Manejo de copaíba gera emprego e renda e mantém a floresta em pé no Oeste do Pará

Com o manejo da copaíba, a comunidade conseguiu produzir o óleo para além da floresta

A Amazônia é famosa pela exuberância de suas florestas, pela diversidade de espécies da fauna e da flora e pela manutenção do equilíbrio da vida no planeta. Nessa imensidão verde, o envolvimento das comunidades quilombolas desempenha um papel fundamental na gestão sustentável dos recursos naturais, contribuindo para a criação de oportunidades de emprego, geração de renda e a preservação das florestas.

Um dos exemplos de respeito pelo meio ambiente é o Projeto Manejo de Copaíba, realizado por comunitários em parceria com a Mineração Rio do Norte (MRN), no Território Quilombola Alto Trombetas II, localizado em Oriximiná, na região Oeste do Pará. A copaíba (Copaifera spp.) é reconhecida como uma das árvores mais exuberantes da Amazônia, podendo atingir até 30 metros de altura e um metro de diâmetro na idade adulta. O óleo do vegetal é considerado um bálsamo devido às suas propriedades anti-inflamatórias, antissépticas e antimicrobianas.

Foto: Divulgação/MRN

 Protagonismo da comunidade no uso sustentável da floresta

Com o manejo da copaíba, a comunidade conseguiu produzir o óleo para além da floresta, e a MRN apoia a modernização do processo de extração do produto. O objetivo é gerar um fluxo de renda permanente e promover a melhoria das condições econômicas e de vida dos comunitários.

Ao longo do ano, a empresa realiza campanhas para promover boas práticas e a educação ambiental, utilizando técnicas e procedimentos que visam melhorar a produção e a regeneração natural das copaibeiras, assegurando o uso racional e sustentável da espécie. Além disso, são oferecidas capacitações para desenvolver técnicas e ações voltadas para a venda, empreendedorismo e cooperativismo, permitindo que os comunitários adquiram expertise e conquistem o mercado.

O projeto existe há 13 anos e já alcançou autonomia. As comunidades vendem o óleo de forma organizada, possuindo marca e reconhecimento. Os comunitários também estabeleceram parcerias com outras instituições para o fornecimento do produto. Para os próximos meses, a intenção da MRN é qualificar ainda mais esses conhecimentos, possibilitando que a comunidade expanda os negócios.

“Nossas equipes técnicas acompanham e orientam o desenvolvimento e o plantio de todo o processo de manejo da copaíba. Além disso, realizamos o acompanhamento do viveiro das mudas desses comunitários e de um plantio experimental na comunidade. Com isso, incentivamos o reflorestamento nas áreas próximas às comunidades, promovendo uma troca de conhecimentos que criará uma atividade duradoura, indo além da mineração”, explica Genilda Cunha, coordenadora do Programa de Educação Socioambiental (PES) da MRN, do qual o Projeto Manejo de Copaíba faz parte.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Xote, carimbó e lundu: ritmos regionais mantém força por meio de instituto no Pará

Iniciativa começou a partir da necessidade de trabalhar com os ritmos populares regionais, como o xote bragantino, retumbão, lundu e outros.

Leia também

Publicidade