas de manchas de inundação as cidades de Teresina (PI), Caxias (MA), Colatina (ES), Governador Valadares (MG), Ponte Nova (MG), Nova Era (MG), Porto Velho (RO), Alegrete (RS), São Sebastião do Caí (RS) e Montenegro (RS).

5 lugares mais assombrados da Colômbia para corajosos

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A Colômbia é um país com lugares maravilhosos para conhecer. Gastronomia, cultura e turismo são atrativos que enchem os olhos dos turistas. Porém, alguns lugares contam com histórias de terror assustadoras que envolvem assombrações e tudo que um aventureiro corajoso pode querer.  

A Colômbia possui uma lista de locais com este perfil. Teria coragem? 

Cataratas de Tequendama, um dos lugares assombrados mais conhecidos da Colômbia

Foto: Reprodução/Colombia the country of beauty

A cachoeira Tequendama tem 515 pés de altura e é formada pelas águas do rio Bogotá. Esta atração natural está localizada a aproximadamente 29 quilômetros a sudoeste de Bogotá e possui um tesouro de histórias paranormais que remontam aos tempos da colonização espanhola.  

Algumas das histórias mais populares giram em torno das mortes sofridas pelas  tribos indígenas da região, os Muiscas, que costumavam levar prisioneiros de guerra para as cataratas e forçá-los a saltar para a morte. Outro lado desta história é que como a sua própria figura divina ‘Bochica’ criou as cachoeiras, aqueles que pularam acreditaram que se tornariam águias e se libertariam da escravidão.  

Os eventos paranormais na área se concentram principalmente na beira da cachoeira, em uma grande casa próxima, no hotel ‘Refugio del Salto’, que mais tarde se tornou um restaurante local.

Saiba mais: ‘Casona del Salto’: o museu colombiano que parece casa mal-assombrada

As assustadoras histórias de terror que emergem da área apresentam aparições de homens sem cabeça e o som de brigas de bar, não muito diferentes daquelas que aconteceriam na mesma sala há vários séculos. Além disso, os moradores locais afirmam até hoje ter visto uma freira errante que acidentalmente caiu nas águas  que deságuam no que atualmente é conhecido como “O Lago dos Mortos”. 

A prisão de Gorgona, a Alcatraz da Colômbia

Foto: Reprodução/Colombia the country of beauty

A ilha abandonada de Gorgona é outro destino interessante para quem gosta de histórias de fantasmas. Seu nome vem das cobras venenosas que vivem na ilha, lembrando a Medusa, a górgona mais famosa da mitologia grega.

Localizadas a apenas 35 quilômetros da costa pacífica do departamento de Cauca, essas ruínas passaram a fazer parte de um Parque Natural Nacional que atrai anualmente centenas de turistas e busca preservar a abundante fauna e flora da região. 

A instituição de segurança máxima, que funcionou de 1960 a 1984, abrigava os criminosos mais perigosos em instalações que incluíam pequenas cabanas de madeira, celas de punição e latrinas. Conforme a história continua, os prisioneiros tiveram que sobreviver às suas próprias histórias de terror assustadoras, como se estivessem competindo em algum concurso de atividades de Halloween. Desde enfrentar animais como tubarões e cobras venenosas, até ficar exposto às piores doenças tropicais.

Entrar em Gorgona naquela época era quase certamente uma sentença de morte, assim como tentar escapar dela. Está na lista dos locais mais assombrados porque se diz que mesmo atualmente a estranha energia da prisão é substanciada por sombras fugazes e ruídos inexplicáveis, com alguns visitantes a afirmarem mesmo ter experimentado a sensação de que alguém os está a tentar reter enquanto estão no local. Muitos também relatam ter ouvido gritos e berros de espíritos de presos.

Armero, liderando a lista de lugares assombrados na Colômbia

Foto: Reprodução/Colombia the country of beauty

Na noite de 13 de novembro de 1985, após 69 anos de inatividade, o vulcão ‘Nevado del Ruiz‘ entrou em erupção, soterrando a próspera cidade de Armero, e com ela mais de 23.000 habitantes desavisados, muitos dos quais nunca foram encontrados. É por isso que é frequentemente chamada de “cidade com 30.000 fantasmas”.

