Kinjá: peixe-boi “mais bonito do mundo” completa 21 anos

O charme desse peixe-boi é devido à marcante mancha branca que se estende da barriga, passa pela nadadeira peitoral e vai até o focinho, característica que, segundo especialistas, o torna o mais bonito.

Foto: Divulgação/Ampa

O peixe-boi da Amazônia conhecido por ser o “mais bonito do mundo”, o Kinjá, completa 21 anos de vida e ficará no tanque de exposição do Bosque da Ciência, em Manaus (AM), entre os dias 11 e 13 de fevereiro. Para comemorar essa data tão especial, o Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), em parceria com a Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa), celebrará a data com sensibilização ambiental e uma oficina de origami dia 12 a partir das 9h.

A atividade comemora a trajetória de Kinjá, mas principalmente busca conscientizar a população sobre a importância de conhecer e proteger essa espécie Amazônica ameaçada.

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A coordenadora do Projeto Peixe-boi do Inpa, que recebe apoio do Fundo de Conservação do SeaWorld & Busch Gardens, Vera da Silva, explica que o peixe-boi da Amazônia é a única espécie dentre os sirênios que possui uma mancha branca ou rosada na barriga.

“Esta característica contribui para o manejo no cativeiro porque cada indivíduo possui uma mancha única, funcionando como uma impressão digital e que ajuda na identificação de cada animal”.

Kinjá

Nascido em cativeiro no Inpa em fevereiro de 2004, Kinjá é filho da fêmea Boo e do macho Tupy. O charme desse peixe-boi é devido à marcante mancha branca que se estende da barriga, passa pela nadadeira peitoral e vai até o focinho, característica que, segundo especialistas, o torna o peixe-boi da Amazônia mais bonito.

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Projeto Peixe-boi do Inpa

O projeto peixe-boi do Inpa existe desde 1974 e a primeira reprodução em cativeiro aconteceu em 1998, com o nascimento do filhote macho Erê. Segundo da Silva, a reprodução da espécie começou a dar certo por conta da mudança no manejo e alimentação dos animais.

“A reprodução em cativeiro do peixe-boi da Amazônia está dominada e conhecida graças as pesquisas pioneiras realizadas pelo Instituto há mais de 40 anos, porém não é realizada há 10 anos por conta da grande quantidade de filhotes órfãos de peixes-bois que recebemos anualmente, há mais de 10 anos que não permitimos a reprodução da espécie no Inpa. Resgatamos em média de 10 a 15 peixes- bois por ano, por isso agora as fêmeas são separadas dos machos”, explica a bióloga que é doutora em Ecologia e Reprodução de mamíferos aquáticos pela Universidade de Cambridge (UK).

O Projeto Peixe-boi recebe apoio financeiro do Seaworld por meio do Fundo de Conservação do SeaWorld & Busch Gardens, para realizar as ações de manejo, readaptação à natureza, soltura nos rios e monitoramento dos animais soltos.

*Com informações do Inpa

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