Separe as contas e os investimentos

Não importa o porquê, muita gente se perde na hora que o assunto é finanças. Da organização à gestão de gastos, dos dilemas de onde investir mais a necessidade de capital de giro.

Falar sobre a funcionalidade de separar as naturezas e execução de investimentos de PF e PJ poderia muito bem fazer com que esse texto fosse classificado como um repeteco (e, honestamente, acho que ainda vou repeti-lo inúmeras vezes).

Todo ano novas empresas nascem. Sonhos grandes, de oportunidade e por necessidade. Não importa o porquê, muita gente se perde na hora que o assunto é finanças. Da organização à gestão de gastos, dos dilemas de onde investir mais a necessidade de capital de giro.

Não tem jeito, embora existam “melhores práticas” para o tema, eu realmente acredito que cada caso é um caso e que não existem negócios iguais. Inclusive, muitos negócios são feitos por uma pessoa só. Como colocar todo mundo em um mesmo critério e forma de trabalhar? Spoiler: não tem como.

Foto: Mohamed Hassan/Pixabay

Não existem dúvidas que, independentemente do ramo, tamanho e resultado, é necessário fazer o controle das entradas e saídas no fluxo de caixa. O último ponto é o mais principal. Mesmo um negócio com grandes vendas precisa controlar a forma como o dinheiro é usado.

E esse acaba sendo o primeiro ponto que devemos ter atenção. Seja usando um caderno, um aplicativo no smartphone ou ainda uma ferramenta eletrônica para gerenciar o uso do dinheiro (hoje já existem inúmeros recursos disponíveis na web).

Saber como esse dinheiro é usado responde a quase todas as perguntas sobre lucros e margem de resultado. O óbvio precisa ser dito: se o seu negócio gasta mais do que arrecada, ele quebra. E nós não queremos entrar para essa estatística, correto?

Controlando as saídas e entradas é o caminho para responder a pergunta sobre os investimentos. E aqui temos alguns pontos de atenção. O primeiro sobre que tipo de investimento faz um negócio crescer e o segundo que além de investir no seu negócio é preciso cuidar dos seus investimentos como pessoa física.

Não dá para usar todo o excedente de resultado e simplesmente alocar tudo no seu negócio. Seja comprando mais mercadorias, equipamentos, contratando mais gente ou mesmo expandindo o alcance do marketing.

A concentração pode se tornar um problema. Vimos ao longo dos últimos dois anos o dano devastador que foi a pandemia do coronavírus e a quantidade de negócios que fecharam porque não tinham reservas.

É lógico que todo negócio precisa de investimento para crescer ou se manter competitivo, porém paralelo a isso, você deve cuidar das suas próprias reservas. Afinal de contas, é bem possível que nem todos os seus planos e sonhos estejam integrados ao seu negócio.

A natureza separada das atribuições financeiras permite que você enxergue as variáveis e cuide bem do dinheiro. Nem sempre é possível fazer os dois e muitos acabam priorizando garantir a continuidade do negócio. Alguns outros acabam misturando tanto as contas e usando o dinheiro da empresa para usufruto próprio que nem percebem o tamanho do buraco que estão abrindo.

Esse texto é um alerta para você que empreende e muitas vezes passa por esse dilema. Comece se organizando dentro das suas condições. Monte um plano de ação e avalie as estratégias e possibilidades para empregar melhor o seu dinheiro

Não basta ter um negócio que seja somente bom hoje, ele precisa perdurar. 

Sobre o autor

André Torbey é empreendedor, planejador financeiro e consultor de negócios. Desde 2016 empreende como consultor e planejador financeiro após uma experiência de mais de oito anos no mercado financeiro.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista


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