Por que algumas aves comem argila? Entenda:

Cerca de 14 espécies de aves encontradas no Brasil, Bolívia e Peru praticam a geofagia – prática de comer substâncias terrestres.

Conhecidos pela inteligência e beleza, as aves da família dos psitacídeos, que englobam araras, moleiros, papagaios e periquitos, tem o cérebro bastante desenvolvido. 

Possuem a capacidade de imitar com facilidade todos os tipos de som, inclusive palavras. Com a estimativa de vida entre 20 a 80 anos, possuem características peculiares diferente de outras aves.

Você sabia que aves dessa família tem a prática de comer argila? O Portal Amazônia explica o porquê desse fenômeno:

Foto: Reprodução/Shutterstock

Em partes da Amazônia que englobam o Brasil, Peru e Bolívia, aves da família psitacídeos tem uma prática de comer argila presente em lugares próximos aos rios. Esse hábito é conhecido por geofagia, que é o costume de comer substâncias terrestres, como argila, barro ou terra. Geralmente está associada com uma necessidade para melhorar a dieta deficiente em minerais.

Então por quê esses animais são geófagos?

Foto: Reprodução/Shutterstock

Neutralizar toxinas 

Uma das teorias sugere que essas aves se alimentem de alguns vegetais tóxicos e que a prática da geofagia de dá devido ao fato de que alguns solos podem absorver essas toxinas vegetais e neutralizá-las no organismo. 

Foto: Reprodução/Shutterstock

Repor sódio

Muitos ornitólogos e pesquisadores da área acreditam que nessas regiões em que os pássaros comem essas substâncias, por serem localizadas distante do oceano, os alimentos contenham quantidades extremamente baixas de sódio (sal), o que justifica o fenômeno.

O sódio é um nutriente essencial que ajuda o corpo a manter o equilíbrio entre água e eletrólitos e mantém a função dos nervos e contração muscular. E nessa área, na Amazônia ocidental, há essa deficiência de sódio na alimentação. 

Foto: Reprodução/Shutterstock

Apesar das duas explicações serem plausíveis cientificamente, a mais aceita para esse curioso fenômeno é a da falta de nutrientes associada à distância do oceano e não a da toxicidade alimentar.

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