Atividades como a vigilância em propriedade rural de riscos para a doença, inspeção de patas e boca dos bovinos e a vigilância a partir da notificação de suspeita de doença vesicular, foram realizadas nas cidades de Santa Luzia do Pará e Paragominas, nas regiões nordeste e sudeste do Pará.
Exames clínicos também foram realizados nos bovinos por médicos veterinários. O trabalho de vigilância epidemiológica faz parte da rotina da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) e integra o planejamento para o cumprimento de metas do Programa Estadual de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (GPEEFA).
Em Santa Luzia, oito propriedades rurais do município foram fiscalizadas, onde não foram encontradas lesões suspeitas de doença vesicular nos animais examinados.
Em Paragominas, a fiscal agropecuária Arlinea realizou atendimento à notificação suspeita de doença vesicular por conta de feridas entre as unhas de alguns animais, o que fazia com que mancassem. A entrevista com os produtores responsáveis pelos animais e o exame clínico realizado o que descartou a possibilidade de doença vesicular.
Aftosa
A febre aftosa é uma doença viral grave e altamente contagiosa, podendo ocorrer em bovinos, suínos, ovinos, caprinos e outros animais de casco fendido (bipartido). Não afeta cavalos, cachorros, gatos ou seres humanos.
Os sinais mais conhecidos da doença incluem vesículas, semelhantes a bolhas, que estouram num curto espaço de tempo e causam erosões na boca ou nos pés, resultando em salivação excessiva e em alguns casos claudicação, que é quando os animais têm dificuldade para andar e começam a mancar.
A febre aftosa provoca grandes perdas na produção de leite e carne, além de outros transtornos para os criadores, como impedir a comercialização de animais e seus produtos e subprodutos
Por ser uma doença com potencial para se alastrar rapidamente em amplos territórios, ocasionando graves consequências sociais e econômicas, a febre aftosa é uma das enfermidades de animais mais combatidas no mundo.
Vigilância
O trabalho de vigilância tem o objetivo de prevenir a febre aftosa ou detectá-la precocemente o que possibilita uma resposta rápida em casos de foco da doença. Além disso, as ações de vigilância são uma forma de demonstrar a ausência de circulação do vírus da febre aftosa. Em maio de 2018 o Pará recebeu o reconhecimento internacional de área 100% livre da febre aftosa, durante a programação da 86ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris, na França.
A retirada da vacinação representará uma economia de R$ 60 milhões para os produtores e também contribuirá de forma positiva para a cadeia produtiva do Estado. O Pará livre da febre aftosa sem vacinação vai garantir a abertura de mercados em todo o mundo.