Com o tempo, o espaço físico tornou-se um cemitério, com centenas de túmulos simbólicos marcados destacando-se ao lado das ruínas de edifícios antigos. O topo da torre sineira da igreja, que sobreviveu à tragédia, foi colocado no mesmo local onde ficava o recinto sagrado. 

Os turistas visitam a este local para orar pelas vítimas da tragédia, enquanto outros são atraídos pelas  assustadoras histórias de terror. Esses visitantes realizam seu próprio passeio fantasma e há rumores de que é possível ouvir lamentações, especialmente no que resta do primeiro andar do hospital.

Aqueles que vivenciam o paranormal dizem que esses fantasmas não estão lá para assustar os vivos, mas para clamar por um funeral adequado que lhes permita encerrar e descansar em paz por toda a eternidade. 

Uma dessas histórias envolve um viajante que teve que fazer uma parada em Armero para descansar. Por pura curiosidade, ele tirou fotos do local com o celular e notou uma casa em ruínas que tinha uma placa que dizia ‘Homenagem’.  Poucos dias depois, ao ver novamente a foto, percebeu a imagem de um homem sob o arco da entrada com o nariz e a boca cobertos por uma espécie de lenço. Poderia ser uma das muitas almas desesperadas que permanecem vagando por este território que foi destruído tão abruptamente. 

Passeio fantasma pelo bairro La Candelaria 

Foto: Reprodução/Colombia the country of beauty

La Candelaria é o bairro mais antigo da capital da Colômbia. O centro histórico de Bogotá não se tornou apenas um centro cultural da cidade, mas um patrimônio arquitetônico e histórico para todo o país. Além disso,  tornou-se um lugar que guarda um grande mistério, que se reflete em suas casas e ruas ostentosas, tornando-o um dos  lugares mais assombrados do mundo  e da Colômbia.

Diz-se que pelo menos oito fantasmas com mais de 400 anos aparecem à noite em diferentes pontos do bairro. Um deles é ‘O príncipe dos pombos’, o fantasma de uma criança loira e de olhos azuis que aparece de madrugada carregando migalhas de pão nas mãos. Ele percorre os becos para alimentar os pombos, como fazia há quase três séculos.  

Diz-se que ele sofria de doença mental e acreditava ser uma figura importante para essas aves. Portanto, ele os protegeu e quem incomodasse os pombos atirando pedras neles ou sendo cruel de alguma outra forma ‘terá uma noite muito ruim’, pois o fantasma do príncipe-criança não os deixará dormir. 

Existe outra lenda famosa de La Candelaria que envolve  o fantasma de uma lavadeira que, após falecer, começou a aparecer para suas companheiras, deixando suas roupas limpas e espalhadas nos varais.

Nem todos os espíritos deste bairro são tão amigáveis, com tantos outros que morreram em diferentes circunstâncias, esquemas e mistérios que cercaram a sua independência da coroa espanhola.

O líder dos lugares assombrados da Colômbia é o Cemitério Central de Bogotá

Foto: Reprodução/Colombia the country of beauty

O Cemitério Central é o mais antigo de Bogotá. Como se quisesse receber os visitantes, a entrada traz uma mensagem sinistra: ‘Aguardamos a ressurreição dos mortos’. Talvez seja por isso que se afirma que um homem, aparentemente um monge com um longo vestido branco, guarda o local. Ele caminha lentamente com uma auréola que acende e apaga, como se fosse um farol guiando as almas perdidas para um local de descanso seguro. 

É considerado um dos lugares mais assustadores por abrigar restos mortais de importantes personalidades nacionais como ex-presidentes, artistas e empresários. Entre eles está o famoso empresário alemão Leo Siegfried Kopp, fundador da cervejaria Baviera (a maior do país), falecido em 1927. Cerca de 30 pessoas fazem fila diariamente em sua estátua para falar em seu ouvido e pedir-lhe ajuda em qualquer problema, tipo de favor, especialmente aqueles relacionados à abundância e prosperidade. 

Muitas histórias cercam o cemitério, a mais popular tendo a ver com o túmulo e a estátua de bronze de Elvira e Victoria Bodmer, duas irmãs que aparentemente morreram em circunstâncias suspeitas. Alguns dizem que foi um incêndio, outros afirmam que foi uma doença estranha. O espaço da tumba está repleto de flores, doces e vários brinquedos “para que os espíritos das meninas saiam para brincar”.

