Governo do Pará defende pesquisa, inovação e bioeconomia para preservação da Amazônia

Semas dá continuidade à defesa dos projetos do Governo do Pará na conferência mundial do clima, a COP 28, em Dubai.

Na COP 28, em Dubai, o secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O’de Almeida, reforçou a posição do Governo do Pará diante das mudanças climáticas e da necessidade de preservação da Amazônia, que prioriza os investimentos em pesquisa, inovação e estímulo à bioeconomia na transição da economia paraense para um modelo de baixa emissão de carbono.

O titular da Semas, que no sábado (9) deu continuidade às agendas da gestão estadual na conferência sobre mudanças climáticas, participou de um painel promovido pelo Woodwell Climate Research Center, organização de pesquisa científica que estuda os impactos e soluções das mudanças climáticas, e de um evento promovido pelo Governo do Reino Unido.

“O Reino Unido está nos ajudando a estruturar o Centro de Sociobioeconomia do Pará, que vai proporcionar aceleração para negócios voltados à bioeconomia, trabalhando essa conexão com os nossos bionegócios e a pesquisa, com o objetivo de estimular a geração de empregos verdes. Além disso, trabalhar o cooperativismo é também nos interessa. Portanto, essa parceria com o Reino Unido vai ao encontro dos nossos objetivos”, 

informou o secretário Mauro O’de Almeida.

Foto: Thalmus Gama/Agência Pará

Érica Gouveia, líder de Florestas e Uso da Terra na Embaixada Britânica, destacou os objetivos da parceria com o Estado do Pará. “Esse Centro é muito importante pra nós porque o Reino Unido quer fazer essa parceria com o Pará para desenvolver a bioeconomia do País, como uma forma de manter a floresta em pé. E o elemento de ciência é muito importante pra isso. Por isso que a gente fez essa parceria com o Estado do Pará nesse sentido de valorizar a ciência, trazer a ciência pra dentro da floresta. Esse Centro tem o objetivo de garantir com que todos os atores participem do processo: governo, sociedade civil, comunidades e empresas, e trazer esse elemento de ciência pra floresta, como esses negócios podem ser otimizados com mais produtividade, mais engajamento”, disse Érica Gouveia.

Também participaram do painel Carina Pimenta, secretária Nacional de Bioeconomia do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima; Richard Ridout, diretor de Energia, Clima e Meio Ambiente na Embaixada do Reino Unido no Brasil, e Sultana Bashir, Head de Programação Florestal Internacional do Governo do Reino Unido.

Conservação 

No painel ‘As crônicas Amazônicas: histórias de conservação, colaboração e mudança das partes interessadas’, o titular da Semas defendeu a ciência aplicada para a conservação dos recursos naturais. “Quando a gente perde uma árvore, a gente perde sobre vários aspectos. Sejam synkthinks como woodwell, a gente precisa fazer ciência aplicada, fazendo estudos de oportunidades econômicas, qual a repercussão disso ou da degradação para outros vetores do poder público, como a saúde ou quanto se gasta de assistência social, com previdência.

Sobre o processo de escuta popular no Estado, desde a Política Estadual de Mudanças Climáticas, do Plano de Bioeconomia (PlanBio), do Plano de Recuperação da Vegetação Nativa (PRVN) e do processo de construção do sistema jurisdicional de REDD+, além de ouvir as comunidades tradicionais, nós os acionamos como consultores, e eles dizem que pela primeira vez estão se sentindo em uma política feita com eles, e não para eles. Esse tem sido o grande exercício que temos feito”, enfatizou Mauro O’de Almeida.

O painel contou com a participação da ex-ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabela Teixeira; da diretora de Sustentabilidade da Friboi, Liège Correia, e de Selma Dealdina, da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq). 

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