A Epictia tenella vive escondida embaixo da terra e, por ter limitações em função do tamanho, sua alimentação é composta basicamente por formigas e cupins.
Muitas pessoas temem as cobras por conta do tamanho, como no caso da sucuri. Mas não são só cobras gigantes que vivem na Amazônia. Uma das menores cobras da região é popularmente conhecida como cobra-cega (Epictia tenella).
“Ela pode medir entre quinze e vinte centímetros quando adulta”, conta o biólogo do Projeto Suaçuboia e aluno de doutorado em Ecologia no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Igor Yuri Fernandes. “As que já encontrei aqui na Amazônia mediam entre dez e doze centímetros, adultas”, relata Igor.
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De acordo com o pesquisador, ela vive escondida embaixo da terra e, por ter limitações em função do tamanho, sua alimentação é composta basicamente por formigas e cupins.
“E ela é inofensiva, não possui veneno. Nem se ela quisesse, estivesse muito brava, conseguiria morder alguém, de tão pequena que ela é”,
afirma.
Hábitos
Descrição
De acordo com o ‘Guia de Cobras da região de Manaus – Amazônia Central‘, dos pesquisadores Rafael de Fraga, Albertina Pimentel, Ana Lúcia Prudente e William Magnusson, publicado pelo Inpa, na região de Manaus apenas a Epictia tenella (Klauber,1939) é conhecida dessas cobras que fazem parte da família Leptotyphlopidae.
“A família Leptotyphlopidae atualmente é representada por 12 gêneros, dos quais três ocorrem no Brasil, e aproximadamente 115 espécies, das quais 18 ocorrem no Brasil. Estão distribuídas do sudeste dos Estados Unidos até a Argentina, exceto nos Andes. No Velho Mundo são conhecidas para o Oriente Médio e norte da África. Esta família está inserida na infraordem Scolecophidia, um agrupamento formado por cobras que não conseguem deslocar os ossos da estrutura mandibular e por isso se alimentam apenas de presas pequenas, como cupins e formigas”, descrevem no guia.
Espécies semelhantes
E há também a família Anomalepididae (Scolecophidia), “representada por quatro gêneros e 18 espécies, distribuídos pela América do Sul e Central. No Brasil, estão presentes dois gêneros e sete espécies. São semelhantes aos membros das famílias Leptoyphlopidae e Typhlopidae, mas diferem por possuírem um único dente no osso dentário e cabeça coberta por escamas pequenas, não diferenciadas das escamas do resto do corpo”. Ela pode chegar, no máximo, em torno de 30 centímetros.