Confira as árvores que representam os Estados da Amazônia

Cada região da Amazônia possui uma árvore que simboliza sua identidade e suas características únicas

As árvores representam a diversidade natural e cultural desse vasto país. Cada Estado da Amazônia possui uma árvore que simboliza sua identidade e suas características únicas. O Portal Amazônia preparou uma lista com as árvores emblemáticas que representam cada Estado da região:

Seringueira – Acre 

Protagonista de um importante período econômico na Amazônia durante o século XIX e início do XX, a seringueira, árvore é produtora do látex utilizado na fabricação da borracha natural. Seu nome científico é Hevea brasiliensis L. e pertence à família das Euphorbiaceae. A seringueira apresenta folhas compostas, flores pequeninas e reunidas em amplas panículas. Sua madeira é branca e leve. Seu fruto encontra-se em uma grande cápsula com sementes ricas em óleo, que pode servir de matéria-prima para resinas, vernizes e tintas. 

Foto: Divulgação/Fapeam

Amapazeiro – Amapá 

O amapá é uma árvore da família das apocináceas, nativa da região Amazônica. Os frutos são roxo-escuros comestíveis e fornecem matéria branca, cuja casca exsuda látex branco – conhecido como leite de Amapá – que tem várias aplicações medicinais, sendo muito utilizado na medicina popular na região.

Amapá é considerado um remédio poderoso, o “fortificante da Amazônia”, usado por muitos e muitos anos pela população rural e urbana para o tratamento de problemas pulmonares, gastrite, fraqueza e cicatrização. Também é usado como tônico por pessoas que sentem fraqueza, especialmente mulheres após o parto. Estudos comprovaram a ação analgésica e anti-inflamatória das espécies P. fasciculata e B. parinarioides. 

Foto: Rafael Aleixo/Setec

Castanheira – Amazonas 

A castanheira-do-Brasil é uma árvore alta e bela, nativa da Amazônia. Ela pode ser encontrada em florestas às margens de grandes rios, como o Amazonas, o Negro, o Orinoco e o Araguaia, mas está ameaçada de extinção.

As castanheiras-do-Brasil normalmente atingem entre 30m e 50m de altura e de 1m a 2m de diâmetro. É uma das espécies mais altas da Amazônia. Há registros de castanheiras que alcançaram 50m de altura e mais de 5m de diâmetro. Seu tronco é reto e os galhos se concentram na parte mais alta da árvore. A casca é acinzentada, e as folhas, que ficam acima da copa das outras árvores, têm de 20cm a 35cm de comprimento.

O fruto da castanha leva mais de um ano para amadurecer, é mais ou menos do tamanho de um coco e pode pesar 2kg. A casca é muito dura e abriga entre 8 e 24 sementes, que são as apreciadas castanhas. 

Foto: Reprodução/Instituto Soka

Palmeira Babaçu – Maranhão 

O babaçu, também conhecido como baguaçu, coco-de-macaco e, na língua tupi, uauaçu, é uma nobre palmeira nativa da região Norte. A árvore pode atingir de 10 a 30 metros de altura e suas grandes folhas arqueadas podem chegar a oito metros de comprimento.

Cada palmeira pode apresentar entre três a cinco longos cachos de flores amareladas. O pico de florescimento acontece entre janeiro e abril e os frutos amadurecem entre agosto e dezembro. Cada cacho, por sua vez, pode produzir de 300 a 500 cocos. A casca do fruto é resistente e, no seu interior, há de 3 a 5 amêndoas que têm valor comercial por serem a principal matéria-prima para a produção do óleo de coco do babaçu.

Foto: Reprodução/Embrapa

Tarumeiro – Mato Grosso 

Na linguagem indígena Tupi-Guarani o fruto Tarumã significa ‘Fruta escura de fazer vinho’. Porém, o significado ‘fruto que dá em cachos’ também é atribuído à linguagem indígena. A árvore, característica das matas ciliares do cerrado e das matas de transição, tem como uma das muitas qualidades a sua resistência ao sol. O Tarumeiro pode medir até 25 metros de altura, sua folha é aveludada e dividida em três partes. As flores são azuis e as frutas redondas, carnosas e doces.

A madeira da Tarumeiro é usada na construção civil. A planta é tão útil que os frutos são utilizados até como isca para pescaria. Por outro lado, na medicina, as folhas em infusão são usadas como diurético e depurativo do sangue e no combate à pressão alta; sua raiz é tônica, antitérmica e combate inflamações da bexiga e do útero, além de diversas doenças da pele. 

Foto: Paulo Robson de Souza/UFMS

Mangueira – Pará 

Símbolo da cidade de Belém do Pará, conhecida como ‘Cidade das Mangueiras‘, esta árvore é uma das principais espécies frutíferas tropicais cultivadas no mundo. A Mangueira é originária da Ásia desde o leste da Índia até as Filipinas, foi introduzida no Brasil (pelos portugueses, no século XVI) e em outros países tropicais, e adaptou-se muito bem ao clima.

Apresenta copa densa, perene e muito frondosa. Seu fruto, a manga, é saborosa e perfumada, com casca fina, porém resistente, podendo apresentar cores diversas entre o verde, vermelho, rosa, amarelo ou laranja, com ou sem manchas pretas.

As mangueiras têm tronco largo, casca escura, rugosa e látex resinoso. As folhas são coriáceas, lanceoladas, com 15 a 35 cm de comprimento. Esta árvore possui floração abundante e ornamental, inflorescências paniculadas e terminais, com flores pequenas. 

Foto: Divulgação/Alepa

Chichá / Xixá – Rondônia 

A Chicha ou Xixá é encontrada com pouca frequência em estado nativo nesta região, porém vista em paisagismo urbano. A árvore de grande porte, atingindo de 06 a 20 metros de altura, chama a atenção. A copa é cilíndrica e pouco aberta e os galhos crescem de forma ascendente e na maioria das vezes exsudam ou transpiram um tipo de resina ou cera pegajosa.

Muito apropriada para o paisagismo pela sua beleza. Os frutos vermelhos são usados em decoração e na confecção de utensílios domésticos. Já as sementes da Chichá são comestíveis e procuradas por pequenos animais. 

Foto: Reprodução/Capes

Samaúma – Roraima 

Samaúma ou Sumaúma  é uma das árvores mais extraordinárias da Amazônia por seu tamanho. Pode chegar a 70 metros, o que equivale a um edifício de 24 andares. Sua copa se projeta acima de todas as demais servindo de abrigo e proteção para inúmeros pássaros e insetos.

A árvore pertence à família das bombacaceae, encontrada em florestas pluviais da América Central, da África ocidental, do sudeste asiático e da América do Sul. No Brasil, ela ocorre na Amazônia, onde há também uma ilha denominada Sumaúma, no rio Tapajós. Nas várzeas ela cresce muito rápido, mas tem porte menor em terra firme. 

Foto: Reprodução / Instituto Soka

Fava-de-bolota – Tocantins 

A fava-de-bolota também é conhecida popularmente pelos nomes de favela, faveira, faveira-de-bolota e visgueiro. Encontrada com freqüência nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, caracteriza-se por ser uma árvore frondosa,a tingindo mais de um metro de diâmetro de tronco e 25 metros de altura. As inflorescências e, posteriormente, os frutos ficam pendurados na copa e sustentados por longos pedúnculos. Floresce nos meses de agosto a outubro. Os frutos amadurecem de dezembro a março, permanecendo por mais alguns meses pendurados na árvore. 

Foto: Reprodução/Árvores do Cerrado/Facebook

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