Quem trabalha no cemitério garante aos visitantes que outras presenças podem aparecer aleatoriamente, geralmente em torno de uma área conhecida como caracol, uma escada que leva a um porão com vários corredores repletos de tumbas.

*Com informações do Governo da Colômbia

MPF quer que União e Estado do PA cumpram sentença que determinou oferta de ensino médio diferenciado a indígenas

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O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça Federal o cumprimento da sentença que obrigou a União e o Estado do Pará a ofertarem ensino médio diferenciado para indígenas dos municípios de Aveiro e Jacareacanga. A sentença foi publicada em janeiro deste ano e confirmou decisão liminar (urgente e temporária) de 2016.

O MPF também pede a apresentação de plano de trabalho para a elaboração do documento que orienta e organiza as atividades escolares, o chamado Projeto Político-Pedagógico (PPP), e a aplicação de multa caso a obrigação seja descumprida.

A procuradora da República Thaís Medeiros da Costa ressalta, no pedido, a importância de que o plano de trabalho preveja que os povos Maytapu, Cara Preta e Munduruku sejam protagonistas no processo de elaboração do PPP, com o acompanhamento e suporte técnico estatal, da academia e da sociedade civil organizada, por meio de parceiros de confiança das comunidades.

A ação do MPF apontou que a falta de escolas nas aldeias obriga os indígenas a se mudarem para cidades próximas para poderem continuar os estudos. No entanto, de acordo com as leis brasileiras os povos indígenas têm direito a educação escolar diferenciada e intercultural, com transmissão de conhecimentos nas línguas maternas dessas etnias.

Ação Civil Pública nº 0002317-91.2015.4.01.3908

Pedido de cumprimento provisório de sentença

Sentença

Consulta processual

*Com informações do Ministério Público Federal

Embratur assina protocolo com empresários do Amazonas para promoção internacional de destinos

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O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, assinou um protocolo de intenções com o grupo de empresários do Amazonas Cluster de Turismo, que tem como objetivo promover ações de divulgação internacional do Norte do país, em especial a Amazônia, e a troca de boas práticas turísticas e informações estratégicas para o fomento da região.

Além de Freixo, participaram do encontro pela Agência o diretor de Gestão e Inovação, Roberto Gevaerd, o gerente de Mercados e Eventos Internacionais, Bruno Reis, a gerente de Gabinete da Diretoria de Marketing Internacional, Negócios e Sustentabilidade, Kátia Bitencourt, a coordenadora de Parceria e Desenvolvimento de Mercado, Carina Camara, e a coordenadora da Região Norte, Roselene Medeiros.

Do grupo de empresários participaram do encontro o sócio-operador da Anavilhanas Jungle Lodge e do Hotel Villa Amazonia, Antonio Augusto Orcesi da Costa Filho, o diretor da Juma Amazon Lodge e da Juma Ópera, Caio Fonseca, e o presidente do grupo, Kleber Augusto Bechara de Oliveira, além do presidente da Amazonastur, Ian Ribeiro. 

O Cluster é um coletivo de hotéis e hospedarias de pequeno e médio porte que se uniu para desenvolver ações em benefício do trade turístico e do turista que procura o turismo de selva no estado do Amazonas. Entre os empreendimentos há hotéis de floresta, flutuantes e pousadas urbanas.

A Embratur tem trabalhado para divulgar os destinos brasileiros da Amazônia e fortalecer a conexão aérea com a região. Além do protocolo de intenções com o grupo de empresários, a Coordenação de Parcerias e Competitividade já vem atuando no desenvolvimento de parcerias institucionais com outros representantes da região, como a Rotas Amazônicas Integradas (RAI), por exemplo. Uma das ações planejadas para a região é uma press trip com seis comunicadores dos Estados Unidos durante o Festival de Parintins (AM), que acontece em 28, 29 e 30 de junho.

Ferramentas estratégicas

Durante a conversa, Freixo destacou que Embratur tem uma série de ferramentas já à disposição das empresas e dos governos para ajudá-los na promoção internacional dos seus destinos. Entre elas, o Painel de Dados da Embratur, com informações e números para ajudar governos locais e estaduais e empresas a tomarem decisões para a promoção turística de destinos com maior eficiência e menor desperdício.

