Imagens de satélite registradas em setembro de 2023 foram divulgadas pelo Instituto Arayana. Ibama informou que mancha está em águas internacionais e fora da Zona Econômica Exclusiva (ZEE).
A Marinha e o Ibama informaram, no dia 6 de fevereiro, que abriram investigação para apurar um possível derramamento de petróleo a cerca de 438 quilômetros da costa do Amapá. Imagens de satélite analisadas e divulgadas pelo Instituto Arayara mostraram uma mancha de 116 quilômetros quadrados, o equivalente a 24 mil campos de futebol na região.
As imagens foram registradas em setembro de 2023 pelo satélite Sentinel-1 e processadas em parceria com a organização ambiental Skytruth. A Marinha informou que tomou conhecimento na terça-feira (6) sobre o caso. O Ibama disse que a mancha está em águas internacionais e fora da Zona Econômica Exclusiva (ZEE).
Para o analista de geociências do instituto, George Mendes, o caso é preocupante e deve ser investigado.
“Essa é uma região muito sensível e com grande biodiversidade. Existe um aumento no transporte de petróleo nessa região. A mancha é compatível com um navio que percorreu aquela área. O padrão é compatível com uma embarcação que vai do sul para o norte”,
explicou o analista.
Veja a nota do Ibama na íntegra
“O Ibama informa que recebeu o ofício e analisa o caso. O Instituto também entrou em contato com a Marinha do Brasil com o objetivo de unir os esforços para tratar o tema.
Cabe destacar que a data da ocorrência é de setembro do ano passado e foi constatada em águas internacionais, fora da Zona Econômica Exclusiva (ZEE). O Ibama ressalta que não existe registro de toque da mancha na costa brasileira”.
Veja a nota da Marinha na íntegra
“A Marinha do Brasil informa que apenas no final da tarde de hoje (5), tomou conhecimento de suposto vazamento de óleo, por meio do Ofício do Ibama em comento. A MB esclarece que as informações serão cuidadosamente analisadas e as ações cabíveis serão adotadas.
Cabe, ainda, ressaltar que a MB fiscaliza e ordena, regularmente, o tráfego aquaviário nas águas interiores e nas Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), espaço marítimo conhecido como Amazônia Azul, a fim de garantir a segurança da navegação, a proteção da vida humana no mar e a prevenção da poluição ambiental provocada por embarcações, conforme previsto na Lei n° 9.537/97 (LESTA) e no seu regulamento, Decreto n°2.596/1998 (RLESTA), que estabelecem as atribuições e competências da Autoridade Marítima.
Todas as informações e denúncias sobre poluição ambiental sempre serão investigadas pela MB, em colaboração com outros órgãos competentes”.
*Por Rafael Aleixo, do g1 Amapá