Portal Amazônia responde: o que é um modelo econômico?

O economista Osíris Silva explica o que são modelos econômicos e como funciona o aplicado no Amazonas.

Modelo econômico é um termo bastante utilizado por economistas e agentes que atuam nas análises de mercado, além de agentes financeiros. Por ser uma expressão considerada mais técnico-científica, muitos não se interessam e não sabem de que forma os modelos econômicos podem afetar na geração de emprego e renda e na economia local.

O Portal Amazônia entrevistou o economista e escritor Osíris Araújo da Silva para entender o que são modelos econômicos com foco na Amazônia. Confira:

Foto: Divulgação/Ministério da Economia

Por definição, modelos econômicos são simplificações de empresas do mercado com a população em geral. Os modelos proporcionam um panorama do mercado econômico para realização de planejamentos e projeções para o futuro.

Um dos modelos econômicos mais conhecidos é o modelo da oferta e demanda. Este modelo tem como objetivo avaliar a interação entre os consumidores e produtores. Consiste basicamente em dois fatores: oferta e demanda. 

Quanto maior o preço do item, maior a quantidade produzida/vendida pelas empresas. E quanto menor o preço, maior o poder aquisitivo e por isso maior a quantidade de compra. Esse fator permite que se entenda como fatores externos podem ou não afetar o comportamento dos indivíduos e preços.

Outro ponto a ser considerado é o modelo de desenvolvimento econômico. No Brasil, as regiões Sudeste e Sul representavam os grandes polos industriais, com 73% do total, até o ano de 2015.

Por outro lado, o surgimento de novos polos industriais, como é o caso da Região Norte, é resultado de incentivos fiscais federais e estaduais e da expansão da renda urbana em cidades.

O economista Osíris Silva explica mais sobre o assunto:

1. O que, por definição, é um modelo de desenvolvimento econômico? Quais são os tipos?

Osíris Silva: “Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), modelos de desenvolvimento econômico são métodos de previsão, modelos estudados nas suas causas e principalmente analisadas as suas consequências, e que se destinam a sinalizar políticas públicas adotadas nas três instâncias de governo (federal, estadual e municipal) visando adequar ações públicas e privadas voltadas à promoção do desenvolvimento social, econômico e ambiental”.

2. Quais são os principais modelos econômicos utilizados no país e em especial na região amazônica? 

Osíris Silva: “Conforme Bertha Becker e Paulo Roberto Guimarães, em ‘Desenvolvimento sustentável: da retórica à formulação de políticas públicas’, o modelo de desenvolvimento atual industrial/tecnológico – com o predomínio de estratégias de mercado e a globalização da economia -, depara-se com a crescente desigualdade social e ao aumento da distância econômica, social e ambiental entre os países, ou seja, este é um sistema de desenvolvimento ecologicamente depredador, socialmente perverso e politicamente injusto, tanto nacional como internacionalmente. Uma estratégia para superar esses problemas seria mudar o atual estilo de desenvolvimento adotando os critérios de sustentabilidade”.

3. A Zona Franca de Manaus pode ser considerado um modelo econômico?

Osíris Silva: “Com certeza. O DL 288/67, ao instituir a Zona Franca de Manaus, por meio de seu Art. 1º, define claramente os propósitos específicos do ato governamental. Como segue: DL 288/Art. 1º – A Zona Franca de Manaus é uma área de livre comércio de importação e exportação e de incentivos fiscais especiais, estabelecida com a finalidade de criar no interior da Amazônia um centro industrial, comercial e agropecuário dotado de condições econômicas que permitam seu desenvolvimento, em face dos fatores locais e da grande distância, a que se encontram, os centros consumidores de seus produtos”.

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