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Sexta, 26 Abril 2024

Queimadas e desmatamento na Amazônia: para onde a fumaça está indo?

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Nas últimas semanas você deve ter se deparado com uma densa e grande nuvem de fumaça nos estados do Amazonas e Rondônia. Dentre outros fatores, o que ocasionou esse fenômeno foi o aumento de queimadas na Amazônia, intensificadas no verão e que prejudicam a respiração e visibilidade na cidade.

Nesse contexto, um modelo que projeta a dispersão de aerossóis chamado sistema Copernicus, indica que a grande quantidade de fumaça que cobre a região amazônica vai chegar ao Sul do Brasil. 

O Portal Amazônia explica para onde as fumaças da Amazônia estão indo e quais os principais impactos do desmatamento. Confira:

Foto: DivulgaçãoMetsul

Como isso ocorre

A fumaça é levada por um corredor de vento, uma corrente de jato de baixos níveis na atmosfera, a cerca de 1.500 metros de altitude, que vai passar pelo Centro-Oeste, o Paraguai, o Norte da Argentina e, finalmente, o Sul do Brasil.

Este tipo de corrente de vento de Norte é comum horas antes da chegada de uma frente fria. De acordo com a MetSul Meteorologia, um sistema frontal vai avançar pelo Sul do Brasil. Com o ingresso de ar frio após a passagem da frente fria, com correntes de vento de Sul, a tendência é o ar ficar limpo.

Queimadas 

A grande quantidade de fumaça na Amazônia decorre de um número incomum e altíssimo de queimadas que vem se registrando na região amazônica. Dados do programa de queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o número de focos de calor em agosto, até o dia 25, foi de 25.991. Inevitavelmente a média mensal de 26.299 será superada no mês. Será o quarto ano seguido com mais fogo na Amazônia em agosto do que a média.

Os últimos dias registraram números altos de focos de calor na Amazônia, de acordo com o Inpe. Somente no último dia 22 foram 3.458 focos e no dia 24 os satélites identificaram 2.475 focos.

Os focos captados no dia 22 representam o maior número diário para agosto na Amazônia desde 2002, conforme o Inpe. Em 23 de agosto de 2002, os satélites captaram 3.548 focos de calor. No dia 25 de agosto de 2002, outras 3.300 queimadas foram identificadas.

A fumaça chegou a cobrir as cidades de Porto Velho (RO) e Manaus (AM). Em Manicoré, no Sul do Amazonas, moradores dizem jamais ter visto tanta fumaça no céu. O município está no ranking dos dez com o maior número de focos de incêndio acumulados neste mês.


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