Pará investe em rede de monitoramento da qualidade da água

A ampliação na rede de monitoramento está prevista ainda para janeiro, nos rios da Região Metropolitana de Belém, sede da COP 30.

Foto: Fernando Sette

A partir deste janeiro, mês que inicia o ano de 2025, o Pará será o estado com o maior número de pontos de monitoramento da qualidade da água na Amazônia. Uma parceria entre a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e o Instituto Evandro Chagas (IEC) vai ampliar o atual sistema de monitoramento da qualidade das águas no Pará, reforçando a análise de dados relacionados à poluição e contaminação dos rios, o nível necessário de tratamento, além da capacidade de restauração natural dos corpos d’água no Estado, fornecendo dados essenciais para políticas públicas.

A parceria entre as duas instituições estabelece que as atividades do projeto ‘Monitoramento e Diagnóstico de Qualidade das Águas Superficiais’ como subsídios para o instrumento de outorga no Estado do Pará serão realizadas durante 60 meses.

Ao todo, a ação abrange os municípios de Marabá, localizado na região sudeste do Estado, e os municípios da Região Metropolitana de Belém. Os pontos de coleta serão divididos em sete zonas que correspondem a áreas de curso d’água localizadas nas duas regiões do Estado escolhidas para a realização da ação.

No total, serão realizadas 680 coletas, em 95 pontos, a cada 12 meses. Ao longo dos 60 meses, o projeto terá feito 3,4 mil coletas nos rios, mananciais, baías, igarapés e furos d’água selecionados. As amostras serão coletadas de acordo com os períodos sazonais da região, que serão: pontos chuvoso enchente; chuvoso vazante; estiagem enchente; e estiagem vazante. 

Foto: Divulgação/ Agência Pará

Raul Protázio Romão, secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, explica que atualmente o Pará já conta com uma rede de monitoramento e que, portanto, a parceria com o Instituto Evandro Chagas amplia a atuação do órgão estadual.

“Esse aperfeiçoamento irá proporcionar impactos econômicos e sociais, como a redução da poluição dos corpos receptores, evitando gastos futuros com programas de despoluição ambiental, geração de empregos pela atividade de turismo e lazer, decorrente dos recursos hídricos preservados, assim como a melhora na qualidade de vida da população devido a diminuição no número de casos de doenças associadas à qualidade da água”, afirma o titular da Semas.

Foto: Divulgação/ Agência Pará

Sobre o projeto – O projeto está dividido em 3 etapas de execução. A 1ª etapa vai buscar a caracterização e avaliação dos corpos d’água dessas macro-regiões. A 2ª etapa vai consistir no levantamento de dados de poluição/contaminação dos corpos d’água, bem como, o nível necessário de tratamento. E por fim, a 3ª etapa vai fazer o levantamento de informações de dados hidrodinâmicos e hidrográficos para avaliar a capacidade de autodepuração (restaurar suas características ambientais naturalmente) dos corpos d’água.

Ciência e governança – Luciene Chaves, diretora de Recursos Hídricos da Semas, afirma que a colaboração posiciona o Pará como referência.

Foto: Divulgação/ Agência Pará

*Com informações da Semas Pará

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