Os resíduos do camarão que são geralmente descartados, passam por vários processos, como os métodos de sanitização dos resíduos e de desidratação para garantir a qualidade e o tempo de vida útil do produto.
A egressa do curso de Tecnologia em Alimentos do Núcleo de Ensino Superior de Manacapuru da Universidade do Estado do Amazonas (NESMPU/UEA), Sigrid Nara Ruiz, criou o projeto Eco “Sabor de Manacá”, que consiste na elaboração de um caldo em pó desenvolvido a partir dos resíduos do camarão – matéria-prima geralmente descartada que passa por vários processos, como os métodos de sanitização dos resíduos e de desidratação para garantir a qualidade e o tempo de vida útil do produto.
Levando cerca de 90 dias para alcançar os resultados esperados, o caldo em pó não contém conservantes devido o processo de desidratação, proporcionando o prolongamento da validade do produto. São acrescentadas à matéria-prima ervas e especiarias regionais, também submetidas ao processo de desidratação. Por fim, o produto é processado por meio de trituração até alcançar a granulometria dentro do padrão adequada para a utilização.
Sigrid é professora de Produção de Alimentos no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) e conta que uma das marcas formativas da instituição é despertar nos alunos a atitude sustentável, por isso foi proposto ao curso o desperdício de alimentos como tema, e foi pensando nisso e tendo em vista que de julho a outubro acontece à sazonalidade comercial de um grande volume de camarão no município, que o curso se motivou a desenvolver o projeto.
Por ser um produto recém-lançado, o caldo em pó não está disponível no mercado por precisar passar por algumas etapas, como análises físico-químicas, registro de marca e patente, abertura de empresa, entre outras, mas em breve, estará à venda.
Apesar do trabalho não ser oriundo de pesquisa científica, a egressa da UEA acredita que o Caldo em Pó é um produto com o mesmo valor acadêmico, pois além do contexto de inovação, segue critérios e etapas adotados em um processo de elaboração de produto tecnológico em alimentos. A tecnóloga em alimentos acredita que o trabalho pode ser um fator de motivação para muitas pessoas que atuam no campo dos alimentos, e constituir um exemplo de potencial inovador e científico do amazonense.
“O curso de Tecnologia em Alimentos que frequentei na UEA foi uma experiência importantíssima em minha trajetória. Foi quando eu pude experimentar uma riqueza de conhecimentos e descobrir minha verdadeira vocação. Sou muito grata aos professores com quem obtive o conhecimento que hoje fundamenta minha atuação profissional e docente, nesta área tão apaixonante que é a Tecnologia de Alimentos. Portanto, é significativa a contribuição da UEA em minha formação”, finalizou Sigrid Ruiz.
Como consumir
Nas carapaças do camarão concentram-se o aroma e o sabor do crustáceo. Portanto, o produto pode ser utilizado para realçar preparações à base de crustáceos, como risoto, creme de camarão, sopas, caldos, entre outros, acentuando o aroma e o sabor de camarão no prato onde for utilizado.
Por que “Eco ‘Sabor de Manacá'”?
A primeira parte do nome, “Eco”, reflete a essência ecológica e sustentável do produto, visto que tem como matéria-prima os resíduos de camarão geralmente descartados. “Sabor de Manacá” é uma homenagem à região de Manacapuru, município onde o produto foi originado. O nome do projeto busca refletir a natureza local e entrar em consonância com o produto des