Espécies de aves típicas da região Amazônica ilustram jogo de cartas criado por estudantes

O projeto, desenvolvido por estudantes no interior do Amazonas, identificou aves como Periquitos, Curicas e Marianinhas, com base em uma plataforma online conhecida por reunir biólogos e observadores de aves do Brasil.

Um jogo de cartas elaborado a partir de espécies de aves típicas da região Amazônica foi produzido por estudantes da rede estadual de ensino no município de Tefé (distante 522 quilômetros de Manaus), no AmazonasO projeto ‘Psitacídeos no Estado do Amazonas: Conhecer Para Conservar’ reúne mais de 40 espécies de animais e segue as regras de um baralho tradicional.

De acordo com a coordenadora do projeto na Escola Estadual Getúlio Vargas, a professora de Ciências Ana Lima, 25 alunos do 7º ano do Ensino Fundamental participaram do projeto que identificou aves como Periquitos, Curicas e Marianinhas, com base na plataforma online Wikiave, conhecida por reunir biólogos e observadores de aves do Brasil.

“Nós dividimos toda a pesquisa em três fases, compostas pelos seguintes itens: levantamento das espécies de psitacídeos registradas na plataforma online Wikiaves, elaboração do jogo lúdico e, por fim, aplicação do jogo com os alunos”, explica a professora.

De acordo com Ana Lima, o projeto foi desenvolvido no período de julho a novembro de 2021. No jogo, as aves com mais registros de incidência no Amazonas são consideradas cartas coringas e garantem bônus aos jogadores que as possuem.

Para a confecção do baralho foram utilizados papéis dos tipos A4 e Cartão. Já as fotografias dos animais foram impressas nas cartas do jogo, com os seus respectivos nomes, seguindo o padrão do Comitê Brasileiro de Ornitologia (CBO), fórum nacional encarregado de debater e divulgar informações relacionadas às aves nativas ou visitantes.

“O objetivo geral do jogo foi apresentar aos alunos a diversidade de espécies que temos em nosso estado e despertar o interesse em conservá-las e, a partir disso, gerar questionamentos sobre a criação desses animais como pets e a retirada indevida de seu habitat natural”, informou a professora.

Sobre o PCE

O trabalho foi desenvolvido com apoio do Programa Ciência na Escola (PCE), Edital Nº 004/2020, criado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), desenvolvido em parceria com a Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc-AM) e a Secretaria Municipal de Educação (Semed-Manaus), e apoia projetos de pesquisa dentro da comunidade escolar.

O edital da edição 2022 do PCE está com inscrições abertas até às 17h do dia 11 de março. Podem se inscrever professores de escolas públicas do Estado do Amazonas ou municipais de Manaus, que trabalhem com turmas a partir do 5º ano ou no ensino médio e suas modalidades: educação de jovens e adultos, educação escolar indígena, atendimento educacional específico e Projeto Avançar. 

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Na terra dos Guajajara, mudas amazônicas oferecem esperança para os rios que secam

No Maranhão, o avanço da monocultura e décadas de destruição florestal provocaram uma mudança nos padrões de chuva. Pesquisadores afirmam que esse tipo de reflorestamento poderia ajudar a restaurar o equilíbrio dos ciclos da água na região.

Leia também

Publicidade