“Essa é uma pauta para aproximarmos a Embratur da realidade dos destinos da Amazônia e sabermos como podemos ajudá-los na promoção internacional. Criamos um setor de inteligência de dados que está à disposição do setor público e do privado para ajudar na tomada de decisão de quem está na ponta. No turismo, esses dois mundos tem que se entender. Nós temos uma capacidade de promoção internacional que vocês precisam e, vocês, o conhecimento dos destinos e das necessidades locais que nós precisamos”, afirmou o presidente da Embratur.

Outro ponto que Freixo destacou é que o turismo no Amazonas é um modelo econômico que permite a preservação da floresta e a geração de emprego e renda. Antonio Augusto Orcesi, por sua vez, lembrou que a Região Norte tem o potencial para se tornar uma importante porta de entrada para o Brasil, aumentando a circulação nos municípios, o turismo na região e fortalecendo as rotas aéreas para o Brasil. Ele lembrou que o voo de Miami, nos Estados Unidos, para Manaus (AM), dura cerca de cinco horas. 

Orcesi também destacou que o turismo na região tem um forte componente cultural. “Hoje a realidade dos hotéis de selva da Amazônia mudou. Deixou de ser de grandes empreendimentos. Temos hotéis de pequeno porte com uma experiência muito mais intimista e responsável [ambientalmente]. Trabalhamos com a gastronomia local, tem um guia caboclo que viveu na floresta a vida toda e que vai apresentar a trilha a partir dos seus conhecimentos da Amazônia”, exemplificou.

Protocolo de intenções

O documento assinado firma o compromisso de apoio de iniciativas no âmbito do Projeto Amazônia, que visa alavancar internacionalmente os destinos e as experiências da Amazônia. O protocolo oficializa uma parceria estratégica com o intuito de fortalecer os destinos e as experiências turísticas da região no mercado internacional, assim como a troca de experiências e boas práticas relacionadas ao turismo sustentável.

Também fortalece a divulgação da “Marca Brasil” nos empreendimentos e equipamentos no destino e, ainda, na prestação de serviços, para consolidar a logo no Brasil e no mundo. Caberá à Embratur, dentre outras coisas, o apoio à participação em ações de promoção do turismo sustentável nos mercados estratégicos internacionais e disponibilizar dados e informações de caráter técnico, que sejam de seu domínio e possibilidade.

E caberá ao Amazonas Cluster de Turismo disponibilizar os meios necessários à execução do Protocolo de Intenções, no âmbito de sua competência, identificar experiências turísticas já adequadas, ou com potencial para atender o mercado internacional, e subsidiar as ações a serem realizadas pelo grupo e em conjunto com a Embratur.

*Com informações da Embratur

Pela primeira vez, cientistas monitoram casos de animais encontrados na costa do Amapá

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Cientistas que integram o projeto Caracterização e Monitoramento de Cetáceos nas bacias Pará, Maranhão e Foz do Amazonas iniciaram o monitoramento de encalhes de mamíferos na costa amapaense. Os cientistas resgatam animais mortos como peixe-boi, baleia e outros cetáceos (animais mamíferos marinhos) para construção de acervo científico.

Esse trabalho é executado pelos cientistas e estudantes do Instituto Federal do Amapá (Ifap), do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa) e do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.

O próximo passo é mobilizar moradores das comunidades em regiões banhadas pelos rios, para que ribeirinhos e pescadores acionem os pesquisadores e ajudem nessa coleta de informações.

A geógrafa Claudia Funi, que é mestre em biodiversidade tropical e coordena o projeto defende o papel indispensável das comunidades no mapeamento de cetáceos.

Foto: Rafael Aleixo/g1 Amapá

“Nós só chegamos aos animais porque os moradores acionaram a gente, inclusive nos ajudaram no resgate das carcaças de animais. Até pra realizar o projeto com equipamentos como barco e motor foram orientados pelos pescadores”, conta a pesquisadora.

O Amapá registrou nos últimos anos vários casos de mamíferos encalhados. O mais recente ocorreu na orla de Macapá, ao lado da Fortaleza de São José, quando um peixe boi de quase dois metros de comprimento foi resgatado já morto pelo corpo de bombeiros junto do Ifap, Iepa, Instituto Mamirauá e Bioparque da Amazônica.

