Foto: Oséias Martins/Amazônia Agro
“Uma revolução no campo!”. É assim que operadores de drone descrevem a chegada da tecnologia em propriedades rurais de Roraima. No município de Mucajaí, ao Sul do estado e onde a pecuária de corte se destaca, a aeronave virou aliada dos criadores de gado.
O drone sobrevoa as áreas de pasto pulverizando produtos agrícolas para eliminar as plantas daninhas que comprometem a qualidade das plantas forrageiras, espécies usadas para alimentar os animais, principalmente o gado.
Segundo o piloto de drone Marcos Junior, além da pulverização, é possível também fazer a dispersão de sementes de pastagem, o que representa uma vantagem na produção de alimento para o rebanho.
“Com o drone nós podemos fazer o mapeamento de qualquer tipo de área, fazendo um plano de voo e aplicamos defensivos e adubos de forma mais precisa na área”, explica Marcos Junior.
Os drones agrícolas estão diretamente ligados à chamada agricultura de precisão. O método busca otimizar os recursos, evitando desperdício de produtos ou perdas nas áreas de produção.
De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Brasil tem cerca de 2,5 mil drones destinados à agricultura. Em Roraima, o número de profissionais e empresas que atuam no setor teve crescimento, conforme explica o técnico especializado em drone, José Iran.
“O mercado dos drone está com muita procura em Roraima. Tem muitas pessoas vindo de fora para trabalhar com isso aqui e os fazendeiros estão comprando o equipamento”, diz José Iran.
Para Marcos Junior, a aeronave pode ser usada em diversos tipos de culturas agrícolas e executa atividades como monitoramento de lavouras, aplicação precisa de insumos e geração de dados que otimizam as atividades no campo.
“Essa tecnologia é bastante versátil e serve para aplicação de produtos em plantações de grãos, frutas, hortaliças e pastagens”, ressalta o piloto de drones.
Comparado a outros métodos de pulverização, o drone pode ter melhor custo benefício e atende pequenos e grandes produtores. Os desafios do uso são o tempo de voo e a capacidade de carga limitada. A bateria de alguns dura 3h.
Apesar disso, a tendência é que o uso de drones agrícolas continue ganhando espaço nas áreas de produção de Roraima. A expectativa dos produtores é de que o equipamento contribua para uma agricultura mais moderna e eficiente.
*Por Raquel Maia, da Rede Amazônica RR