A pesca é focada no mapará e a safra da espécie acontece entre junho e julho, quando é realizada a ação comunitária.
“Hoje, nós temos uma festa não só comunitária, mas uma festa regional. Esse é o quarto ano que recebemos todos os visitantes em nossa comunidade para verem nossa produção. Vivemos do lago e das espécies que vivem nele. Trabalhamos o ano todo, hoje é dia de colher os frutos”,
disse Gigi, presidente da comunidade.
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O manejo do pescado é realizado por meio da Secretaria de Meio Ambiente (Semma). O peixe pescado é vendido a uma empresa e comercializado na região metropolitana de Belém, em especial nos municípios de Breves e Abaetetuba e também doado aos moradores da própria comunidade, com o objetivo de suprir as necessidades. Cerca de 300 famílias vivem na localidade e sobrevivem do manejo.
“É muito legal participar de eventos como esse. Nós, da Semma, passamos o ano todo acompanhando a comunidade e dando suporte aos pescadores no manejo e nas fiscalizações. É bom ver que todo trabalho surte efeito. Esse é um exemplo para as demais comunidades, pois nós precisamos preservar cada vez mais o que temos”,
destacou Arlen Lemos, agente de Fiscalização.
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O prefeito Nélio Aguiar acompanhou a pesca comunitária e disse que é uma tradição que representa não apenas uma fonte de sustento, mas também um elo com nossas raízes e cultura.
“A pesca comunitária do mapará desempenha um papel fundamental na vida das comunidades locais, não só como uma atividade econômica, mas também como uma maneira de preservar e transmitir conhecimentos tradicionais de geração em geração. Ela fortalece os laços comunitários e reforça a identidade cultural de nosso povo. Além disso, é importante ressaltar que a pesca comunitária do mapará é realizada de forma sustentável, seguindo práticas que visam à preservação dos recursos naturais e à manutenção do equilíbrio ecológico em nossas águas. Essa abordagem responsável é um exemplo de como é possível conciliar o desenvolvimento econômico com a conservação ambiental”,
disse o prefeito Nélio Aguiar.
No local, a pesca obedece aos critérios preservação. Os comunitários fiscalizam para impedir que ocorra a pesca ilegal, ou seja, fora do período permitido, que impede a reprodução da espécie. O mapará só pode ser capturado no período determinado.