A área de garimpos superficiais detectados para o ano de 2020 é o recorde histórico da série, o valor máximo nos 36 anos analisados.
Dados da plataforma MapBiomas mostram que a área garimpeira na bacia do rio Madeira saltou de 3753 hectares em 2007 para 9660 hectares em 2020, uma expansão de 5907 hectares. Vale lembrar que a área de garimpos superficiais detectados para o ano de 2020 é o recorde histórico da série, o valor máximo nos 36 anos analisados.
O MapBiomas mapeia a superfície do território nacional, ou seja, garimpos que estão acima da lâmina d’água e passíveis de observação por satélites.
Segundo César Diniz, coordenador técnico do mapeamento de mineração do MapBiomas, “é também reconhecido pela comunidade científica e de domínio público, que imagens de satélite da região já mostram atividade de balsas de extração de ouro, afixadas no atual trecho do rio Madeira, a pelo menos 1 mês atrás”. Cesar se refere às imagens dos satélites CBERS4A (do INPE) e Sentinel-2 (da ESA), ambos de domínio público, bem como imagens de alta resolução espacial e diárias da constelação de satélite da empresa Planet, de domínio privado, porém adquiridas pelo governo.
O MapBiomas é uma iniciativa multi-institucional, que envolve universidades, ONGs e empresas de tecnologia, focada em monitorar as transformações na cobertura e no uso da terra no Brasil. Foi apresentado a ‘Coleção 6’ dos mapas anuais de cobertura e uso da terra no Brasil de 1985 a 2020 de mineração industrial e de garimpo.