O animal já em estado avançado de decomposição está no Iepa sendo utilizado para estudos e pesquisas. Em entrevista ao Grupo Rede Amazônica, o médico veterinário Luiz Sabioni, pesquisador colaborador do grupo de pesquisa em mamíferos aquáticos amazônicos do Instituto Mamirauá e do setor de mastozoologia do Iepa, relatou que toda essa pesquisa partiu de uma preocupação com a atividade sísmica.

Segundo o Ecology Brasil, A atividade de pesquisa sísmica investiga o fundo marinho antes do processo de exploração e produção de óleo ou gás natural no mar. É um método acústico que utiliza ondas sonoras, que mostra como estão acumulados os hidrocarbonetos.

Foto: Natanael Rocha/Arquivo pessoal

O resultado da atividade sísmica não prevê o local exato de acúmulo de óleo e/ou gás, apenas indica os pontos mais prováveis para a sua concentração.

Esses sons afetam na saúde dos animais marinhos e faz com que eles deixem sua região de origem desorientados e acabem encalhados em lugares como a costa do Amapá, que tem aproximadamente 60 metros de profundidade, cetáceos precisam de uma profundidade de pelo menos 120 metros.

“Algumas análises e necrópsia da parte do ouvido e de alguns vasos específicos do sangue conseguem dar um sinal de alerta se realmente aquele animal é vítima da atividade sísmica”, revela o veterinário Luiz.

*Por Lorena Lima, da Rede Amazônica AP

Amazonas firma acordo de cooperação com Serviço Florestal Brasileiro para alavancar concessões florestais

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A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) assinou um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) para alavancar as concessões de florestas públicas no Amazonas. A assinatura aconteceu, no dia 11 de junho, durante a 22ª Semana da Sustentabilidade, a Sustainability Week (SW24), promovida pelo BID Invest, instituição do Grupo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

“A agenda de concessão florestal já foi identificada pelos principais investidores e, também, pela política pública federal e estadual como um caminho viável para essa nova economia com base na redução de emissões e do desmatamento. Esse momento é para que a gente possa criar uma agenda cada vez mais positiva, real e ambientalmente viável, com benefício para as pessoas”, disse o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira.

O ACT foi firmado para que o SFB transfira conhecimentos e experiências para que o Amazonas possa desenvolver as metodologias e o arcabouço técnico necessário para dar segurança às concessões. Neste sentido, está incluso o compartilhamento de sistemas para gestão de contratos, além dos procedimentos e ferramentas de monitoramento, bem como estudos técnicos, regulamentações, editais, relatórios de consultorias e demais documentos institucionais pertinentes.

Segundo o diretor-Geral do SFB, Garo Joseph Batmanian, o objetivo principal do acordo é ajudar a Sema a acelerar a agenda de concessões de florestas Estaduais no Amazonas, tendo em vista a experiência de 15 anos do órgão nesta pauta. Ele reforça a importância da parceria para aliar geração de emprego e renda à conservação ambiental.

FOTOS: Antônio Lima/Secom AM

“Nesses anos de experiência já aprendemos muito e temos parcerias tanto com o BNDES como com o BID. Por isso chegamos à conclusão de que seria melhor se nós pudéssemos transferir parte do nosso conhecimento para apoiar o Estado, para que ele possa acelerar esse ciclo de promover o manejo florestal, gerar emprego, renda e receita, mostrando que a floresta tem valor no Estado do Amazonas”, destacou o diretor-Geral do SFB.

Para tanto, a Sema enviou proposta de apoio para avançar na concessão de quatro florestas públicas estaduais: de Aripuanã, Manicoré, Apuí, e Rio Urubu.

Investimento do BID

Durante o evento, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) também anunciou um aporte de recursos para financiar os estudos de concessão nos Estados, estimado em U$ 1 milhão. O chefe da Janela Única da Parceria Público-Privada (PPP) do BID, Gastrón Astesiano, reforçou o compromisso com as populações locais no processo.

“A nova geração das concessões vai procurar melhorar os benefícios para a população que está na área e para toda a cadeia produtiva que fornece o processo de manutenção e restauração da floresta. Então, através desses arranjos, seguramente teremos benefícios para as populações dessas áreas”, ressaltou Astesiano.

*Com informações da Agência Amazonas