Pará registra menor área de desmatamento da década, aponta Deter

O Pará também lidera os resultados positivos na Amazônia Legal. Número representa uma redução de 21% em relação ao período anterior e de 66%, se comparado ao ano de 2020.

Foto: Bruno Cecim/Agência Pará

O Pará alcançou um marco histórico na luta contra o desmatamento: segundo dados do sistema Deter do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), analisados pela Secretaria de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas), o Estado registrou, no acumulado entre agosto de 2024 e julho de 2025, a menor área recoberta por alertas de desmatamento da última década, com 1.325 km².

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O número representa uma redução de 21% em relação ao período anterior, quando foram registrados 1.681 km², além de uma redução de 66%, se comparado ao ano de 2020, quando foram registrados 3.918 km² de área sob alertas. O resultado comprova que o Pará não foi o Estado que mais desmatou em 2025.

O desempenho positivo reafirma o papel de liderança do estado no enfrentamento à crise climática e à degradação ambiental na Amazônia Legal. O resultado se soma à queda verificada no mês de julho de 2025, com 182 km² de alertas, a menor área do mês desde 2019. Percentualmente, essa redução foi de 80%, em relação ao mesmo mês do ano de 2019, e de 36% com julho do ano passado. 

“O Pará está mostrando ao Brasil e ao mundo que é possível aliar desenvolvimento com proteção ambiental. Essa redução histórica no desmatamento é fruto de um esforço coordenado, com presença do Estado no território, fortalecimento da fiscalização e valorização de quem produz com responsabilidade”, afirmou o governador Helder Barbalho.

Com os novos dados, o estado permanece como um dos protagonistas no combate ao desmatamento na Amazônia Legal. Mesmo sendo um dos maiores estados da região, sua participação nos alertas caiu de 39% para 29% do total em um ano, enquanto outros Estados tiveram aumentos. 

No acumulado anual, foi reduzido em 356 km² a área sob alerta de desmatamento em comparação com 2024, mantendo a tendência de queda iniciada em 2021.

Segundo o secretário de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade, Raul Protázio Romão, os resultados reforçam a efetividade das políticas adotadas. “Estamos colhendo os frutos de uma atuação estratégica baseada em rastreabilidade, regularização ambiental, comando e controle e incentivo à produção sustentável. O Pará chegará à COP30 com resultados concretos, e isso dá ainda mais força à nossa agenda ambiental e climática”, destacou o secretário.

Leia também: Em março, Pará registra redução de 36% em área recoberta por alerta de desmatamento

Pará busca se tornar referência

Os dados divulgados pela Semas chegam em um momento estratégico, em que o estado se organiza para a 30ª Conferência das Partes sobre Mudança do Clima da ONU (COP30), que será realizada em Belém em novembro de 2025. A capital paraense será o centro das discussões climáticas globais, e os números posicionam o estado como exemplo de transição pra uma economia de baixo carbono.

A gestão estadual destaca ainda o papel da integração entre os órgãos ambientais, municípios e setor produtivo, que vem sendo fortalecida por meio de iniciativas como o Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), O Plano de Bioeconomia, o Programa Regulariza Pará e os investimentos em tecnologia de monitoramento.

“Esse resultado não é obra do acaso. É uma mudança de paradigma que envolve o campo, a cidade, a floresta e os povos que vivem nela. Estamos pavimentando o caminho para um novo modelo de desenvolvimento na Amazônia”, completou Helder Barbalho.

Embora o estado tenha registrado uma redução significativa, o cenário geral da Amazônia Legal aponta um leve aumento de 4% na área de desmatamento em comparação com o ciclo anterior.

Ainda assim, o total acumulado da Amazônia Legal em 2025 (4.495 km²) é o segundo menor dos últimos sete anos, o que reflete, em parte, os avanços regionais coordenados.

Com a visibilidade global proporcionada pela COP30, o governo espera consolidar parcerias, atrair investimentos verdes e acelerar a implementação de políticas públicas voltadas à conservação florestal e à justiça climática.

“Queremos transformar os bons números em melhores condições de vida para as populações da floresta e atrair os recursos necessários para ampliar nosso impacto positivo. A floresta em pé precisa valer mais do que derrubada, e o Pará está provando isso com dados”, finalizou Raul Protázio Romão. 

O Inpe também divulgou a taxa de desmatamento referente ao ano Prodes 2024, período compreendido entre agosto de 2023 a julho de 2024. De acordo com os números consolidados, o desmatamento no Estado foi de 2.395 km’, representando uma redução de 27,40% (-904 km) em relação à taxa registrada em 2023 (3.299 km). Trata-se do menor valor anual da série histórica recente (2019-2024), evidenciando uma tendência de queda progressiva.

*Com informações da SEMAS-PA

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