Pesquisa aponta queda no preço do peixe em Belém

O recuo na comercialização é reflexo do término do defeso e também devido à diminuição das chuvas, que desfavorecem a pesca durante a cheia das marés.

Dieese aponta queda no preço do peixe em Belém. Foto: Reprodução/Prefeitura de Santarém

O consumidor belenense está pagando mais barato no peixe comercializado nas feiras e mercados municipais de Belém. A pesquisa apresentada em junho, pela Secretaria Municipal de Economia (Secon) e Departamento Intersindical de Pesquisa e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), revelou que, no mês de maio, grande parte das espécies de pescado apresentou recuo no valor da venda final.

“A variedade de peixes aqui na Amazônia é tão representativa que o pescado é um dos alimentos mais consumidos pelos paraenses. Essa queda no valor do peixe certamente vai favorecer muitas famílias que consumem o produto”

disse o secretário municipal de Economia, Apolônio Brasileiro.

O técnico do Dieese no Pará, Everson Costa, explica que “o recuo na comercialização é reflexo do término da grande parte das espécies que estavam no período de defeso e também devido à diminuição das chuvas, que desfavorecem a pesca durante a cheia das marés”.  

Pesquisa

De acordo com o estudo da Secon e Dieese/PA, as quedas mais representativas no valor do pescado, no mês de maio, foram: 

Xaréu com recuo de 17,21%;
Pirapema 16,31%;
Uritinga 12,77%;
Dourada 12,19%;
Tambaqui 11,02%;
Arraia 10,04%;
Pescada Amarela 10%;
Peixe Pedra 9,09%;
Piramutaba 8,60%;
Filhote 6,79%;
Surubim 6,17%;
Cachorro de Padre 4,57%;
Cação 3,87%;
Gurijuba, com queda de 1,99%.

Devido às sucessivas altas anteriores, a Secon e o Dieese observam, ainda, que o valor do pescado comercializado nos cinco primeiros meses do ano (janeiro a maio de 2023), teve alta de preços na maioria das espécies e a grande maioria dos casos com reajustes superiores acima da inflação, calculada em 2,79% (INPC/IBGE) para o mesmo período.

Já no balanço dos últimos doze meses (maio de 2022 a maio de 2023), também houve aumentos de preços, com reajustes superiores à inflação, registrada em 3,74% (INPC/IBGE) para o mesmo período. 

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