Em dois meses, mais de 400 focos de incêndio foram registrados no Amapá

Dos 426 focos registrados no estado, Mazagão foi o município que apresentou a maior porcentagem de concentração, já a capital Macapá foi a terceira.

Foto: Rafael Aleixo/g1 Amapá

Foram registrados no Amapá 426 focos de incêndio em 13 munícipios no período de setembro a outubro de 2024. Da quantidade, 22 foram totalmente combatidos, segundo um levantamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos (Ibama) divulgado no último dia 12.

Dos 426 focos registrados no estado, Mazagão foi o município que apresentou a maior porcentagem de concentração, já a capital foi a terceira. Veja:

  • Mazagão: 171 focos (40,1%)
  • Vitória do Jari: 53 focos (12,4%)
  • Macapá: 39 focos (9,2%)
  • Calçoene: 28 focos (6,6%)
  • Tartarugalzinho: 23 focos (5,4%)
  • Santana: 22 focos (5,2%)
  • Amapá: 13 focos (3,1%)
  • Laranjal do Jari: 9 focos (2,1%)
  • Pedra Branca do Amapari: 7 focos (1,6%)
  • Pracuúba: 7 focos (1,6%)
  • Ferreira Gomes: 5 focos (1,6%)
  • Porto Grande: 5 focos (1,2%)
  • Cutias: 1 foco (0,2%)

Dos municípios atingidos, o combate de focos foi registrado nos seguintes:

  • Laranjal do Jari : 1 foco combatido;
  • Tartarugalzinho: 6 focos combatidos;
  • Amapá: 15 focos combatidos .

Segundo a pesquisa, o combate em questão foi mapeado a partir do início do mês de novembro, registrados até o dia 10 do mesmo mês.

Dados são conforme levantamento do Ministério do Meio Ambiente, Ibama, Diretoria de Proteção Ambiental, Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais e a Coordenação estadual do Prevfogo-AP

Soluções de combate aos incêndios no Amapá

Uma iniciativa do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMbio) é o Sistema Vellozia, que mostra uma visão detalhada e estratégica de monitoramento das áreas florestais atingidas nas unidades de conservação federal.

O sistema apresenta dados relevantes sobre camadas de dados e autuações de infração, fornecendo informações aos gestores ambientais. E apresenta também uma precisão de análise espacial temporal das áreas que estão sendo diretamente impactadas pelas queimadas.

Além da proteção nacional, medidas estão sendo reforçadas no estado na busca do combate aos focos, como a Operação Amapá Verde. Outro fator que contribui para o aumento das queimadas em áreas florestais, é o período de intensa estiagem que enfrentam os 16 municípios do estado. O governo federal reconheceu situação de emergência nas cidades.

Dados da operação Amapá Verde

Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Amapá (CBM) a operação iniciou no dia 1º de agosto de 2024 e segue até o mês de dezembro do mesmo ano com a mobilização de 760 bombeiros militares.

No ano de 2023, a operação iniciou em 16 de agosto. Este ano os serviços foram antecipados devido aos altos índices de incêndios registrados no ano passado.

“O início antecipado em 2024 foi uma resposta aos altos índices de incêndios registrados no ano anterior, com o objetivo de intensificar as ações preventivas e minimizar os impactos ambientais”, disse a sargento do Corpo de Bombeiros do Amapá, Gisele Brasil.

O CBM divulgou ainda que a operação conta com 13 bases avançadas para prevenção e combate nos municípios com maior incidência de incêndios. Quatro bases foram instaladas em locais que já possuem quartéis dos bombeiros. São eles:

  • Vitória do Jari;
  • Laranjal do Jari;
  • Porto Grande;
  • Oiapoque.

Outras 9 foram montadas em locais que não possuem os quartéis da corporação, que também possuem incidência das queimadas, incluindo a comunidade de tartarugalgrande. São:

  • Ferreira Gomes;
  • Mazagão;
  • Cutias;
  • Pedra Branca do Amapari;
  • Tartarugalzinho;
  • Amapá;
  • Itaubal;
  • Calçoene
  • Vitória do Jari

Os bombeiros informaram ainda que esse ano a prioridade foi a prevenção com 8.586 pessoas atendidas. O serviço foi reforçado com o nivelamento de 38 militares pela Força Nacional. De 1º de agosto até 13 de novembro, foram feitos:

  • 475 Combates;
  • 398 Prevenções;
  • 688 Monitoramentos.

*Por Isadora Pereira, da Rede Amazônica AP

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