Equipe interdisciplinar registra pesquisa sobre relação de indígenas e o Rio Nãnsepotiti, na Amazônia

A pesquisa interdisciplinar é realizada sobre a ligação entre o povo Panará e o Rio Nãnsepotiti, na divisa dos estados do Mato Grosso e do Pará.

Uma equipe da Secretaria Executiva de Comunicação (SEC) da Unicamp acompanha pesquisadoras da Universidade em um trabalho de campo na aldeia Nãnsepotiti, terra indígena Panará, que ocupa parte do território do município de Altamira, no vale do rio Nãnsepotiti (rio Iriri para os não Panará), divisa dos estados do Mato Grosso e do Pará, desde o dia 1º de julho. 

A professora Cassiana Montagner, do Instituto de Química (IQ), e a geógrafa Zaira Anislen Moutinho, doutoranda no Instituto de Geociências (IG), orientada pelo Professor Raul Reis, realizam uma pesquisa interdisciplinar sobre a ligação entre o povo Panará e o Rio Nãnsepotiti, evidenciando sua importância para a aldeia e o impacto que o uso e ocupação da terra na sub-bacia do Iriri provocam para os indígenas. 

Foto: Divulgação/ Jornal da UNICAMP

O objetivo desta viagem, entre as já feitas até agora pelas pesquisadoras às terras dos Panará, é registrar em vídeo o processo de coleta de amostras das águas do rio e os depoimentos dos anciãos da aldeia.

A intenção é obter também, por meio dos relatos, a visão Panará sobre a história da reconquista de parte da terra indígena, em meados da década de 1990, após o processo de saída do Parque Indígena do Xingu, onde a aldeia ficou reduzida a pouco mais de 70 indivíduos.

Hoje a população Panará chega a 600 pessoas, um exemplo de resistência e da relação estruturante entre a existência do povo e o rio Iriri.

A Associação Iakiô é a principal parceira e financiadora da pesquisa, por meio do projeto Lira (Legado Integrado da Região Amazônica), além do ISA (Instituto Socioambiental).

A jornalista Hebe Rios e o repórter cinematográfico Marcos Botelho Jr. retornam neste domingo (7) com parte da equipe de pesquisa. O resultado do trabalho de campo e os relatos obtidos nos dias vividos na aldeia Nãnsepotiti serão divulgados.

*Com informações do Jornal da UNICAMP

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