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Sábado, 04 Mai 2024

Acre, Amazonas e Pará concentram quase 80% do desmatamento na Amazônia Legal, aponta Imazon

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O Acre foi destaque negativo no levantamento mensal sobre o desmatamento na Amazônia Legal divulgado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), com dados obtidos via Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD). 

Segundo o boletim, o Estado, mesmo tendo uma das menores áreas territoriais entre os nove Estados da região, concentrou 19% de toda a devastação no mês de agosto.
Acre está entre três estados que concentram quase 80% do desmatamento na Amazônia Legal, aponta Imazon. Foto: Reprodução/Arquivo BP-AC

Em agosto deste ano, Pará, Amazonas e Acre concentraram 77% de toda a derrubada detectada na Amazônia Legal.

"O que vemos no Acre são expressivas áreas sendo abertas nos municípios de Feijó, Tarauacá e Cruzeiro do Sul, que fazem divisa com o estado do Amazonas. Além disso, a destruição se faz presente inclusive em áreas que por lei são protegidas, como a unidade de conservação federal Resex Chico Mendes, que vem sofrendo com grande pressão dos desmatadores ilegais",

comentou Bianca Santos, pesquisadora do Imazon.

Conforme os dados, a derrubada no Acre em agosto deste ano foi de 108 quilômetros quadrados. Isso representa uma queda de 38% em relação ao mesmo mês no ano passado, quando foram registrados 173 km² de derrubada da floresta no Estado. 

Fonte: Imazon

Entre janeiro e agosto deste ano foram registrados 241 quilômetros quadrados de desmatamento no Acre. Comparado ao mesmo período do ano passado, o número representa uma redução de 61%. Nos primeiros nove meses de 2022, o Acre desmatou 620 km².

Situação crítica 

Entre os 10 municípios da Amazônia Legal considerados em situação crítica pelo Imazon em agosto, três são do Acre: Feijó, com 29 km² de desmatamento; Tarauacá, com 18 km²; e Cruzeiro do Sul, com 10 km². 

Já entre as Unidades de Conservação Federais, a mais afetada é a Resex Chico Mendes, com 8 km² de desmatamento. A Resex Alto Juruá é a terceira mais crítica, com 3 km².

Em relação a toda Amazônia Legal, a destruição da floresta amazônica teve uma queda de 60% em agosto deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022. Conforme os dados, a derrubada na região passou de 1.415 km² em agosto do ano passado para 568 km² no mesmo mês em 2023. Com isso, o acumulado de janeiro a agosto foi o menor desde 2018.

Apesar da melhora, o território devastado de janeiro a agosto deste ano equivale a quase duas vezes o tamanho da cidade de São Paulo e foi o sétimo maior de toda a série histórica do monitoramento, que iniciou em 2008.

Estado que mais desmatou a Amazônia em agosto, o Pará foi responsável por 33% de toda a destruição no período. Já no Amazonas, segundo estado que mais destruiu a floresta em agosto, com 25% do desmatamento registrado na região. O Acre aparece como o terceiro que mais desmatou no mês passado. 

"Estamos reiteradamente alertando sobre o avanço do desmatamento no sul do Amazonas, na região de divisa com Acre e Rondônia. Conhecida como Amacro, a área possui uma forte pressão pela expansão agropecuária. Por isso, são necessárias medidas urgentes de fiscalização e destinação de terras públicas na região para evitar novas derrubadas ilegais, como infelizmente estamos vendo todos os meses",

disse Bianca.

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