Rio Negro registra descidas de 24 cm por dia em Manaus e atinge níveis abaixo das mínimas para o período

Dados do Serviço Geológico do Brasil, divulgados nesta sexta-feira (20), indicam que cota está mais de 4 m abaixo da faixa de normalidade.

Foto: Divulgação/SGB

Com descidas diárias de 24 centímetros (cm), o Rio Negro chegou à marca de 15,08 m nesta sexta-feira (20), em Manaus (AM). As informações estão disponíveis no 38º Boletim de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Amazonas, divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) e disponível na plataforma SACE. Devido ao cenário de seca extrema, foi decretada a interdição de banho na Praia da Ponta Negra, ponto turístico da região.

A mínima histórica registrada em Manaus foi de 12,7 m em outubro de 2023.

Níveis baixos e mínimas históricas na Bacia do Amazonas

Os níveis estão abaixo das mínimas em outros trechos da Bacia do Amazonas. Em Tabatinga (AM), o Rio Solimões registrou, nesta sexta (20), a mínima histórica (desde 1983): -2,06 m.

Na estação de Itapéua (AM), a cota atual é de 1,27 m – menor da história desde 1971. Em Fonte Boa (AM) está na marca de 7,72 m – a mais baixa da série de 1978.

O Rio Madeira chegou, no sábado (14), a 41 cm em Porto Velho (RO), a menor cota da série histórica, desde 1967.

Segundo o boletim, a última cota observada foi de 45 cm. Já o Rio Acre, na cidade de Rio Branco (AC), está na cota de 1,27 m – a segunda mínima histórica, atrás da marca de 1,24 m, registrada em 2022.

Parceria

O monitoramento dos rios é realizado a partir de estações telemétricas e convencionais, que fazem parte da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O SGB opera cerca de 80% das estações da RHN, gerando informações que apoiam os sistemas de prevenção de desastres, a gestão dos recursos hídricos e pesquisas.

As informações – coletadas por equipamentos automáticos ou a partir da observação por réguas linimétricas e pluviômetros – são disponibilizadas no Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH) e, em seguida, apresentadas na plataforma SACE.

*Com informações do SGB

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