Governo de Rondônia decreta emergência devido ao período crítico de estiagem

Porto Velho completou mais de um mês sem registros de chuva, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Decreto de emergência tem validade de 180 dias.

Bancos de areias sugem devido a seca do rio Madeira. Foto: Thiago Frota/Rede Amazônica RO

O governo de Rondônia publicou um decreto em que declara emergência em razão do período ‘crítico’ de estiagem enfrentado no estado. O decreto foi publicado no dia 4 de julho no Diário Oficial do Estado de Rondônia (Diof).

Em 2023, o rio Madeira chegou ao menor nível já registrado na história. Bancos de areia e montanhas de pedras surgiram onde antes era possível enxergar somente água. Desde então, especialistas já previam uma seca ainda mais extrema no estado em 2024.

Leia também: Entenda o que levou o rio Madeira a alcançar o menor nível já registrado

De acordo com o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), no dia 25 de Junho a cidade de Porto Velho completou um mês sem registro de chuva. Os moradores enfrentam altas temperaturas e tempo seco.

O monitoramento feito pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) também demonstra que não houve acumulado de chuva em junho e julho (até o momento) na capital de Rondônia.

No decreto, o governo de Rondônia considera as previsões que indicam baixos níveis pluviométricos prolongados no estado em virtude do fenômeno El Niño. O documento também aponta uma diminuição significativa nos níveis dos rios.

A Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd) informou ao g1 que ainda não há registros de desabastecimento devido à seca, mas é possível observar uma redução significativa em rios como:

  • Madeira, em Porto Velho;
  • Palmeira, em Espigão do Oeste;
  • Boa Vista, em Ouro Preto do Oeste;
  • Araras, em Cerejeiras;
  • Jaru, em Jaru.

O Executivo também aponta como justificativa do decreto a necessidade de evitar “risco pedagógico e de insegurança alimentar e nutricional” aos alunos da rede pública nos municípios mais afetados pela seca em caso de suspensão das atividades escolares por falta de água.

O que muda com o decreto?

O decreto que já etá em vigor tem validade de 180 dias. Através dele, autoriza a mobilização de todos os órgãos públicos estaduais para atuarem sob a coordenação do Comitê de Crise hídrica que foi instaurado durante a seca de 2023 e continua atuando.

O decreto do governo também dispensa a necessidade de licitação em casos de emergência ou de calamidade pública somente na “aquisição de bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de um ano”.

*Por Jefferson Carvalho, da Rede Amazônica RO

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Projeto leva ópera a estudantes de escola pública da zona sul de Manaus

Alunos do Centro de Educação de Tempo Integral (CETI) Cinthia Régia Gomes do Livramento, localizado na zona sul de...

Leia também

Publicidade