Será aberta nesta quarta-feira (15) a Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa em Faro e Terra Santa, no oeste do Pará. É a primeira etapa das cinco coordenadas pela Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) no combate à doença. O trabalho vai até 30 de abril. A expectativa é vacinar 45 mil bovídeos em mais de 580 propriedades rurais, que serão visitadas pelas equipes da agência nos dois municípios para acompanhar a imunização dos animais.
O trabalho é considerado complexo, principalmente porque a maioria desses lugares está localizada às margens de rios e furos d’água ou em outros locais de difícil acesso. A meta é imunizar 100% dos animais. Faro e Terra Santa são classificados como zonas de proteção, por fazer divisa com o Estado do Amazonas, que apresenta condição sanitária considerada de médio risco em relação à febre aftosa, enquanto o Pará mantém status livre da doença com vacinação, desde 2014.
O gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa da Adepará, George Santos, diz que a campanha tem o objetivo de proteger o rebanho paraense, criando, de fato, um cinturão de proteção para o Pará. “Há uma migração de animais entre os Estados, e o Amazonas ainda apresenta condição de risco, por isso precisamos resguardar nosso rebanho e nossa produção. Só conseguimos isso com a vacinação dos animais. Com a imunização podemos almejar melhor status sanitário ao rebanho do Pará, que é o quarto maior do Brasil”, ressalta.
Foto: Rodolfo Oliveira/Agência Pará
A região de divisa entre os dois Estados tem uma condição singular: parte considerável dos produtores tem áreas no Amazonas, que alagam em determinadas épocas do ano. Quando isso ocorre, migram o rebanho para propriedades paraenses. Por isso, a importância do controle, para que a doença não entre no Pará.
O diretor geral da Adepará, Luciano Guedes, afirma que Pará e Amazonas têm um termo de cooperação técnica que prevê diversas ações conjuntas para a promoção da defesa agropecuária. “Manter o Pará livre da febre aftosa foi uma das maiores conquistas do setor produtivo. Garantir a permanência deste status é importante para o produtor rural, que garante a sanidade e valorização do rebanho. Para contribuir com essa garantia, a parceria entre os Estados é fundamental, sobretudo para que tenhamos um Brasil livre de febre aftosa em 2018”, diz.
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Livre
O Pará vai requerer junto ao Ministério da Agricultura o certificado de área livre da febre aftosa para a região do Marajó e municípios de Faro e Terra Santa. Essas são as únicas zonas do Estado que ainda não detêm o reconhecimento. Caso o ministério conceda o certificado, todo o Pará será considerado área livre da doença.
Para subsidiar o requerimento, a Adepará coordenará um grande trabalho de sorologia nessas regiões, com amostragem de animais e de propriedades, que serão analisadas para determinar se o rebanho local está, de fato, livre da doença. “Será um grande avanço, uma conquista dos produtores dessas regiões, que ganham mercado com a certificação, pois poderão comercializar seus produtos nos mercados mais exigentes”, observa Luciano Guedes.
Campanhas contra febre aftosa ao longo do ano
15 de março a 30 de abril – zonas de proteção de Faro e Terra Santa;
1 a 31 de maio – campanha estadual de vacinação/ maio 2016;
15 de julho a 30 de agosto – zonas de proteção de Faro e Terra Santa;
15 de agosto a 30 de setembro – Ilha do Marajó (etapa única, em função das condições geoclimáticas);
1 a 30 de novembro – campanha estadual de vacinação/ novembro 2016.
Pesquisador explica que a planta possui componentes fitoquímicos com forte atividade antioxidante, o que pode contribuir para tratamentos de doenças crônicas.