Um grupo de pesquisadores do Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), esteve nas Terras Indígenas Yanomami, em Roraima, entre mamio e junho, para estudar o nível de exposição de mercúrio das comunidades.
Durante o trabalho, foram coletadas águas fluviais e de consumo, sedimentos e peixes em Unidades de Conservação (UCs) Federais do Estado de Roraima. Segundo o grupo, o objetivo do estudo é monitorar a qualidade ambiental e dos teores de mercúrio nos peixes.
Segundo a pesquisadora do CETEM, Zuleica Castilhos, esta é a terceira visita para coleta de amostras. A primeira foi em novembro de 2023 e a segunda em março deste ano. Nas duas primeiras, foram coletadas amostras de águas de consumo, águas fluviais e sedimentos de rio dentro do território.
As atividades fazem parte do Projeto Monitora Y, que compõe a Rede de Monitoramento Ambiental em Terras Indígenas Yanomami e Alto Amazonas. “A região é amplamente atingida pela atividade de garimpo de ouro ilegal com consequências ainda não avaliadas criteriosamente quanto aos seus potenciais impactos ao meio ambiente e efeitos à saúde das populações locais, indígenas ou não”, diz Castilhos.
Além dos pesquisadores do CETEM, o trabalho também contou com a colaboração de pesquisadores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).
De acordo com o Censo Demográfico de 2023 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a etnia Yanomami é a maior do país e conta mais de 27 mil indígenas vivendo principalmente em Roraima e Amazonas.
*Com informações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)