Entre os lugares visitados pelo jornalista, estão a sacada do prédio em que Chaves vê o mar pela primeira vez e a porta giratória em que o lendário personagem de Roberto Gómez Bolaños fica preso.
O jornalista Robson Moreira, de 31 anos, realizou um sonho de infância que com certeza é muito melhor do que “ver o filme do Pelé”: de férias, ele decidiu viajar até a cidade litorânea de Acapulco, no México, e refazer a rota feita pelo personagem Chaves e sua turma no clássico episódio do seriado criado por Roberto Gómez Bolaños, tão amado pelos brasileiros.
Robson, que é apresentador do Jornal de Roraima 1ª Edição, na Rede Amazônica, sempre foi fã do programa e assim como muitos brasileiros tem marcado na memória o icônico episódio em que o personagem Chaves viaja com todo o elenco para passar as férias em Acapulco, no Estado de Guerrero, Sudoeste do México. Divido em três partes, a viagem icônica foi ao ar em 1977, há 45 anos.
“Chaves tem uma afinidade muito grande com os brasileiros, fez parte da infância de muita gente e no meu caso foi assim também. Desde criança comecei a assistir e me encantei muito, e pensava ‘um dia eu quero conhecer esse lugar, um dia eu quero ir no México, conhecer o país deles, ir onde eles foram em Acapulco’. Foi uma aventura grande, um perrengue que valeu a pena”, relata.
Com as cenas da turma curtindo as praias da cidade em mente, Robson chegou em Acapulco na última terça-feira (8) e refez a mesma rota dos personagens. Ele, inclusive, se hospedou no mesmo hotel que foi cenário da clássica viagem. O lugar se tornou atração turística e é visitado por muitos fãs do seriado. Robson registrou tudo em fotos com montagens, mostrando como era na época em que o episódio foi gravado, em 1977, e como está atualmente.
Entre os lugares visitados pelo jornalista estão a sacada do prédio em que Chaves ver o mar pela primeira vez, a porta giratória em que o lendário personagem de Roberto Bolaños fica preso e protagoniza diversas cenas cômicas, e claro, a praia em que a turma se reúne para um luau na emocionante cena em que eles cantam a canção ‘Boa Noite Vizinhança’.
No hotel, Robson ficou hospedado no mesmo andar que os personagens ficaram. Ele conta que foi impossível conter a emoção:
“Foi um sonho conhecer esse lugar, esse hotel, esse mar, essa piscina. Fiquei no mesmo hotel que a turma do Chaves ficou, consegui reservar e, quando cheguei, pedi para recepção para ficar o mais próximo possível do quarto que o Chaves ficou. Nisso, consegui me hospedar no mesmo andar que eles ficaram. É uma mistura de sentimentos, de alegria, de nostalgia, de felicidade. É incrível estar nesse lugar que fez parte da nossa infância. Muita gente sonha em estar aqui. Me sinto um privilegiado de ter conseguido”.
Robson Moreira
Viagem até Acapulco
Para chegar até Acapulco, Robson encarou muitas horas de viagem, entre ônibus e avião: foram três dias de Boa Vista até Acapulco. Da capital de Roraima ele precisou ir para Brasília, onde passou o dia. Em seguida, voou até Cancún, em um voo que durou 7h30. Ao chegar na cidade, precisou pegar um ônibus até a Cidade do México, e foram 26 h de estrada.
Ao chegar na capital do México, pegou outro ônibus para Acapulco, o que levou mais 7h de viagem. “Foram muitas horas de viagem que valeram muito a pena”, assegura o jornalista.
Para ele, chegar no mesmo hotel e ver a mesma imagem que tanto assistiu nas diversas reprises do seriado foi algo que vai guardar para sempre na memória:
“A primeira vez que eu cheguei na sacada do hotel em que o episódio foi gravado me causou um choque, um baque tão grande, uma mistura de nostalgia com felicidade. Quando abri a cortina da sacada e vi a vista que eles viram, e que a gente via também na televisão, deu uma adrenalina muito grande. É uma emoção muito forte, nessa hora eu me emocionei muito. Aquilo que eu vi na televisão quando era criança eu ‘tô’ vendo agora, pessoalmente, é indescritível”.
Robson Moreira
Robson sempre foi fã do programa e além da memória afetiva, também coleciona bonecos dos personagens.
“Desde criança é algo que eu amo. Faço coleções de miniaturas, tenho fotos, tive a felicidade de conhecer o Seu Barriga em 2012 quando ele foi fazer um show lá em Minas Gerais. Ele está mais magro hoje depois de uma bariátrica, mas foi um sonho realizado também, assim como estou realizando outro visitando Acapulco”, conta.
“Me lembro que eu ia para a casa da minha avó e já corria para ligar a televisão, sabia que estava no horário do programa. Sempre foi um programa com a linguagem legal, não tinha aquele humor apelativo, sempre manteve esse humor inocente”, relembra.
A conexão do jornalista com o programa de televisão dos anos 1970 é tanta que ele atribui à turma da vila a sua paixão pela comunicação e pela televisão. “Foi importante, pois se eu trabalho na televisão, se eu decidi ser um jornalista foi por ter assistido Chaves, ler as histórias, e comecei a ter um gosto pelo mundo da televisão. Se eu sou um jornalista hoje, que trabalha na televisão, foi por conta do Chaves. Então teve um impacto em toda a minha vida, devo muito ao Chaves”, pontua.
Agora que conhece Acapulco, o jornalista estuda a possibilidade para em outro momento conhecer a cidade de Tangamandápio, cidade mexicana em que o personagem Jaiminho, o carteiro, nasceu.
*Por Caíque Rodrigues