Conheça as curiosidades do Pólo Industrial de Manaus

Um dos principais parques industriais do país, o PIM abriga mais de 600 indústrias e cerca de 500 mil empregos

Quem nunca viu aquele símbolo da simpática garça de asas abertas em pleno voo sobre a frase “Conheça a Amazônia”? A marca é ostentada por produtos fabricados no Polo Industrial de Manaus (PIM), que abriga mais de 600 indústrias, especialmente concentradas nos setores de televisão, informática, bebidas e motocicletas.

Em Manaus, são fabricados produtos que fazem parte do dia a dia de todos os brasileiros, tais como televisores, motocicletas, smartphones, condicionadores de ar, notebooks, canetas esferográficas e barbeadores. Cerca de 95% da produção do PIM é destinada a abastecer o mercado nacional.

O objetivo é compensar ou reduzir as desvantagens em uma região de difícil logística e que se encontrava isolada dos maiores centros urbanos do Brasil, promovendo assim desenvolvimento e integração socioeconômica às demais regiões do país.

Primeira indústria

Foto: Arquivo/Suframa

O lançamento da pedra fundamental do Distrito foi feita em 30 de setembro de 1968 , reunindo no ato o superintendente da Zona Franca de Manaus, Floriano Pacheco, e o governador do Amazonas, Danilo Duarte de Mattos Areosa. 

Esta data marcou também a aprovação do projeto da Beta S/A, fabricante de joias e relógios que entrou para a história como o primeiro projeto industrial aprovado para se instalar na Zona Franca de Manaus. A Beta não esperou pela inauguração do Distrito Industrial para se instalar e adquiriu um terreno na zona Centro-Sul de Manaus, onde funcionou até meados da década de 90.

Além de Manaus

Além da Zona Franca de Manaus propriamente dita, que é a área original prevista no Decreto-Lei nº 288/1967, a Suframa administra outras áreas incentivadas da região amazônica. 

As Áreas de Livre Comércio foram criadas para promover o desenvolvimento das cidades de fronteiras internacionais localizadas na Amazônia Ocidental e em Macapá/Santana, com o intuito de integrá-las ao restante do País, oferecendo benefícios fiscais semelhantes aos da Zona Franca de Manaus, com incentivos do IPI e do ICMS, proporcionando melhoria na fiscalização de entrada e saída de mercadorias, fortalecimento do setor comercial, abertura de novas empresas e geração de empregos.

Atualmente existem sete regulamentadas: ALC de Tabatinga, no Amazonas; ALC de Guajará-Mirim, em Rondônia; ALCs de Macapá e Santana, no Amapá; ALCs de Brasileia/Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul, no Acre; e ALCs de Boa Vista e Bonfim, em Roraima.

Especialização da mão de obra

Foto: Divulgação/UEA

Como exemplo dos efeitos dinamizadores proporcionados pelo modelo de desenvolvimento regional, antes da Zona Franca de Manaus (ZFM), o Amazonas possuía uma única universidade; atualmente, são dezenas. O número de cursos de mestrado e doutorado, antes inexistentes, chega a mais de 70 atualmente. 

Um exemplo disso é a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que possui unidades em todos os 62 municípios amazonenses, e é mantida por contribuições feitas pelas indústrias do PIM, garantindo o acesso à educação de nível superior em todo o estado.

Nos demais estados da área de atuação da Suframa, convênios também viabilizaram a infraestrutura das universidades federais do Acre e de Rondônia, além de investimentos em capital intelectual por meio de programas de especialização, mestrado e doutorado em toda a Amazônia Ocidental.

Gostinho regional

Foto: Divulgação/Brasal Refrigerantes

No Polo Industrial de Manaus estão instaladas fábricas com a mais moderna tecnologia para a produção de eletrodomésticos, produtos de informática, telefones celulares, veículos e também os concentrados que servem de base para a elaboração de refrigerantes em todo o país.

Dos setores instalados na ZFM, a indústria de concentrados é a única que, por determinação legal, precisa elaborar seus produtos com matéria-prima agrícola de produzida na região. Com isso, as fabricantes de concentrados de refrigerantes instaladas na ZFM se tornam parte importante do desenvolvimento socioeconômico da região, com uma infinidade de projetos sociais, culturais e ambientais.

Preservação da natureza

Os 500 mil empregos oferecidos na região pela ZFM evitam que as populações tratem a floresta como meio de subsistência. Ou seja, o Polo Industrial está diretamente associado à proteção da floresta. Esse é um dos motivos pelos quais o Amazonas tem mais de 95% de sua cobertura vegetal preservados, um dos menores índices de desmatamento da Amazônica Legal.

Produtos curiosos

Foto: Akira Onuma

Além de televisões, computadores, refrigerantes, bicicletas, motocicletas e outros produtos que você já conhece, o Polo Industrial de Manaus também é responsável pela fabricação de itens um pouco mais inusitados. Entre eles estão as tornozeleiras eletrônicas utilizados para monitoramento do cumprimento de penas, turbinas hidráulicas usadas em hidrelétricas e até mesmo  terminais de caixas eletrônicos.

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