Por conta das queimadas, em setembro de 2024 o céu de Rondônia estava cinza. Já em 2025, é possível contemplar um céu mais limpo. Fotos: Daiane Mendonça/Secom RO
Em setembro de 2024, Rondônia viveu um cenário marcado pela fumaça e pelos focos de calor acima da média histórica. Os céus, que deveriam ostentar sempre o azul, como descreve o hino estadual, ficaram cobertos pela névoa das queimadas. Os registros chegaram a índices de emergência, resultado direto da forte estiagem e déficit hídrico enfrentados no período.
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Já em setembro de 2025, o panorama se transformou. De acordo com a Sala de Situação do Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia (CBMRO) e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), os focos de calor caíram de forma expressiva, com números próximos ou até abaixo dos mínimos históricos.
No mês de setembro, o acumulado de 2.840 focos representou uma redução de 87,7% do número de focos que já havia sido registrado no mesmo mês do ano passado. Nas Unidades de Conservação, a redução também foi significativa, reforçando o efeito das medidas de monitoramento e prevenção.
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Integração no combate às queimadas
Para o governador de Rondônia Marcos Rocha, esse resultado é fruto das ações integradas do governo de Rondônia.
“Desde o início do ano estamos com operações do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil, da Sedam e de órgãos parceiros que serão sempre muito bem vindos para somar esforços”, salientou.
Com o céu mais limpo os portovelhenses conseguiram enxergar o fenômeno halo solar, no dia 24 de setembro. O fenômeno é formado quando a luz do Sol atravessa cristais de gelo hexagonais presentes em nuvens altas. Mas é necessário que o céu esteja limpo de nuvens baixas, permitindo que os cristais de gelo em nuvens altas sejam visíveis.

Plataforma de monitoramento e tecnologias
Um exemplo de resultado positivo é o estudo que vem sendo feito pelo Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) que resultou em um painel que demonstra os resultados das ações do governo de Rondônia. O técnico do TCE-RO, ferramenta, que já está disponível na plataforma Mapbiomas deve trazer também dados por Unidades de Conservação”.
O comandante-geral do CBMRO reforça que “o uso de tecnologia de satélites de alta precisão, além de campanhas educativas junto às comunidades e produtores rurais. O investimento em prevenção refletiu em céus mais limpos, menor impacto ambiental e melhor qualidade de vida para a população”.
*Com informações do Governo de Rondônia
