Seringueira

 Conhecida popularmente como seringueira, a Hevea brasiliensis é uma das mais famosas árvores da região amazônica

Foto: Felipe Santos da Rosa/Embrapa

Conhecida popularmente como seringueira, a Hevea brasiliensis é uma das mais famosas árvores da região amazônica. Apresenta folhas compostas, flores pequeninas e reunidas em amplas panículas. Sua madeira é branca e leve e, de seu látex, se fabrica a borracha. As amêndoas (sementes) da seringueira fornecem um óleo secativo muito usado na industria de tintas e vernizes.

Existem na floresta amazônica mais de 11 espécies de seringueira, todas do gênero Hevea. Ocorre normalmente na margem de rios e lugares inundáveis da mata tropical úmida.

A exploração da seringueira no vale amazônico foi responsável pelo ciclo econômico que provocou, a partir de meados do século XIX, uma profunda modificação na estrutura urbana das duas principais capitais da região, Belém e Manaus, dando origem ao que é conhecida como fase da Belle Époque e a um grande impulso nos estudos científicos.

Em 1876, o britânico Henry Wickham levou 70 mil sementes da espécie Hevea brasiliensis para a Inglaterra. Sem ter entendimento do que faziam, os donos dos seringais amazônicos deram livremente a semente da espécie nativa que produzia o melhor látex do comércio internacional.

Na Inglaterra, as milhares de sementes foram plantadas nas estufas do Jardim Botânico Real, sendo que apenas duas mil germinaram. Mas bastou essa quantidade e o conhecimento científico para que os ingleses mudassem o jogo comercial. Ao replantarem a Hevea brasiliensis no sudeste asiático, os britânicos começaram a abalar o monopólio da borracha na Amazônia.

Na segunda década do século XX, o mercado da borracha brasileira já não suportava a pressão da competição com o comércio inglês e o grande ciclo da borracha amazônica perdeu sua hegemonia. Atualmente, o Brasil só produz 35% da borracha natural que consome, ou seja, grande parte da borracha consumida é importada.
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