Foto: Reprodução/Wild Expedition
Criados para promover pesquisas científicas e proteger espécies de fauna e flora, os parques nacionais surgem com o propósito de preservar a natureza.
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No Brasil, existem 74 ‘parnas’ (sigla para parque nacional). O primeiro parna, do Itatiaia, foi criado em 1937 no governo de Getúlio Vargas. Na região amazônica, ao todo, são 20.
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Confira seis deles que contribuem para a preservação do ecossistema amazônico e possuem relevância ecológica:
Parque Nacional da Amazônia
Com mais de 1 milhão de hectares, o Parque Nacional da Amazônia foi criado em 19 de fevereiro de 1974, no Pará, para preservar os recursos naturais da região diante do grande impacto da migração promovida na Amazônia.
O Parque integra um corredor ecológico de dispersão de espécies entre os rios Tapajós e Madeira. As sumaúmas se destacam na cobertura florestal, já a fauna inclui 13 espécies de primatas, além de espécies vulneráveis e ameaçadas de extinção, como a onça-pintada e o gato-maracajá.
Além disso, o parna abriga grupos indígenas isolados e sítios arqueológicos ainda não explorados por pesquisadores.

Pacaás Novos
Localizado no estado de Rondônia, o Parque Nacional de Pacaás Novos foi criado em 1979 e possui mais de 700 mil hectares de território. O local abriga um importante patrimônio cultural indígena, pois é lá que se encontram os índios da tribo Uru-Eu-Wau-Wau e Uru-pa-in.
O nome Pacaás Novos teve origem com os seringueiros que encontravam muitas pacas na beira do igarapé.
Em decorrência da ocupação acelerada e desordenada de Rondônia pela abertura da BR-364 (que liga os Estados de São Paulo e Acre, passando por Mato Grosso e Rondônia), tornou-se necessário proteger parte de seus recursos naturais.

Serra da Cutia
Administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), O Parque Nacional da Serra da Cutia fica localizado no município de Guajará-Mirim, em Rondônia.
De acordo com dados do Instituto Socioambiental (ISA), o Parque foi criado em agosto de 2001 com o objetivo de preservar amostras dos ecossistemas amazônicos e propiciar pesquisas científicas, além do turismo ecológico. O local possui área de 283.611 hectares.

Pico da Neblina
O Parque Nacional do Pico da Neblina, criado no Dia Mundial do Meio Ambiente, em 1979, possui uma particularidade interessante: abriga o ponto mais elevado do Brasil, o Pico da Neblina com 2.995,30 metros de altitude, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Fica localizado no norte do estado do Amazonas, na fronteira com a Venezuela e abrange duas cidades: Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira. Junto com outros quatro parques, integra os parques nacionais fronteiriços da Amazônia brasileira.
O turismo na região foi proibido em 2003 e retomado em 2022. Atualmente, é necessária uma autorização do ICMBio, pois a área além de se tratar de um Parque Nacional, integra a Terra Indígena Yanomami, povo indígena que intitula o pico como Yaripo.

Serra da Mocidade
Localizado em Roraima, o Parque Nacional Nacional Serra da Mocidade foi criado por meio de decreto presidencial em abril de 1998. O parque conta com uma extensão territorial de 350.960 hectares e, segundo o ISA, a região registrou atividades extrativistas entre o início do século XX e meados dos anos 1980.
Ainda de acordo com o Instituto Socioambiental, o nome da unidade foi dado por pioneiros ao mencionarem as dificuldades para subir as montanhas da região, o que só poderia ser realizado por quem estivesse no “vigor da mocidade” .
Atualmente, a unidade é gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, até julho de 2015 ainda não possuía plano de manejo e teve seu conselho consultivo aprovado em 2010.

Serra do Divisor
No estado do Acre, o Parque Nacional da Serra do Divisor foi criado em junho de 1989 e fica localizado no noroeste do estado, na fronteira entre Brasil e Peru.
É o ponto mais ocidental do Brasil e atrai olhares do mundo todo por ter, em seus 837 mil hectares preservados, uma diversidade de pássaros, borboletas, árvores endêmicas e cachoeiras.
